Uma imagem retumbante do início deste período de Quaresma foi publicada anteontem. Nela aparecem Marco Rubio (secretário de Estado dos EUA) e Mark Wahlberg (ator de Hollywood). Ambos aparecem com a Cruz bem visível em suas testas, como é tradição católica nos dias de Quarta-Feira de Cinzas — um dia de jejum e abstinência de carne.
O secretário de Estado com a Cruz na fronte foi visto durante uma entrevista à Fox News. E o ator num vídeo que circula em redes sociais.
A Santa Cruz marcada nas frontes remonta a tempos antiguíssimos nos quais os cristãos cobriam suas cabeças de cinzas em sinal de arrependimento e do desejo de abandonar a vida pecaminosa. Ela simboliza o início de um período próprio a penitências, mortificações, jejuns e orações especiais, que dura 40 dias — do final do Carnaval até à Páscoa, comemorativa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo —, reportando-nos aos 40 dias que Jesus passou no deserto.
As cinzas simbolizam também que a vida não é infinita; que tudo nesta vida é nada, é passageiro, é frivolidade, é vaidade; que passaremos pela morte; que depois dela vem a eternidade e que precisamos, portanto, arrependermo-nos de nossos pecados, fazermos uma boa confissão, nos converter enquanto é tempo, a fim de estarmos com nossas almas purificadas para o Encontro com Deus no Dia do Juízo Final.
Donde a tradição secular de marcar com cinzas as frontes dos católicos com a Santa Cruz. No momento de marcá-las — chamado de “rito da imposição das cinzas” — o sacerdote repete as palavras de Deus a Adão: “Memento homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris” (“Lembra-te homem que és pó e que em pó hás de tornar”, Gênesis 3,19). O que o célebre Padre Vieira assim parafraseava: “Lembra-te, homem, que és pó levantado e hás-de ser pó caído”…
Essa recordação exposta nas frontes das duas mencionadas personalidades está sendo muito salutar, pois faz lembrar a incontáveis pessoas essas verdades muito esquecidas e, que, com as cruzes ostentadas, não devemos ter respeito humano escondendo a nossa Fé católica.