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A devoção ao Santo Rosário tem raízes na vida monástica, possivelmente desde o século V.
2 min — há 1 ano — Atualizado em: 10/11/2023, 8:16:07 AM
Nossa Senhora entregando o terço a São Domingos
Segundo alguns autores, a devoção do Santo Rosário remonta aos primórdios da vida monástica. É opinião desses autores que Santa Brígida, padroeira da Irlanda, já no século V, costumava contar com pequenos glóbulos de madeira ou pedra as orações impostas pelos superiores, em geral Padre-Nossos e Ave-Marias. Teríamos assim um esboço do que hoje conhecemos sob o nome de “terço” ou “Rosário”.
Como quer que seja, é a São Domingos de Gusmão (1170 – 1221) que se deve o Rosário como hoje o possuímos, bem como a propagação de devoção tão salutar. Foi o fundador da Ordem dos Frades Pregadores — hoje mais conhecida como Ordem Dominicana — que aos Padre-Nossos e Ave-Marias, junto à meditação sobre as alegrias, dores e triunfos da Virgem Mãe [a respeito, veja Catolicismo Agosto/2021].
No século XIII os albigenses infestavam todo o norte da Itália e sul da França, afastando os fiéis da Igreja e os colocando no caminho da perdição. Em vão pregou São Domingos contra os erros da heresia. Um dia em que rezava angustiado à Virgem Mãe de Deus lhe viesse em auxílio na sua campanha pela Igreja e pelas almas, Maria Santíssima apareceu-lhe e ordenou-lhe que propagasse o Santo Rosário, como arma singular contra erros e vícios. E, realmente, a recitação do Santo Rosário atraiu os fiéis às meditações dos mistérios da vida de Jesus Cristo e de Maria Santíssima, rezados pelos albigenses, meditação eficaz, pois seguiu-se lhe um reflorescimento da Fé e melhoria dos costumes. Tornou-se então o Rosário a devoção popular, o ABC da salvação para os iletrados, o compêndio prodigioso dos Santos Evangelhos e da vida católica para todos os fiéis.
Depois da conquista dos albigenses, a Santa Igreja sempre recorreu a esta arma poderosíssima contra todos os seus inimigos. Além da vitória de Muret contra os albigenses (1213), o Santo Rosário protegeu as armas católicas contra os turcos em Lepanto (7 de outubro de 1571), em Viena (1683), em Ceuta (1697) e em outros pontos.
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* Trecho de artigo de Plinio Corrêa de Oliveira no “Legionário” em 1 de outubro de 1939.
Plinio Corrêa de Oliveira
557 artigosHomem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".
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