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5 min — há 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:48:23 PM
O bispo de Legnica, na Polônia, Mons. Zbigniew Kiernikowski, proclamou oficialmente um prodígio do Santíssimo Sacramento acontecido na igreja de São Jacinto dessa cidade.
Ele autorizou os fiéis venerarem a hóstia ensanguentada que, segundo o decreto episcopal, “tem as características que definem um milagre eucarístico”, informou o site “Religión en Libertad”. http://www.religionenlibertad.com/la-iglesia-reconoce-el-milagro-de-una-hostia-sangrante-en-polonia-49101.htm
A cidade de Legnica (em alemão: Liegnitz) fica na região da Baixa Silésia, no sudoeste da Polônia. O milagre aconteceu na Missa de Natal de 2013, quando uma hóstia consagrada caiu no chão durante a distribuição da Sagrada Comunhão no santuário de São Jacinto.
A hóstia foi recolhida e colocada num recipiente com água (“vasculum”) para se dissolver, como mandam as sapienciais normas canônicas nesses casos, nem muitas vezes respeitadas nos dias de hoje.
Porém, uma vez na água, apareceu na hóstia uma mancha vermelha de textura singular, que fazia pensar em tecido humano.
O então bispo de Legnica, Mons. Stefan Cichy, instituiu uma comissão para investigar o prodígio com a sagrada forma.
Em fevereiro de 2014, com a permissão da diocese, um fragmento da hóstia com aspecto de tecido ensanguentado foi retirado e colocado sobre um corporal. Depois foram recolhidas amostras para serem analisadas em laboratórios de diferentes institutos forenses.
A declaração final dos médicos do Departamento de Medicina Legal da cidade concluiu que “na imagem histopatológica verifica-se que os fragmentos contêm células de músculo estriado transversal semelhantes às do músculo cardíaco”.
Desta maneira, os testes determinaram que geneticamente o tecido é de origem humana. Os médicos também especificaram tratar-se de um músculo que havia padecido estresse e sofrimento “com as mudanças que ocorrem frequentemente durante a agonia”.
Considerando a relevância dos pareceres médico legais, em janeiro de 2016 D. Kiernikowski encaminhou o caso ao Vaticano, submetendo-o à consideração teológica da Congregação para a Doutrina da Fé.
Essa importantíssima Congregação vaticana declarou-se favorável à exposição da hóstia miraculosa à veneração pública, e recomendou que se explicassem bem os fatos aos fiéis.
A hóstia fica exposta numa capela do santuário sob a responsabilidade do pároco, Pe. Andrzej Ziombrze.
No documento de proclamação do milagre, o bispo afirma: “Espero que isso sirva para aprofundar a adoração da Eucaristia e tenha um impacto inconfundível na vida das pessoas que se aproximam da relíquia. Vemos isso como um exemplo maravilhoso, uma expressão particular da bondade e do amor de Deus”.
O texto completo do decreto do bispo, vertido para o inglês, pode ser lido em:http://www.freerepublic.com/focus/f-news/3419899/posts
A esperança do bispo é de grande importância para a nossa época, quando se pretende entregar a Eucaristia a pecadores públicos, esquecendo que n’Ela estão verdadeira, real e substancialmente presentes o Corpo, o Sangue, a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
No site da paróquia onde ocorreu o milagre (www.jacek.iq.pl) há mais fotos e explicações, mas só em língua polonesa. Obedecendo às instruções do bispo, um livro aberto recolhe no santuário o testemunho das graças recebidas e “outros eventos milagrosos”.
É significativo que o milagre tenha acontecido na igreja consagrada a São Jacinto (1185-1257), chamado de “Apóstolo do Norte”. O santo foi um religioso dominicano polonês do século XIII, grande pregador da Eucaristia e da Adoração do Santíssimo Sacramento.
Em 1240, hordas de mongóis pagãos invadiram o mundo eslavo em fase de conversão, devastando cidades, campos e pilhando as igrejas. Atacaram então a cidade de Kiev, hoje capital da Ucrânia, onde São Jacinto rezava diante do Santíssimo Sacramento.
Sabendo que a cidade iria cair nas mãos dos bárbaros, ele tirou do sacrário o cibório contendo as sagradas hóstias do sacrário com a intenção de fugir e assim salvar as sagradas espécies.
Nessa hora o santo ouviu uma voz, proveniente de uma imagem de Nossa Senhora feita em alabastro:
– “Jacinto, você vai fugir e deixar-me sozinha? Leve-me com você”.
– “Querida Mãe, sua estátua é muito pesada, como poderei levá-la?”, disse ele.
– “Meu Filho vai torná-la ligeira, leve-me”, replicou Nossa Senhora.
E, com efeito, a estátua ficou leve como uma pluma. São Jacinto colocou então o cibório com o Santíssimo Sacramento e a estátua da Virgem sob a sua capa dominicana.
Acompanhado por outros religiosos, conseguiu milagrosamente cruzar o grande rio Dnieper que corta a cidade e atravessar o acampamento dos bárbaros mongóis sem ser detectado.
São Jacinto fundou mosteiros dominicanos na Ucrânia e na sua Polônia natal, onde faleceu na cidade de Cracóvia.
Mas sua influência não se esgotou nos tempos medievais.
Três séculos depois, quando os protestantes apareceram para negar a Presença Real de Jesus Cristo na Eucaristia e se revoltarem furiosamente contra a devoção a Nossa Senhora, o nome e as imagens do religioso, cujo processo de canonização ainda estava em andamento em Roma, multiplicaram-se piedosa e assombrosamente em ícones, pinturas e esculturas.
Foi então que os Papas aprovaram a difusão de sua devoção. Ele foi canonizado no dia 17 de abril de 1594 pelo Papa Clemente VIII. O Papa Inocêncio XI nomeou-o padroeiro da Lituânia.
Os devotos de São Jacinto sublinham que o bispo diocesano aprovou o milagre eucarístico acima descrito no dia 17 de abril de 2016, aniversário da canonização do santo.
Ele é apresentando com uma grande estátua da Virgem numa mão e um belo ostensório eucarístico na outra, atravessando miraculosamente o rio e o acampamento dos bárbaros.
São Jacinto é mundialmente cultuado pelos seus milagres e pelo exemplo heroico de arriscar sua vida para não permitir que a Eucaristia fosse objeto de sacrilégio ou profanação por aqueles que não são dignos.
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