Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 8 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:47:12 PM
Juan H. Fernández
A França continua sendo absolutamente fundamental na Europa e no mundo. O país chega ao segundo turno das eleições presidenciais tendo que escolher entre Monsieur Macron — esquerdista que adotou artificiais ares híbridos e pasteurizados — e Madame Le Pen, populista que se disfarça de direita, mas com maquiagem de má qualidade.
Para os eleitores que não se deixam enganar por esquerdistas e populistas, seria como, do ponto de vista político, ficar entre a forca e a guilhotina. Uma situação difícil.
Então, qual parece ser a saída dessa encruzilhada? A abstenção? Na realidade, qualquer que seja o voto, a saída consiste certamente em fazer oposição. Uma oposição inteligente, afiada e pontiaguda, psicologicamente cortante, sintética e irrefutável, como os franceses sabem fazer quando falam, desenham ou escrevem.
O objetivo dos autênticos opositores deveria ser de desnudar psicológica e ideologicamente ambos os candidatos, nos momentos em que eles abrem quase inescrupulosamente os braços aos eleitores dos candidatos derrotados no primeiro turno eleitoral. É o caso da Sra. Le Pen, por exemplo, que procura fazer uma frente comum com seus adversários de ontem, os seguidores esquerdistas do derrotado candidato Sr. Mélenchon.
Um detalhe importante. Se fôssemos franceses e nos sentíssemos autênticos opositores, não esperaríamos que surgissem líderes, provavelmente de duvidosa condição, para começar a oposição inteligente. Fá-la-íamos desde já, sem perder um segundo, em conversas de família, com vizinhos e amigos, em e-mails, Twitters, Facebooks etc., tendo em conta que os pequenos meios de ação, quando empregados de modo inteligente e exercidos inteligentemente, podem ter um notável efeito multiplicador.
Em poucos dias saberemos se também à França se aplica o dito de que os povos têm os governantes que merecem.
Nota: Artigo publicado em “Destaque Internacional” (29-4-17), traduzido do original espanhol por Paulo Roberto Campos.
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