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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Em Chiquinquirá, a Santíssima Virgem ressalta a luz primordial da Colômbia

Por Luis Fernando Escobar

4 minhá 4 anos — Atualizado em: 7/8/2020, 11:14:41 PM


Neste dia 8 de julho celebra-se a festividade de Nossa Senhora de Chiquinquirá — sobretudo na Colômbia, que A tem como principal Padroeira. A seguir matéria a respeito d´Ela, e sobre os estupendos milagres que seu miraculoso quadro tem operado, que foi publicada na revista Catolicismo deste mês.

O quadro milagroso de Nossa Senhora de Chiquinquirá

Na década de 1560, o espanhol Antonio de Santana encomendou a Alonso de Narváez, morador na pequena Villa de Tunja, uma pintura da Santíssima Virgem para ser venerada na residência dos Padres Dominicanos em Sutamarchán. Desse lugar os heroicos missionários partiam para todos os rincões do novo e vasto país. Com seus incansáveis esforços para ensinar a Fé católica aos aborígines, batizando-os a fim de torná-los dignos dos méritos alcançados pelo divino Redentor na Cruz, os missionários transmitiam as graças fundadoras de uma grande nação católica, com a promessa de um não menos grandioso futuro.

Era época da Conquista, cheia de adversidades, e isso fez com que o primeiro centro fosse abandonado, deixando tudo à mercê das intempéries. Consequentemente a tela com a imagem da Virgem se deteriorou, suas cores desapareceram. Em 1578 esse tecido foi levado para Chiquinquirá, onde foi deixado de lado. Maltratado a ponto de ser utilizado para secar o trigo, já não se percebia nele a face celestial de Nossa Senhora, cercada por Santo Antônio e Santo André.

Sabendo que a Mãe de Deus havia sido pintada naquele tecido esmaecido, uma espanhola de nome Maria Ramos o colocou com dificuldade sobre um altar rústico, e pôs-se a suplicar fervorosamente que a Mãe de Deus voltasse a mostrar sua face.

O quadro de Nossa Senhora no altar principal

No dia 26 de dezembro de 1586 a indígena Isabel atravessava a fazenda com seu filho Miguel, de cinco anos, quando perceberam um grande brilho, como de fogo em meio a faíscas e raios. Os habitantes do local acorreram para apagar o “incêndio”, mas se surpreenderam pelo fato de ele não queimar. Só deixaram o local após admirar a pintura renovada, que se manteve brilhante por um dia inteiro. A face da imagem permaneceu restaurada apenas parcialmente.

Movida por tal prodígio, a piedade popular foi se ampliando, sendo recompensada por grandes milagres que não cessaram até hoje. Brotou no local um jorro de água cristalina, e a Ordem de São Domingos decidiu construir ali um templo, a Igreja da Renovação, para promover a veneração da tela milagrosa. Este novo santuário foi consagrado em 1823, e seis anos depois, em 1829, a Santíssima Virgem era ali coroada Padroeira da Colômbia por ordem do Papa Pio VII.

Do alto de seu altar privilegiado, onde sempre nos espera acolhedora e misericordiosa, a Santíssima Virgem reina serenamente desde então sobre todo o povo colombiano, que ali promove jubileus muito concorridos. As multidões que visitam a milagrosa pintura ao longo dos séculos nunca saem decepcionadas: sempre atendidas com magnanimidade.

Na sua prodigiosa renovação, a Santíssima Virgem se manifestou em meio ao fogo e aos raios. Pode-se ver aí uma relação com o caráter ardente e apaixonado de seu povo, que vai delineando gradualmente a sua vocação, a sua luz primordial. O povo colombiano quer a afirmação da verdade: “Seja a tua palavra: Sim, sim; não, não; pois o que não for isso procede do mal” (Mt 5, 37).

Homenagem à Padroeira numa de suas festas anuais

Na contemplação amorosa de sua fisionomia, sempre fica a pergunta: por que, apesar de permanecer intacta, a Santíssima Virgem quer mostrar-se parcialmente restaurada? Parece haver nela uma promessa de restauração total, uma garantia de que a nação se mostrará plenamente em um futuro grandioso, se corresponder às graças da sua Rainha. Unido a Ela, o povo colombiano pode escrever sua própria história, definindo com fé o seu caráter e identidade.

Na próxima festividade de Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá, a realizar-se no dia 9 de julho, suplicar-lhe-emos com confiança que se manifeste inteiramente à nação da qual é Rainha e Padroeira, e ponha fim à terrível crise de fé em que vivemos. 

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