Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 3 anos — Atualizado em: 3/8/2022, 11:58:40 PM
Aperspectiva de nova conflagração mundial tornou-se ainda mais sinistra do que as anteriores, em razão dos trágicos progressos que tem feito a arte de matar. Teve isto sobre os homens um efeito catastrófico.
Em lugar de ver no debate de ideias um destro e arejado torneio de erudição e de cultura, no qual as partes contendem para encontrar a verdade, o debate cultural ou técnico passou a ser tido, em nossos dias, como fagulha perigosa, da qual podem surgir controvérsias apaixonadas. E destas, por sua vez podem nascer, possivelmente, confrontações internacionais que resultem na temida guerra.
Tomado de pânico, o pacifista contemporâneo incondicional apostrofa ecumenicamente os polemistas: “Não vos recordais das intransigências de Hitler, de Mussolini, de Stalin”?
Nesta visualização, toda controvérsia deve ser abafada. E quando alguém redargue ao pacifista, “e você não se lembra de homens ainda mais culpados pelas guerras, pois foram símbolos da capitulação e do fracasso, como Chamberlain e Daladier?”, o pacifista muda de assunto.
Porém vê-se que, no fundo, essa dupla do fracasso corresponde ao seu ideal. E que, nem de longe, lhes ocorre a lembrança de homens como Churchill e De Gaulle, que souberam ser polemistas vigorosos, mas sem fanatismo.
A fórmula mágica do “neochamberlainismo” ou do “neodaladierismo” contemporâneo é o relativismo. Para ele, todas as verdades e todos os erros são relativos. Toda afirmação categórica não é senão respingo de algum fanatismo. A verdade está sempre e unicamente no meio-termo. Isto é, numa acomodação entre todas as opiniões, por mais diversas que sejam, e por mais contraditórias que se apresentem.
Quando as certezas morrem, a atividade intelectiva perde sua meta natural. E a modorra se apodera da opinião pública. A modorra dos pacifistas a todo preço, que Churchill assim definia: “Apaziguador é aquele que alimenta um crocodilo, esperando que este o coma por último”…
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Excertos do artigo de Plinio Corrêa de Oliveira, em 11-4-88, para a “Folha de S. Paulo”.
Plinio Corrêa de Oliveira
557 artigosHomem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".
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