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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Notícias Breves – 03/02


Destaques


1 – SEM MISERICÓRDIA…
2 – MEDO DE UM MORTO?
3 – MINISTÉRIO DA SOLIDÃO
4 – O PADRE ANCHIETA ERROU?

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Sem misericórdia…

Óscar Pérez em vídeo publicado em sua conta no Instagram (Foto: Reprodução/ Instagram/ Óscar Pérez)

O cerco empreendido por agentes da polícia, da Guarda Nacional Bolivariana, do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) e das Forças de Ações Especiais que desfechou na morte do piloto rebelde Óscar Pérez e seus companheiros em uma casa na periferia de Caracas, está sendo – e com razão – qualificada como assassinato.

O jovem militar e seus companheiros propuseram se entregar, mas a resposta dos bolivarianos foi a bala. Percebe-se que não queriam uma rendição deles, mas mata-los.

Por quê? O jovem oficial rebelde era um patriota e não é de se descartar que tivesse algum prestigio junto à tropa. Assim, segundo os cálculos dos bolivarianos, era preferível executá-lo que ter que levar a tribunal militar um expoente da força militar.

A ex-procuradora, chavista, venezuelana, Luisa Ortega, assim qualificou a atitude dos bolivarianos: “Não garantiram as vidas desses jovens como aconteceu com (o ex-presidente) Hugo Chávez e (o ex-presidente da Assembléia Nacional) Diosdado Cabello quando se renderam na quartelada de 1992”.

Em 1992 Hugo Chávez encabeçou uma tentativa mal-sucedida de golpe militar contra o ex-presidente Carlos Andrés Pérez. Amargou dois anos na prisão e logo foi anistiado pelo presidente seguinte, Rafael Caldera Rodríguez.

Leia mais em: “Pressão sobre Caracas para explicar morte de ex-piloto”, O Globo, 7 de janeiro de 2018.

Medo de um morto?

Há poucos dias, o militar venezuelano Óscar Pérez, após vários meses de revolta contra a ditadura de Nicolás Maduro, foi cercado com seus companheiros pela milícia bolivariana em uma casa da periferia de Caracas. Apesar de ter oferecido rendição, foi impiedosamente assassinado.

Os bolivarianos queriam-no morto. E, uma vez morto, não entregaram o corpo à família para que realizasse as exéquias. Não permitiram que fosse velado pelos familiares e amigos, nem que seu corpo fosse levado por eles à cova.

Por que tanta cautela em relação a um homem que jaz sem vida? Medo de um morto? Estaria Maduro e seus sequazes com receio de que houvesse homenagens ao único militar que afrontou os bolivarianos? E que fosse exaltado como herói do povo venezuelano contra a ditadura chavista?

E onde estão os protestos veementes dos “democratas” sul-americanos e do mundo contra esse crime? Esqueceram-no. Já o esqueceram, como se o fato tivesse acontecido há muito, muito tempo.

Confira em “Chavismo enterra o rebelde Óscar Pérez em Caracas sem autorização da família”, O Estado de S. Paulo, 22 de janeiro de 2018

Ministério da Solidão

Um estudo recente revelou que cerca de 200 mil habitantes do Reino Unido não tiveram conversa com um parente ou amigo por mais de um mês e que a maioria das pessoas com mais de 75 anos vivem sozinhas. Ou seja, mais de uma pessoa entre 10 são solitárias naquele país, o que levou a primeira-ministra Theresa May a nomear a Sra. Tracey Crouch ministra da Solidão.

Há alguns anos seria impensável um Ministério da Solidão, mas as anomalias do mundo hodierno tornam possível o impensável.

A este ponto ficou reduzida a instituição da família, grupo humano primeiro que origina o tecido social! Grupo de pessoas de tal maneira relacionadas entre si que suas vidas se interpenetram, dando origem a toda uma rede de relacionamentos sociais.

Pois bem, esse maravilhoso conjunto orgânico, tecido desde o tempo de Adão e Eva, foi completamente desintegrado pelos desencontros que o modo de viver moderno impõe. Comer juntos, ato que mais une os homens, há muito deixou de existir na família hodierna. Cada um tem seu horário de trabalho, de escola, de academia, de clube, e outros compromissos mais. Se acontecer de estarem todos em casa à noite, à hora do jantar, a televisão os separa, impondo-se ao ambiente e prejudicando assim o diálogo mútuo. E há casos – e não são poucos – em que cada um tem sua TV em seu quarto! Para não falar das multidões de pessoas isoladas em torno de seu Smartphone e congêneres.

Está liquidada, portanto, a família, cujos membros ficam reduzidos a se reunirem apenas nos fins de semana, se não acontecer de cada um fazer seu programa de lazer. De onde a instituição do Ministério da Solidão.

Cfr.: “Contra isolamento de idosos, governo britânico nomeia ‘ministra da solidão’”,
Folha de S. Paulo, 19 de janeiro de 2018

O padre Anchieta errou?

“Anchieta e Nóbrega na cabana de Pindobuçu”, por Benedito Calixto (1927). Acervo do Museu do Ipiranga.

No Chile, o Papa Francisco disse que “é preciso ouvir (…) os povos nativos, frequentemente esquecidos e cujos direitos precisam ser atendidos e sua cultura preservada, para que não se perca parte da identidade e riqueza desta nação”.

O que ele disse em relação aos indígenas do Chile certamente vale para os do Brasil. Como julgar então o procedimento do padre Anchieta, do padre Manoel da Nobrega e de tantos outros religiosos que se empenharam afincadamente na evangelização dos povos indígenas, retirando-os pelo batismo do paganismo bárbaro em que viviam e civilizando-os? Erraram?

Cfr.: “No Chile, papa Francisco pede que direitos e cultura dos povos indígenas sejam respeitados”, O Estado de S. Paulo, 17 de janeiro de 2018 — On line

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Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.

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