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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Emerge do Sínodo outra religião…


O Sínodo da Amazônia, realizado entre osdias 6 e 27 de outubro último, trouxe os resultados trágicos que temíamos. Mas,para nós católicos, a luta continua até o triunfo do Imaculado Coração de Maria,no qual cremos de forma inabalável.

Apesar de chamar-se Sínodo da Amazônia,seu Documento Final ignorou completamente as mais de 20 mil adesões dehabitantes da região amazônica ao abaixo-assinado organizado pelo InstitutoPlinio Corrêa de Oliveira implorando aos Padres sinodais o reconhecimentode seu direito de ser como os demais brasileiros, e não obrigados por ONGs e“missionários” revolucionários a viver reduzidos ao estado de miserabilismoselvagem.

         Logodepois de encerrado o Sínodo em Roma, o Instituto se pronunciou sobre o seu DocumentoFinal em comunicado do qual destaco este trecho:“[…]Os Padressinodais praticamente renunciaram a converter os nativos ainda pagãos,declarando que “o diálogo ecumênico, inter-religioso e intercultural deve serassumido como um meio indispensável de evangelização” (Documento Final nº 24) eque a Igreja deve praticar uma “conversão cultural”, limitando o anúncio da BoaNova a “estar presente, respeitar e reconhecer seus valores, viver e praticar ainculturação e a interculturalidade” (Documento Final n° 41).

                   Prossegue o comunicado: “OsPadres Sinodais são categóricos ao declarar este abandono da missãotradicional: ‘Rejeitamos uma evangelização de estilo colonialista. Anunciar aBoa Nova de Jesus implica reconhecer os germes da Palavra já presentes nasculturas [indígenas pagãs]. A evangelização que hoje propomos para a Amazônia éo anúncio inculturado que gera processos interculturais’” (DF n° 55).

Osdois parágrafos acima deixam claríssimo o lançamento de uma pauta para ainstauração de uma igreja completamente diferente, que deixa de ser a IgrejaCatólica Apostólica Romana fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Além disso, oSínodo se manifestou sobre assuntos que não são de sua competência, como osaspectos “científicos” da ecologia, tomando como base mentiras e dados completamentefalsos.

Tendotratado especificamente dos problemas da região amazônica, causa a maiorestranheza que os Padres sinodais tenham omitido qualquer referência à gigantescademonstração de fé católica apostólica romana que, todos os anos, se realiza justamentenaquela região, na cidade de Belém do Pará. Ela atrai milhões de pessoas —índios e não índios —, que acorrem para participar com fervor do Círio deNazaré, quando se realiza uma enorme procissão na qual a linda imagem de NossaSenhora de Nazaré é glorificada pelo povo fiel [foto ao lado].

EnquantoNossa Senhora de Nazaré era assim ignorada pelos Padres sinodais, nos jardinsdo Vaticanoo Papa Francisco e outros eclesiásticos enalteciam o ídolo satânicoda “Mãe-Terra”, conhecido como Pachamama, algumas réplicas do qual foramposteriormente colocadas na Igreja de Santa Maria in Traspontina, de onde as retirouum jovem católico austríaco e as jogou no rio Tibre, fato deplorado pelo PapaFrancisco. Com toda razão, o Bispo emérito do Marajó, D. Dom José Luís Azcona, emum sermão durante missa na Basílica-Santuário de Nazaré, censurou o culto à Pachamamae afirmou que Nossa Senhora de Nazaré é a verdadeira Rainha e Padroeira daAmazônia.

Diantede tais absurdos, cabe-nos olhar para o Céu e exclamar: Meu Deus, quegravíssimo pecado! E, ao mesmo tempo, bradar com São Luís Maria Grignion deMontfort na sua famosa Oração Abrasada:

“Tempusfaciendi, Domine, dissipaveruntl egem tuam: é tempo de cumprir o queprometestes. Vossa divina fé é transgredida; vosso Evangelho desprezado;abandonada, vossa religião; torrentes de iniquidade inundam toda a terra, earrastam até os vossos servos; toda a terra está desolada: ‘Desolatione desolataest omnis terra’; a impiedade está sobre um trono, vosso santuário éprofanado, e a abominação entrou até no lugar santo.

“E deixareis assimtudo ao abandono, justo Senhor, Deus das vinganças? Tornar-se-á tudo afinalcomo Sodoma e Gomorra? Calar-Vos-eis sempre? Não cumpre que seja feita a vossavontade, assim na terra como no céu, e que a nós venha o vosso reino? Nãomostrastes antecipadamente a alguns de Vossos amigos uma futura renovação de vossaIgreja?

“Não devem osjudeus converter-se à verdade? Não é esta a expectativa da Igreja? Não Vos clamamtodos os santos do céu: ‘Justiça! Vindica?’ Não Vos dizem todos osjustos da terra: ‘Amen, veni Domine?’ Não gemem todas as criaturas, atéas mais insensíveis, sob o peso dos inumeráveis pecados de Babilônia, pedindo aVossavinda para restabelecer todas as coisas? ‘Omnis creatura ingemiscit’”.

Resta-nosaguardar para ver o que será feito da Igreja na Amazônia. Se Deus não impedir,será substituída por uma igreja com fisionomia não mais de Nosso Senhor JesusCristo, mas de algum ídolo satânico qualquer. Rezemos e nos preparemos paradias difíceis nos quais nossa fé católica será colocada à prova, como nos primeirostempos do Cristianismo.

Comuma grande diferença: as feras de hoje não são leões e tigres, mas ídolossatânicos conduzidos por mãos eclesiásticas para devorar as almas. Que NossaSenhora de Fátima conduza os seus fiéis devotos à vitória!

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Autor

Marcos Luiz Garcia

Marcos Luiz Garcia

47 artigos

Conheceu o Professor Plinio Corrêa de Oliveira e tornou-se seu discípulo em 1967, com 14 anos, aderindo à TFP. Atualmente continua ininterruptamente sua atuação contra-revolucionária colaborando de forma integral com o IPCO. Especializou-se em coleta de fundos, ações de mailing e contatos com o público. Escreve artigos para a Agencia Boa Imprensa e é autor do livro Fátima a Grande Esperança divulgado no Brasil, na Argentina, na Colômbia e no Peru. Por fim, orienta e coordena campanhas da Associação Devotos de Fátima.

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