Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 5 anos — Atualizado em: 10/16/2019, 7:18:18 PM
Voltar à vida tribal – e por que não na caverna? – é o objetivo da evolução sonhada por Karl Marx como desfecho da luta de classes. Como ?
A explicação foi fornecida pelo psicanalista marxista Erich Fromm (1900-1980), célebre entre os comunistas mais iniciados.
Fromm dirigiu a Escola de Frankfurt desde 1930 (o Frankfurter Institut für Sozialforschung).
Também foi um dos homens chaves na criação do marxismo freudiano, doutrina que está demolindo nossa civilização enquistada na Revolução Cultural.
A afinidade do pensamento do fundador do comunismo – e, de Fromm é claro – com o ecologismo mais extremado e com o comuno-progressismo que está tirando a máscara no Sínodo da Amazônia não poderia ser mais plena.
Fromm acrescenta uma grossa e apimentada dose de liberalismo sexual tirada de Sigmund Freud, para destruir a moral e a família.
Com essa mistura, ele formula teses que hoje saem das bocas dos propugnadores da revolução ambientalista e do progressismo instalado nas mais altas cátedras da Igreja Católica.
Se Fromm tem algum mérito é o da clareza anticristã. Por isso mesmo é facilmente glosado pelos fautores do comunismo tribalista.
Embora escritos há meio século, os textos de Fromm vezes nos dão a impressão de estar lendo os mais autorizados arautos da revolução eclesiástica e a do ecologismo mais descabelado.
Assim, não estamos citando os místicos mencionados na encíclica ‘Laudato si’ quando reproduzimos a Fromm escrevendo
Em poucas palavras, a revolução freudo-marxista quer nos fazer cair no estado mais primitivo que imaginar se possa.
Mas a recaída no primitivismo irracional dos “povos originários” terá um novo componente, segundo Marx.
Por vezes o ouvimos mencionar nas homilias progressistas mas em termos enigmáticos: “a reconciliação do homem consigo mesmo, com a natureza e com seu semelhante, baseada no fato de o homem ter gerado a si próprio no decurso da História”
Essa esotérica formulação é esclarecida pelo próprio Fromm. Ele põe como exemplos as revoluções que o prof. Plinio Corrêa de Oliveira de um ponto de vista oposto, mostra serem um só processo.
Isto é, o processo revolucionário para a implantação do igualitarismo filho do orgulho e da imoralidade mais extremados soprada pelo antros revolucionários como doutrina “messiânica”. De um messianismo infernal, é claro.
Não é um erro tão novo. Já germinava nas explosões das seitas heréticas mais perversas da História, como reconhece o autor que citamos.
Três Revoluções: a Protestante, a Francesa e a Comunista, cada uma engendrando a outra, para implantar uma utopia orgulhosa e sensual.
Este processo conduzido hoje pelo ecologismo comuno-tribalista rumo à utopia de Marx e de Freud é o bem.
Então, onde está o mal?
Fromm ecoa Marx e não deixa dúvidas: o mal atingiu sua plenitude na autoridade espiritual que tinha a Igreja Católica na Idade Média.
Fromm, embora ateu, não teme se assemelhar a certos discursos do Papa Francisco.
Fromm não cessa de sublinhar a importância da concatenação das Revoluções Protestante, Francesa e comunista para combater toda autoridade, estabelecer o liberalismo moral mais absoluto.
Essa é a via de Marx para fazer desaparecer o Estado e estabelecer uma autogestão de indivíduos cooperando voluntariamente como na tribo primigênia por eles inventada.
Para o que?
Para fazer o que Marx formulou rombudamente: que o homem “gire em torno de si mesmo e, portanto, de seu verdadeiro sol.
Em suma a utopia místico tribalista que hoje se fala em volta do Sínodo Pan-amazônico.
Não é uma mera glosa verde de Karl Marx, mas um eco coletivo do “Não servirei” que se ouviu no Céu, logo antes de seu fautor ser precipitado nos abismos dos quais não saiu mais…
O espaço não permite estender-nos o necessário.
Por isso, nos posts seguintes continuaremos com o Elogio da Tribo Primitiva nos escritos do pai do comunismo, comentados pelo seu autorizado discípulo.
(Citações de: Erich Fromm, “Conceito marxista do homem – Manuscritos Económicos e Filosóficos de 1844 de Karl Marx”, Zahar Editores, Rio, 1975, 222 págs., 6ª ed.)
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