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Natalidade: Portugal na rota da morte

Por Atilio Faoro

2 minhá 13 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:30:24 PM


Portugal, tal como a maioria dos países europeus, debate-se na crise econômica, que a todos afeta. No entanto, muito mais importante é a crise da natalidade, porque pode levar o País, matematicamente, ao desaparecimento.

Segundo informa o Diário de Notícias (7/12/2011), Portugal é, desde 1982, “um dos países do mundo com mais baixos índices sintéticos de fecundidade”. Estas são algumas das evidências divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) durante a apresentação dos resultados provisórios do censo populacional de 2011. “Nos últimos 30 anos perdemos cerca de um milhão de jovens, entre os zero e os 14 anos, e ganhamos cerca de 900 mil idosos, ou seja, pessoas com mais de 65 anos”, resumiu Fernando Casimiro, coordenador do Gabinete do Censo de 2011 do INE.

Se o povo ou a sociedade não se meter em brios, Portugal estará matematicamente condenado ao desaparecimento, devido à diminuição contínua da população que nos coloca entre os três países com menor taxa de natalidade da União Europeia, com 1,32 nascimentos por mulher. Os outros dois são a Letônia (1,31) e a Hungria (1,32).

Qual é a causa desta trágica situação? Sem dúvida, deve-se às políticas de contracepção, à generalização da prática do aborto e à difusão da mentalidade hedonista de gozo da vida com a liberdade sexual que a acompanha.

O referendo nacional (Lei n.º 16/2007 de 17 de Abril) selou o esforço dos governos de esquerda que se sucederam a partir da revolução de 25 de Abril de 1974, coadjuvados pela maioria dos meios de comunicação social e combatido apenas por alguns setores mais sadios do País. Circulou até a notícia inacreditável de que uma alta autoridade eclesiástica considerava que a Igreja não devia pronunciar-se sobre o tema, por ser de natureza “política”. Como se fosse “político” o destino de uma vida humana e o cumprimento do 5.º Mandamento da Lei de Deus.

Será preciso lembrar que o direito à vida desde a concepção até a morte natural é um direito humano por excelência? Talvez seja o caso de perguntar se a nação portuguesa não deve ver nesta tragédia um aviso de Deus para a conversão e a mudança de vida, pedidos feitos pela Virgem de Fátima, com maternal insistência, em 1917.

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