Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
Maduro tenta desviar atenção da crise venezuelana com decreto absurdo de Natal antecipado, enquanto a oposição denuncia fraudes e perseguições.
3 min — há 2 meses — Atualizado em: 9/5/2024, 2:35:32 PM
Nicolás Maduro
Em meio a uma das mais graves crises que atravessa a Venezuela devido às recentes (roubadas) eleições — bem como a um “apagão” que atingiu 80% do território —, o ditador Nicolás Maduro decretou que neste ano o Natal será antecipado… Segundo ele, para manifestar sua gratidão ao povo por tê-lo escolhido para um terceiro mandato.
Vou decretar o adiantamento do Natal para o dia 1º de outubro”, declarou ele durante seu programa de auditório semanal na televisão, no último dia 2. “No dia 1º de outubro começa o Natal para todos e todas(sic!). Chegou o Natal com paz, felicidade e segurança.
Será uma loucura a mais do ditador para que o povo comece a falar de outra coisa e não mais do “apagão” e, sobretudo, das tão evidentes fraudes eleitorais? Como se sabe ele só obteve aproximadamente 30% dos votos, enquanto que o opositor, Edmundo González Urrutia [foto abaixo], quase 70%. Tudo comprovado por instituições independentes. Entretanto, o Supremo da Venezuela, assim como o Conselho Nacional Eleitoral, declararam que Maduro foi o vencedor… e ponto final ! Já vimos esse filme (várias vezes). Assim funcionam das ditaduras marxistas.
Vitelio Brustolin, pesquisador de Harvard e professor de relações internacionais, resumiu muito bem este decreto tão adoidado:
[Trata de uma] cortina de fumaça para a fraude eleitoral […]. É uma distração, enquanto continua a prender opositores.
Maduro pediu o encarceramento do candidato eleito González. E ontem a Procuradoria-Geral da Venezuela oficializou o pedido a um tribunal especializado em crimes de terrorismo e, logo em seguida, o Ministério Público emitiu a ordem de prisão. Ou seja, obedeceu exatamente a ordem do sucessor de Hugo Chávez. Tal órgão acusou González de práticas de crimes terroristas relacionados às eleições, “incitação à desobediência às leis e conspiração”.
O bizarro decreto de Natal antecipado me trouxe a lembrança de um artigo do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira (“Folha de S. Paulo de 13-12-1970) com o título “Açúcar amargo, Natal sem luzes”.
Entre outros acontecimentos, o brilhante articulista comenta uma notícia, publicada pela própria “Folha de S. Paulo”, sobre uma declaração de Fidel Castro prorrogando para outra época as festas tradicionais de Natal e Ano Novo.
Ao declarar-se "respeitador das tradições" Fidel Castro entretanto assinalou "São muito cristãs, muito belas e muito poéticas, porém constituem um fenômeno subjetivo que nos trouxeram da Europa”.
Então o Prof. Plinio escreveu:
"Assim, para Fidel Castro o Natal não passa de ‘um fenômeno subjetivo que nos trouxeram da Europa’. Este o homem que desceu de Sierra Maestra ostentando um enorme rosário ao pescoço para embair os católicos de seu país. Cuidado, leitor, cuidado. Não dê crédito a alguém só porque se diz católico. Estamos na época da hipocrisia, em que Satanás por vezes se faz sacristão, por vezes padre e… prefiro não continuar.
“Leitor amigo, posso pedir-lhe algo para o Natal? Posso pedir-lhe o presente de uma prece?
“Quando rezar ao pé do presépio, ou quando se sentar feliz para a ceia de Natal, lembre-se do Natal negro, sem festas nem luzes, de um povo irmão que nessa mesma noite, a essa mesma hora, está na escuridão, dormindo exausto para retomar no dia imediato a produção do açúcar amargo, resultante do trabalho escravo. Lembre-se de Cuba […].
“E reze pelo Brasil, caro leitor, para que jamais lhe ocorra desgraça igual”.
* * *
Agora, devido à apocalíptica situação de nossos irmãos venezuelanos, devemos rezar também por eles. Supliquemos a Deus que eles não permitam acontecer na Venezuela o que ocorre com Cuba: Já tendo passado mais de 50 anos pisados pelas botas do barbudo do caribe, os cubanos ainda não conseguiram ficar livres da tirania comunista. Que os venezuelanos não esperem tanto… e já nos próximos dias consigam ficar livres do despótico governo comuno-chavista.
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