Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:52:50 PM
Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva (*)
Acerca da reeleição de Dilma, faço algumas observações:
1. Não estou decepcionado. Sabia desde o início que seria muito difícil derrotar o governo petista, e isto, por três motivos básicos: a) a militância fanática, que não se abre ao bom senso e não admite as evidências, para a qual seus representantes podem fazer o que quiserem e sempre estarão justificados de antemão; b) a corrupção do povo, pois muito se critica a corrupção política, realmente nefasta, enquanto não se percebe que o povo foi corrompido por estes mensalões populares que compram o voto e denigrem as consciências — é a concretização do lema “roubam, mas fazem”; c) o próprio sistema eleitoral não confiável — quem não se questionou pela inédita distância entre o encerramento da votação e a apuração pública? (Os próprios petistas sempre fizeram questão de acompanhar em bloco as apurações, que, agora, colocam sob o manto do mistério de três horas — “acuse-os do que você faz…”).
2. O PT nunca esteve tão fraco. Metade da população acordou e lutou contra a maré. Esta “vitória” de Dilma foi muito entre aspas… Ela quase perdeu, nós quase ganhamos. A maior parte do congresso é oposição. O PT decresceu no país. Às vezes, queremos que as vitórias políticas venham como milagres. Somos nós que precisamos gerá-las com um movimento social, ainda em gestação. Não podemos apenas fazer militância pelo facebook, whatssap e demais “socials networks”, precisamos realmente unir forças políticas. Todavia, o povo está acordando, e tem muita gente que está inconformada em pensar apenas no próprio estômago.
3. É hora de oposição, não de derrotismo. Quando agimos politicamente, temos de estar preparados para perder, legítima ou ilegitimamente, e isso de cabeça erguida. O mesmo povo que se manifestou nas últimas semanas, tem ainda mais razões para o continuar fazendo. Ontem, em seu discurso, Dilma prometeu “mudanças ainda maiores”, “fazer a reforma política”, além do que dizia durante a campanha, como “priorizar a educação”, “lutar pela igualdade de gênero”, “proteger a segurança da mulher”, todos eufemismos para a mudança de regime, imposição da ideologia de gênero e ampliação do aborto. Teremos de dar todo apoio ao Congresso para a destituição dos Conselhos Populares, a proteção da constituição, e a defesa da vida e da família.
Portanto, não nos desanimemos. É hora de reagir.
Quanto aos irresponsáveis que elegeram este governo totalitário e pseudo-messiânico, espero de coração que não precisemos todos perecer para que eles comecem a entender.
(*) Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silvaé Doutor em teologia moral pela Pontifícia Universidade Romana de Santa Cruz e pároco da Paróquia São Domingos (Osasco).
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