Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:25:46 PM
Há mais de 50 anos o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira denunciara a Reforma Agrária socialista e confiscatória através das páginas da revista Catolicismo, da imprensa, de livros e manifestos. Isto lhe custara à época ferrenhos ataques da esquerda católica e mesmo de alguns produtores rurais mais desavisados.
Com efeito, poderia ter ocorrido entre os menos politizados a visão um tanto ingênua de imaginar tratar-se de iniciativa que viesse — sobretudo sob a capa de “reforma” — resolver muitos dos problemas de então, e assim alavancar a agropecuária com produção e renda para os homens do campo, patrões e empregados.
Foram muitas publicações e campanhas que demonstraram que por trás da “Reforma Agrária” se ocultava a violação da propriedade privada, através da luta de classes, objetivo último do socialo-comunismo. Concorria para essa demagógica “Reforma” qualquer objurgatória que viesse a tisnar a até então respeitável figura do fazendeiro.
A luta foi — e ainda continua a ser — renhida entre os patronos da implantação da Reforma Agrária e os defensores do direito de propriedade, da livre iniciativa e do princípio de subsidiariedade. Luta desigual, aliás, pois ao coro dos demagogos de plantão favoráveis à revolução no campo se somara a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e boa parte da mídia.
Cabe ressaltar, infelizmente, que em alguma medida foi implantada a Reforma Agrária. Hoje existem quase 100 milhões de hectares de terras agro-reformados com os chamados projetos de assentamentos, onde “sem-terra”, lotados pelo governo, se estabelecerem. Contudo, todos conhecem o seu eloquente resultado, as deploráveis favelas rurais.
Com a proliferação delas, o tempo deu razão ao clarividente Prof. Plinio Corrêa de Oliveira e a corrente de pensamento por ele idealizada. O elevado custo da desditosa “Reforma” ao longo desses 50 anos, através de órgãos como o mastodôntico INCRA e até de um Ministério exclusivo para a Reforma Agrária, representou verdadeira sangria do suado dinheiro de nossos impostos.
E por ironia do destino, enquanto os assentados continuam sem terra, colhendo miséria e desolação — pois as terras não lhes pertencem e não lhes pertencerão, pois elas são públicas como os kolkozesrussos — os proprietários particulares se sobressaem a cada safra com recordes de produção devido à pujança do agronegócio.
No mês de setembro p.p., veio a lume um artigo com título que chega a surpreender por sua raridade em nossa imprensa: “Pá de cal na Reforma Agrária”. Sobre ele pretendo me ocupar numa próxima matéria. Até lá.
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