Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:53:45 PM
A diocese de West Raleigh, nos EUA, deu a conhecer o projeto de sua nova catedral. O bispo diocesano, D. Michael Burbidge, explicou que o plano corresponde aos desejos dos paroquianos e por isso atraiu o apoio econômico da comunidade, informou News Observer.com.
A catedral do Santíssimo Nome de Jesus, de fato, desafia o “politicamente correto” em arquitetura religiosa e não se inscreve na categoria dos prédios qualificados de “feios como o pecado” pelo arquiteto Michel S. Rose.
A nova catedral será construída em estilo neorromânico, evocativo do românico medieval, e custará por volta de U$ 41 milhões.
É muito pouco se comparado com as extravagantes catedrais feitas no “espírito do Concílio Vaticano II”, da “Igreja pobre” e “aggiornata”, como por exemplo, as projetadas pelo engenheiro Calatrava, hoje às voltas com a Justiça por ganhos indevidos.
O bispo diocesano sempre disse que faria a catedral que o “povo de Deus nos permitiria construir”. E o povo de Deus recusou os engenhos futuristas com ar de qualquer coisa menos de Casa de Deus.
D. Burbidge acrescentou que os fiéis já contribuíram com 75% do orçamento e que a catedral começará a ser erguida no mês de dezembro num terreno de 39 acres. Sua construção levará dois anos.
A catedral do Santíssimo Nome de Jesus, com capacidade para 2.000 fiéis sentados, substituirá a venerável e simpática Catedral do Sagrado Coração, que com sua capacidade para 300 pessoas é a segunda menor catedral do país, comparando-se a uma bela capela.
Uma grande torre com sinos e um largo conjunto de dependências completa o projeto.
Os planos da catedral são do arquiteto James O’Brien, da O’Brien and Keane, estúdio que desenhou em estilo definidamente românico a igreja de Santa Catarina de Siena, em Wake Forest, muito apreciada pelos fiéis.
Mas o povo preferia um projeto anterior, ainda mais grandioso em tamanho e beleza, também em estilo tradicional com notas medievais.
Talvez a ojeriza modernista a despesas elevadas – neste caso justificadas e arcadas pelo povo – tenha pesado na decisão do bispo diocesano.
Os fiéis acham que um projeto majestoso seria mais sensato, considerando-se a rápida expansão do catolicismo na região leste do estado de Carolina do Norte, onde fica a diocese.
Os católicos diocesanos registrados somam atualmente 214.000 e a projeção é que seu número duplique em menos de 20 anos, glosou D. Burbidge.
“A coisa mais linda que ouvimos é que o povo julga que precisamos uma igreja grande”, disse.
A diocese desejou criar uma catedral bela, fora do tempo. Portanto, não comparável às igrejas modernas que se sobressaem pela extravagância, que logo ficam desagradavelmente velhas e são desertadas pelos fiéis.
No projeto final foi acentuada a forma de Cruz do conjunto e incorporados antigos vitrais e estações da Via Sacra recuperadas de antigas igrejas de Philadelphia, onde o modernismo vem fechando as igrejas históricas, nas quais a fé está impressa na arte, e, em consequência, afastando os fiéis da prática religiosa.
A antiga catedral será preservada como paróquia. Seu nobre estilo é bem recebido numa região pobre.
Henry Zaytoun Jr., fiel da diocese, lembrou-se da época em que todos os fiéis cabiam num só local, e se emocionou considerando que uma tão grande catedral agora é necessária. “Nós achamos que é uma grande graça e uma honra participar de algo como isto”, acrescentou.
Seja o primeiro a comentar!