Portal do IPCO
Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação
Logo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Instituto

Plinio Corrêa de Oliveira

Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Mulheres preferem o lar a uma profissão

Por Gregorio Vivanco Lopes

4 minhá 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:51:21 PM


mae com filhos brincando

Chegam-nos notícias de que uma tendência conservadora vai se afirmando entre as mulheres.

Há um surpreendente movimento de mulheres que, após serem bem sucedidas numa profissão, resolvem abandoná-la para se tornarem donas-de-casa, desagradando assim profundamente as chamadas feministas, pelo fato de representantes do belo sexo escaparem à sua ditadura.

Não ignoro, é claro, que possa haver mulheres que se dediquem por razões legítimas a uma profissão. Não estou aqui analisando casos individuais. O presente enfoque é a nova tendência que vai se afirmando no sexo feminino, e que tem relação com a presente “onda conservadora”. Dessa realidade nos dá elementos para análise a reportagem assinada pelo jornalista Guilherme Sillva na Gazeta de Vitória (ES), em 9 de novembro último. Dela extraio os dados abaixo, sem fazer comentários.

*      *      *

“Elas são estudadas e foram criadas para serem bem-sucedidas em suas profissões. Ocuparam cargos renomados nas empresas e mostraram que são competentes. Mas perceberam que a verdadeira felicidade estava em cuidar da casa e dos filhos.

“A engenheira Paola Cristina Cola, de 40 anos, foi educada para ser uma típica mulher do século XXI. Estudou inglês, cursou engenharia, casou e fez mestrado. Como profissional, construiu uma carreira sólida, chegando ao cargo de gerente sênior de uma empresa de satélites com sede no Rio de Janeiro. Há nove anos, no entanto, parou tudo para ser… dona de casa. Descobriu que sua felicidade estava em cuidar dos filhos.

“Paola faz parte de uma corrente de mulheres estudadas que foram criadas para serem bem-sucedidas em suas profissões. Ocuparam cargos renomados em empresas e provaram que são competentes. Mas abriram mão da carreira de sucesso para cuidar da casa e dos filhos. ‘Ouvi de tudo’ diz ela. Desde ‘Você não vai se adaptar’ ao ‘Louca, estudou tanto e agora vai emburrecer’.

“Paola não está só. Mais da metade das brasileiras (55%) que têm filhos e trabalham fora gostariam de largar o emprego e passar todo o tempo com as crianças, segundo a pesquisa Mães Contemporâneas/2013, do Ibope.

“Para Angelita Scardua, psicóloga especializada em felicidade e desenvolvimento adulto, existe, sim, em algumas camadas da sociedade, um movimento de mulheres que decidiram retomar uma vida doméstica. ‘Quando as feministas queimaram sutiãs, em nome da libertação, era outro cenário. […] O preço a se pagar é caro’.

‘Algumas se perguntaram se realmente vale a pena abrir mão de presenciar o crescimento do filho em nome da competição no mundo exterior. E algumas, principalmente na faixa dos 35 e 40 anos, perceberam que não vale. Com isso, surge o movimento das mulheres que preferem fazer atividades em casa’, explica Angelita.

“Foi o que aconteceu com a nutricionista Luan Silva Teixeira Carvalho de Fonseca, 35 anos. Depois de dez anos de carreira, a coordenadora de Nutrição de um grande hospital, e chefe de 50 funcionários, deixou o emprego para cuidar do filho. Algumas pessoas também foram contra a decisão de Luan, inclusive gente da família.

“Para a psicóloga e escritora Cecilia Russo Troiano, autora do livro Vida de equilibrista — Dores e delícias da mãe que trabalha (Cultrix), ‘as demandas do lado do trabalho estão comprometendo aquilo que elas consideram razoável, seja pelo número alto de horas, muitas viagens ou pressão […] e voltam para casa com a certeza de que a compatibilidade carreira/família não é possível’, ressalta”.

mãe

Testemunho de uma jornalista indiana

A jornalista indiana Diksha Madhok escreveu para o site norte-americano Quartz Daily Brief — uma agência global de notícias de negócios — um desafiador artigo intitulado “A palavra feminista já está em declínio” (16-11-14).

Ela relata que numa pesquisa a respeito de palavras que deveriam ser banidas para sempre do vocabulário inglês, a revista “Time” incluiu, entre 15 outras, a palavra “feminista”, deixando aos leitores a escolha de qual delas deveria ser condenada. Devido às pressões recebidas, “Time” foi obrigada a pedir desculpas pela inclusão.

Diksha conclui: “Parece que, na verdade, a palavra feminista está em risco de extinção. Pesquisa em inglês, no Google, mostra que, a partir de 1996, as buscas das palavras ‘feminista’ e ‘feminismo’ estão em contínuo declínio”.

Ficam aqui esses dados para a reflexão dos leitores.

Detalhes do artigo

Autor

Gregorio Vivanco Lopes

Gregorio Vivanco Lopes

173 artigos

Advogado, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Autor dos livros "Pastoral da Terra e MST incendeiam o Brasil" e, em colaboração, "A Pretexto do Combate Á Globalização Renasce a Luta de Classes".

Categorias

Tags

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Tenha certeza de nunca perder um conteúdo importante!

Artigos relacionados