Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
6 min — há 5 anos — Atualizado em: 8/10/2019, 4:33:46 AM
O Dr. Christopher Balding conduziu uma pesquisa sobre Huawei Technologies Inc., a gigante das telecomunicações criada pelo ex-militar Ren Zhengfei.
As conclusões foram alarmantes, segundo Marco Respinti, escritor e professor no Russell Kirk Center for Cultural Renewal, de Michigan, EUA, citado por Bitter Winter.
A conclusão do trabalho do Dr. Balding é clara e direta:
“Depois de examinar um conjunto exclusivo de dados sobre a atividade da Huawei, fica claro que há uma relação inegável entre a empresa e os serviços governativos, militares e de espionagem da China.” (…)
“Há evidência direta significativa de que o pessoal da Huawei age sob a orientação da espionagem chinesa com múltiplas conexões que percorrem o estado chinês.
“Isso deve preocupar governos que querem se prevenir contra a coleta de dados feita pela espionagem chinesa”.
O inquérito descobriu que os funcionários da Huawei previamente devem exercer funções militares de coleta de informações.
O relatório intitulado Relações da Huawei Technologies com os Serviços de Segurança do Estado da China, acaba de ser publicado pelo Dr. Christopher Balding, professor associado americano de Economia na Escola Fulbright de Políticas Públicas e Gerenciamento da Fulbright University, na cidade de Ho Chi Minh.
A pesquisa contou com a cooperação dos Drs. Samuel Armstrong, John Hemmings e Dr. Andrew Foxall, da Sociedade Henry Jackson de Londres, um think tank neoconservador focado na política externa britânica.
O Dr. Balding selecionou currículos de um banco de dados de sites de recrutamento chineses que ficharam a 600 milhões de cidadãos. O banco de dado vazou on-line em 2018.
Segundo Balding:
“Primeiro, os dados fornecidos provêm de testemunhos diretos, de primeira mão, das atividades da Huawei, do comportamento de seu pessoal e de suas relações com outras organizações chinesas”.
“Em segundo lugar, os funcionários da Huawei confirmam efetivamente a relação entre o estado chinês, os militares e os serviços civis de coleta de informações”.
Terceiro “a relação é claramente sistematizada, (…) pelo estado chinês e os agentes de coleta de informações”.
Quarto, “a relação institucional entre a Huawei e os serviços de segurança do Estado chinês contradiz diretamente as alegações da Huawei de que ela não tem relação com esses serviços”.
A empresa serve como uma ferramenta doméstica repressiva do comunismo no âmbito do “despotismo digital” de “um estado totalitário perfeito de alta tecnologia” diz Judith Bergman, Membro Sênior do Gatestone Institute, think tank americano baseado em Nova York.
A empresa de mídia Bloomberg denunciou que os funcionários da Huawei “colaboraram em projetos de pesquisa com o pessoal das forças armadas chinesas, denunciando estreitos laços com os militares explorando os smartphones e a rede de energia”.
Durante a última década, os trabalhadores da Huawei uniram-se ao Exército de Libertação do Povo em pelo menos 10 esforços de pesquisa que abrangem inteligência artificial nas comunicações.
Eles incluem um esforço conjunto com a Comissão Militar Central – órgão supremo das forças armadas – para extrair e classificar os autores de comentários e “gostei” de vídeos postados online.
Esse esforço conjunto é feito com a Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa “a principal academia militar de pesquisa, principal universidade nacional do Exército Popular de Libertação, localizada em Changsha, província de Hunan, e dirigida diretamente pela Comissão Militar Central da China” escreve a Bloomberg.
Em abril, “a Vodafone [maior companhia telefônica da Europa] encontrou vulnerabilidades instaladas há anos nos equipamentos fornecidos pela Huawei para os negócios italianos da operadora.”
De fato, a empresa “identificou instrumentos escondidos no software que poderiam ter dado a Huawei um acesso não autorizado à rede de telefonia fixa e de Internet da operadora na Itália, e que atende milhões de lares e empresas”.
As autoridades chinesas negam ou minimizam tudo; mas é uma tentativa risível, diz o relatório Balding.
Em Xinjiang, até 3 milhões de pessoas foram pegas e enviadas a “campos de educação” para serem “reeducadas” porque foram identificadas por esse sistema.
E aqueles que não caíram na malha vivem um pesadelo, temendo os efeitos de uma vigilância rigorosa e de um controle total.
As autoridades chinesas negam relação com a Huawei.
Mas são as mesmas autoridades que tentam há anos negar a prática horrenda da extração de órgãos, como se fosse possível movimentar a maciça máquina de transplante e tráfico de órgãos em um país totalmente controlado como a China.
No trabalho “Quem é dono da Huawei?”, o Dr. Balding revela que por trás da fachada de ‘Huawei Holding TUC’ e de uma intrincada rede de fachadas virtuais para despistar chega-se a que ou ninguém decide nada e ninguém lucra nada”.
Isso é um absurdo a menos que a “Huawei Holding é de fato controlada como uma empresa estatal se não é uma estatal ao pé da letra”.
Em suma, o muro de fumaça indica que quem controla a Huawei, é Ren Zhengfei, detentor de só 1% em uma holding da qual é o único acionista, leia-se um “laranja” do regime marxista.
O embaixador Giulio Terzi di Sant’Agata, ex-ministro italiano dos Negócios Estrangeiros e agora presidente da Cybaze, uma das principais empresas de segurança cibernética confirmou em entrevista para “Formiche”, revista de análises e comentários, as afirmações do acadêmico americano.
E lembra que o fundador da Huawei, Ren Zhengfei, é ele mesmo um ex-oficial militar.
Também acrescenta que “a lei [comunista] de 2017 sobre segurança nacional obriga todas as empresas de alta tecnologia a cooperar com aparatos de segurança [maoístas]”.
Por isso, diz, a Huawei “é totalmente parte de um sistema de uso duplo ‘combinando’ atividades civis, objetivos estratégicos e metodologias militares”
“Então, quando a Huawei oferece um roteador de internet, que custa dez vezes menos que seus concorrentes ocidentais, eles o compram sem considerar que esse roteador passa aos funcionários comunistas chineses os dados pessoais dos usuários”
E conclui: “interesses econômicos mesquinhos estão levando o Ocidente a ignorar todo o quadro: estamos vendendo nossa segurança e o bem comum”.
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