Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 4 anos — Atualizado em: 4/11/2021, 4:34:56 PM
Diz o velho ditado que “o demônio gosta de pescar em águas turvas”. Nós não poderíamos estar em águas mais turvas, confusas, do que as que estamos agora.
Um vírus que veio da China espalhou-se por todo o mundo. Mas, muito pior do que ele, e a propósito dele, uma série de medidas arbitrárias e mal explicadas nos colocaram na beira de um abismo no qual não conseguimos ainda ver o fundo.
A crise da COVID não se restringe a seu aspecto médico, de contágio, mas tem consequências políticas, econômicas, sociais e até religiosas jamais vistas na História.
Nesse sentido, Elke van Hoof, professora de psicologia da saúde da Universidade de Vrije, na Bélgica, especialista em estresse e trauma, afirmou em entrevista à BBC: “Estamos diante da maior experiência psicológica da história […] não sabemos o que vai acontecer”.
O confinamento chamado de lockdown (fechar tudo), que vem sendo implantado em vários lugares do mundo, é apresentado como saída indispensável para impedir o contágio do vírus.
Contrariando documentos anteriores da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, com base em estudos científicos, desaconselhavam as “intervenções não farmacêuticas” por serem ineficazes para a contenção de uma epidemia viral[i], o lockdown se tornou a única opção de autoridades despreparadas e de certa imprensa que deseja mudar a sociedade.
De outro lado, a mesma mídia faz terrorismo publicitário contra tratamentos preventivos ou terapêuticos da Covid que se mostram eficazes, e são validados pela experiência de muitos médicos atuando na linha de frente no combate à epidemia, além de numerosos estudos científicos.
A consequência de tudo isso? Desespero, aumento exponencial de patologias não diagnosticadas ou tratadas a tempo (câncer, diabetes, deficiência cardíaca, alcoolismo, depressão etc.)… e um empobrecimento generalizado. Nesse caso, não importa a falta de comprovação científica dos efeitos secundários do lockdown.
Particularmente dolorosa é a situação em que ficam as crianças e os jovens, fechados em suas casas, privados do contato com amigos de escola, parentes e vizinhos. Os efeitos maléficos dessas quarentenas, para o sistema nervoso e psicológico deles, já são desastrosos.
Em alguns Estados, como o Rio Grande do Sul, os mercados podem abrir apenas para vender produtos ‘essenciais’. Arroz, sim. Lâmpadas, não. E colocam lonas para cobrir os produtos proibidos de serem comprados.
Alguém dirá que isso tudo é por acaso, apenas para proteger do contágio. Entretanto, uma análise mais atenta dos fatos demonstra que o vírus foi utilizado por algumas autoridades civis para produzir uma grande mudança na sociedade, com a cumplicidade de autoridades eclesiásticas.
A esquerda, tanto a civil como religiosa, sempre considerou Cuba, um país comunista e pobre, como exemplo para o Brasil. Agora, nossa sociedade está cada vez mais próxima do comunismo (cubano, venezuelano ou chinês, como o leitor preferir chamar).
Essa subversão da religião se junta ao desejo dos ideólogos de esquerda atuais. Veja o que disse, durante a gripe H1N1, de 2009, Jacques Attalli, conselheiro dos sucessivos governos e mentor do Presidente da França, Emmanuel Macron. Segundo esse socialista, dentro de um futuro próximo haveria uma pandemia maior e ela exigiria um esforço conjunto dos países: “… teremos de estabelecer uma política global, um armazenamento global e, portanto, um imposto global. Chegaremos então, muito mais rapidamente do que teria sido possível apenas por razões econômicas, a estabelecer as bases de um verdadeiro governo mundial”.[ii]
O World Economic Forum externou, ainda em 2016, seu desejo utópico a respeito da vida em 2030: “Você não será proprietário de nada, e será feliz por isso”. Três anos depois, veio uma epidemia, que lhe deu o pretexto para lançar o propalado “Grande Reset”…
E assim, leitor, as citações não acabam. Mas quase todas as mais importantes autoridades civis e eclesiásticas vão encaminhando a sociedade temporal e espiritual rumo ao miserabilismo, outro nome para o já conhecido comunismo, desta vez vestido de verde e de pardo. O verde feio do tribalismo ecologista e o pardo da sujeira e da tristeza de um mundo confinado e empobrecido.
Devemos abrir nossos olhos. A cada dia vamos perdendo mais e mais liberdades, tornando cada vez mais difícil uma reação. Entretanto, se recorrermos ao nosso histórico bom senso brasileiro, e observarmos com perspicácia essa manobra tanto no campo civil como eclesiástico, a Divina Providência nos mostrará o caminho certo.
E, assim, os inimigos da Igreja e da Cristandade se darão conta de que o Brasil não é a China. De que aqui há reservas de Fé e de bom senso que lá, infelizmente, são reprimidas inclementemente pelo braço de ferro do Partido Comunista Chinês, mas que ainda assim teimam em subsistir na “igreja católica clandestina”.
Em um discurso memorável, Plinio Corrêa de Oliveira, inspirador de nosso Instituto, afirmou contra aqueles que desejavam descristianizar o Brasil: “Contra os inimigos da Pátria (…) e de Cristo, os católicos brasileiros saberão mostrar sempre uma invencível resistência. (…). Mais fácil vos seria arrancar de nosso céu o Cruzeiro do Sul, do que arrancar a soberania e a Fé a um povo fiel a Cristo…”[iii].
Tendo isso diante de nós, confiando na proteção de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, nosso país saberá responder a mais essa ameaça que está enfrentando.
Não fique parado: entre em nosso site e saiba mais: www.ipco.org.br
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https://campanhas.ipco.org.br/abaixo-assinado-apelo-aos-bispos-do-brasil-para-que-abram-as-igrejas-1
[i] https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/329438/9789241516839-eng.pdf?ua=1 e https://www.who.int/bulletin/volumes/92/12/14-135590/en/
[ii] Express, 3/5/2009, comentado por Jeanne Smits em https://leblogdejeannesmits.blogspot.com/
[iii] https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Disc_Congr_Eucar_42.htm
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
2539 artigosO Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.
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