Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 9 anos — Atualizado em: 3/1/2016, 7:13:50 PM
Mais de uma vez esta coluna do IPCO apontou para o estranho fato dos órgãos de imprensa internacionais jogarem a culpa quase exclusivamente no vício da corrupção pela hecatombe econômica que se abateu sobre o Brasil, a Argentina, a Venezuela e a Bolívia. Aqui, no Brasil, todas as críticas convergem para demonizar o PT, o Governo Dilma e seu ancestral ideológico, Lula, pelo fato de serem desonestos, popularescos e visarem apenas perpetuarem-se do poder.
Assim agindo, a imprensa tira de foco a principal causa de nossos males: o vírus da mentalidade socialista-marxista que impregna o subconsciente dos terceiro-mundistas, e, que, dessa maneira fica intocado, como se não fosse um vírus maligno, e como se não tivesse havido um fracasso universal do socialismo.
De modo esquemático, assim poderíamos enumerar algumas de suas máximas:
* Desde os tempos da fundação da Petrobrás ressoa em nosso pobre país o velho e gastíssimo slogan de que o petróleo “é nosso”, e, por ser nosso, sua exploração não pode ser confiada à particulares que visariam apenas obter lucros…
* A melhoria das condições de vida das classes mais desfavorecidas só é alcançável por meio de reformas de base socialistas e populistas, ou seja, por meio de injeções de dinheiro estatal em programas sociais.
* Como a luta de classes é um dogma, a única maneira dos pobres se defenderem dos bancos e dos capitalistas é elegerem um partido dos trabalhadores para resguardar seus direitos.
* Estatizar, controlar e criar um emaranhado de leis e decretos visando impedir lucros extraordinários dos “donos do dinheiro”.
* Estimular um sentimento nacionalista, revanchista, contrário ao capital estrangeiro, em especial se for norte americano.
Diria o conselheiro Acácio, tudo pode resumir-se numa singela redistribuição de bens: “a riqueza de um país assemelha-se à um bolo, cumpre dividi-lo em partes iguais independentemente de quem o fez.”
Esse modelo, se é que essa conjunção de ideias geradas a partir de ressentimentos e de preguiça de esforçar-se e superar-se pudesse ser qualificado de modelo, foi abandonado pelos partidos socialistas do mundo inteiro e muito poucos tem a pertinácia de advogar por estatizações e confiscações. Muito pelo contrário dessa mentalidade retrógrada do velho socialismo, hoje é um fato aceito pela maioria dos economistas e filósofos sociais, que a função do governo é criar uma estrutura jurídica que garanta aos particulares operarem de acordo com regras claras e estáveis. O fato de o Estado exercer atividades econômicas soa hoje tão esdrúxulo quanto deputados julgarem questões jurídicas ou juízes aprovarem leis. Atividades econômicas estatais fiscalizadas pelo próprio Estado assemelham-se à nomeação da raposa para guardar as galinhas.
Resultados inevitáveis: corrupção e ineficiências no mais alto grau. A solução não é salvar a múmia socialista simplesmente nomeando diretores honestos e capazes. São coisas incompatíveis. Pessoas honestas na função pública só surgem e continuam desse jeito mediante um refinado sistema de meritocracia que só as empresas particulares estão aptas a ter. O lucro é intransigente – os chefes de empresa precisam prestar contas aos acionistas – para demonstrar sua capacidade de liderança, honestidade e senso operativo.
O Brasil, a Argentina, a Venezuela, o Equador e a Bolívia, estão pagando um alto preço por suas políticas nacionalistas, popularescas, estatizantes, tendo em comum uma oposição ferrenha aos EE.UU. ( a esquerda ainda se ressente de sua vitória hoje tão distante na Guerra Fria).
Infelizmente, o homem é o único animal que tropeça uma e outra vez na mesma pedra, com seus pés, mãos e cabeça. Por isso, não é a toa que continuamos e continuaremos a insistir que a corrupção e o baixo nível dos seus governantes são decorrências necessárias da mentalidade socialista.
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