Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 9 anos — Atualizado em: 4/19/2016, 4:51:49 PM
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, se apressou a manifestar solidariedade à sua colega Dilma Rousseff, que desde domingo 17 de abril está em processo de impeachment aberto pela Câmara dos Deputados com maioria de dois terços como prescreve a Constituição.
Segundo “La Nación” de Buenos Aires, enquanto o povo brasileiro comemorava o “impeachment” nas ruas, Maduro garantia que a “direita” na América latina está tentando desconhecer a soberania da região.
O tweet circulou logo após os deputados brasileiros votarem livre e soberanamente o processo de destituição da companheira ideológica do regime chavista.
“A direita do continente desconhece a Soberania Popular, será que pretendem nos fazer desaparecer? Alerta, alerta que Camina…”, disse o líder bolivariano em um espanhol de difícil compreensão num tweet acompanhado de imagens em apoio à presidente Dilma Rousseff.
Com a verborragia e a incongruência lógica habitual nos líderes bolivarianos, Maduro defendeu que o fato de “pretender derrocar a primeira mulher presidente do Brasil fala muito da obsessão imperial que está se instalando no continente”.
As palavras de Maduro não serviram para enganar a população venezuelana que padece uma das piores crises da história, exceção feita dos países socialistas.
Madurou acabava de decretar que as sextas feiras dos meses de abril e maio serão feriados porque não há energia elétrica.
Ele apontou como culpado o fenômeno climatológico de El Niño a quem atribuiu secas que estariam devastando América Latina, além de mudanças climáticas que não conseguiu explicar.
A barragem de Guri, a maior da Venezuela, “está – disse Maduro – no ponto de entrar no ponto (sic!) de não retorno”. Ele também tripudiou contra os secadores de cabelo femininos, o ar condicionado, os secadores de roupa, noticiou a imprensa internacional.
O pior ficou reservado contra as empresas particulares que ainda sobrevivem na área do comercio e da indústria. Elas terão que “autogerar” a energia que consumem entre quatro e nove horas por dia. O Exército e inspetores bolivarianos serão enviados a pegar os infratores.
As empresas que dependem mais da energia deverão usar suas fábricas para frenar o consumo elétrico, leia-se parar de funcionar reduzindo seu consumo em 20%.
Maduro prometeu distribuir milhões de lâmpadas incandescentes de um tipo que consume menos e que é produzida numa fábrica que ele acaba de inaugurar. As demagógicas promessas do socialismo em geral não passam de fanfarronadas da hora.
O discurso foi recebido como um disparate. A causa da crise está em medidas ineficientes e irresponsáveis do socialismo bolivariano afirmam em coro a maioria dos especialistas econômicos.
No primeiro trimestre do ano os preços subiram 57%, mais ainda do que no Sudão na África, o outro infeliz recordista planetário na miserabilização.
O defensor da primeira presidente mulher do Brasil, se assanhou especialmente contra os secadores de cabelo. “Eu sei que é de uso geral das mulheres, mas é um alto consumidor de energia, na mesma proporção do ferro de passar”.
Maduro nas pegadas de Chávez e do próprio Fidel Castro já fez históricas campanhas por certo tipo de panelas e pelos eletrodomésticos chineses.
“Eu acredito que uma mulher se vê mais bela quando se penteia com os dedos e quando põe a secar seus cabelos de maneira natural. É uma ideia que eu apresento às mulheres”, disse ele falou no programa “Con el Mazo Dando” (“Descendo o pau”) transmitido pela TV estatal VTV e animado por Diosdado Cabello, n.º 2 do regime.
Fica por se saber se já propôs essa ideia a Dilma Rousseff. Ou até a Cristina Kirchner que anda se exibindo em processos por improbidade administrativa que lesaram o Estado argentino em milhões de dólares. Enquanto aguarda processos penais que podem incluir um famoso assassinato…
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