Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 13 anos — Atualizado em: 2/8/2018, 8:38:37 PM
Intoxicação de crianças causou pânico |
Peter Foster, correspondente em Pequim do diário “The Telegraph” fez um resumo dos dez maiores escândalos recentes de adulteração de alimentos na China.
A lista era até necessária de tal maneira essas fraudes estão cada vez mais freqüentes, perigosas e podem nos atingir no dia-a-dia em simples produtos de baixo preço que substituem produtos fabricados no Brasil.
É o caso mais conhecido: em 2008, seis bebês morreram e 300.000 adoeceram após consumir leite deliberadamente contaminada com melamina, substância química industrial que faz o produto passar nos testes fingindo uma qualidade que não tem. No Ocidente, o leite envenenado foi identificado em guloseimas vendidas até sob etiquetas de firmas respeitáveis.
Em abril de 2011 a polícia da cidade de Shenyang apreendeu 40 toneladas de feijão tratado com nitrito de sódio e uréia, antibióticos e um hormônio vegetal proibido. Todos eles perfeitamente ilegais e perigosos. Os produtos tóxicos foram utilizados para fazer crescer mais rápido o grão e dar-lhe um visual ‘brilhante’ nas prateleiras dos mercados.
Como em todos os casos os heróis “verdes” e anti-agronegócio nunca souberam de nada e nada protestaram. Na China o caso foi tão grave que o governo prendeu 12 pessoas, como é de praxe para apaziguar a indignação popular.
Mais de 3,5 toneladas de feijão verde contaminado com pesticidas proibidos do tipo isocarbophos, foram descobertos à venda na cidade de Wuhan, em março 2010. A vagem teria vindo da cidade de Sanya. Logo depois houve novas denúncias no mesmo sentido em Sanya. As autoridades locais julgaram “imprudente” divulgar o caso. E assim ficaram os consumidores não sabendo qual veneno podem estar engolindo.
Em fevereiro de 2011, novas denúncias de contaminação do leite usando a proteína hidrolisada de couro que, como a melamina, simula aumentar o teor protéico do leite. O problema havia sido detectado já em março 2009 relatou o jornal oficial “China Daily”.
Como é comum as autoridades locais estimulam, lucram ou fazem vistas gordas às falsificações para apresentar relatórios recheados de “dados positivos” ao governo central e assim inchar o crescimento estatístico da economia chinesa.
Pequim anunciou que estava fechando quase metade da suas fábricas de laticínios numa tentativa de “limpar a indústria láctea”. O propósito não é novo e das vezes passadas serviu de cortina de fumaça para a impunidade.
Após relatos de que boa parte da colheita de arroz da China estava contaminada com metais pesados, as autoridades de saúde em Shenzhen, sul do país, testaram 696 amostras de alimentos elaborados com farinha de trigo, incluindo pães e bolinhos cozidos no vapor. 28% deles apresentava níveis de alumínio acima dos padrões nacionais, noticiou o jornal “Standard” de Shenzhen. A contaminação foi atribuída ao uso excessivo de fermento em pó contendo o metal.
Relatórios e fotografias divulgados em março de 2011 mostraram carne de porco que brilhava com estranho brilho azul iridescente quando as luzes da cozinha estavam desligadas. Usuários online a apelidaram de “carne de Avatar”. O Departamento de Supervisão de Saúde de Xangai disse que a carne de porco foi contaminada por uma bactéria fosforescente, mas que pode se comer com segurança desde que bem cozida. Na internet, os usuários não acreditaram.
Há muito se instalou o uso de esteróides proibidos como o clenbuterol na produção de carne de porco para consumo humano. O chamado “pó de carne magra” pode causar tonturas, palpitações, diarréias e sudorese profusa. O caso mais recente ocorreu em março de 2011, mas a China só reconhece 18 surtos de intoxicação alimentar relacionados com clenbuterol, entre 1998 e 2007, de acordo com um relatório no site da secretaria de Segurança Alimentar de Xangai.
Em abril de 2010 mais de 7 milhões de recipientes descartáveis tóxicos que iam ser usados para alimentos foram apreendidos na província oriental de Jiangxi. Esse tipo de recipiente está proibido, mas seu uso continua difundido na China, liberando substancias venenosas quando o recipiente é aquecido junto com os alimentos. As substâncias atingem o fígado, os rins e os órgãos reprodutivos.
‘Oleo de esgoto’ apreendido em Pequim |
Uma investigação sigilosa efetivada por um professor da Universidade Politécnica de Wuhan, em março de 2010, concluiu que uma de cada 10 de todas as refeições servidas na China foram cozinhadas com óleo reciclado, muitas vezes recolhido nos esgotos dos restaurantes.
A Secretaria federal de Alimentos e Medicamentos decretou emergência nacional e ordenou uma investigação sobre o escândalo do “óleo de esgoto”. O alarme aumentou a desconfiança do público a níveis sem precedentes com relação à indústria de alimentos.
Pesquisa publicada em fevereiro de 2011 constatou que até 10 por cento do arroz vendido na China foi contaminado com metais pesados, incluindo o cádmio. Os dados foram coletados pela Faculdade de Agricultura da Universidade de Nanjing. O problema é mais grave nas províncias do sul, onde em algumas áreas, 60% das amostras estavam contaminadas, algumas até cinco vezes acima do limite legal.
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