Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 7 anos — Atualizado em: 2/14/2018, 10:47:46 PM
Os atentados islâmicos acontecidos em Barcelona e outras cidades espanholas têm, na perspectiva corânica, um grande valor simbólico, escreveu Olivier d’Auzon jurista e consultor do Banco Mundial, nas páginas do Huffington Post.
A Espanha, e a península ibérica em geral, tiveram um papel saliente na história das conquistas e dos atropelos históricos do Islã.
Por isso, o Estado Islâmico – que se atribuiu os recentes atentados na Catalunha, com o saldo de pelo menos 17 mortos e 130 feridos – lançou em 2014 uma proclamação bélica a partir da Síria:
“Nós estamos em terra santa do Islã (…) vivemos sob a bandeira do Estado Islâmico e vamos morrer por ela enquanto não tenhamos recuperado todas as terras muçulmanas perdidas, desde Jakarta até a Andaluzia, e eu vos digo: a Espanha é a terra de nossos antepassados e vamos recuperá-la com a ajuda de Deus”.
A proclamação bélica contém o sonho de islâmicos, fanáticos ou moderados, de voltar a invadir a Espanha. A primeira invasão acabou sendo repelida após séculos de guerras de Reconquista. Para eles, chegou a hora da segunda.
Nas guerras da Reconquista brilharam o rei São Fernando, chamado “El Santo”, que reconquistou a maior parte da Andaluzia, e os Reis Católicos, que completaram sua obra retomando Granada em 1492.
A Andaluzia não significa para os maometanos o mesmo que para nós. Na sua imaginação violadora de todas as fronteiras, significa a Espanha inteira que chegou a ser conquistada pelo império árabe-berbere-islâmico desde 711 até 1492.
Os atentados nas Ramblas de Barcelona e de Cambrils, em Tarragona, obedecem a essa lógica de guerra.
O fanatizador religioso da célula terrorista era o imã local Abdelbaki Es Satty, ingenuamente tido como “moderado” de costumes, obviamente imorais e ocidentalizados.
O assassino principal, Younes Abouyaaqoub, nasceu do outro lado do Estreito de Gibraltar, no Marrocos, de onde provinham habitualmente as ondas invasoras maometanas nos séculos passados.
Younes obteve residência em Ripoli, na Catalunha, acobertado pelo líder religioso “moderado” e “camarada”.
O Marrocos banca de país islâmico moderno e pró-ocidental, “mas nele o ensino e os discursos políticos sempre alimentaram uma profunda nostalgia da Andaluzia perdida, a qual, para pior, é considerada como marroquina e o país ideal para o recrutamento e para servir de trampolim à jihad (guerra santa) na Europa” sublinhou o especialista Alexandre del Valle.
“Há conexões importantes entre os jihadistas de Barcelona e as redes belgas, simplesmente porque a Bélgica acolhe uma estrutura terrorista que é marroquina”, acrescentou.
O ex-juiz antiterrorista Marc Trévidic disse à radio francesa Europe 1 que “essas conexões são históricas. Entre as redes marroquinas na Bélgica e na Espanha há relacionamento desde os anos 90”.
Do outro lado do Mediterrâneo não se cogita em “encontro das culturas”, “ecumenismo” ou “acolhida”, mas sim em invasão, vingança, morte e extermínio.
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