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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Pluralidade de dons na Santa Igreja

Por Plinio Corrêa de Oliveira

3 minhá 3 anos


[Trechos de comentários do Prof. Plinio a propósito da festa de Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo]

Pluralidade, como veremos, nada tem a ver com a chamada diversidade imposta pelas esquerdas.

Como são as obras de Deus a respeito das almas

Basílica de São Pedro. Basílica de São Paulo

“Quanto à dedicação das Basílicas dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, sabemos que, embora São Pedro seja Príncipe dos Apóstolos, o apostolado de São Paulo em Roma foi de tal maneira importante que marcou a cidade. E realmente há em Roma aquela grande Basílica de São Paulo Fora dos Muros, que foi danificada em parte durante um incêndio no século XIX e posteriormente foi reconstruída.

“Há uma outra coisa também, que é compreendermos a pluralidade de dons.

“Deus, dentro do próprio movimento da Contra-Revolução, dá muitos dons ora a uns, ora a outros, e a outros ainda. Os que estão colocados em situação de mando devem preservar a sua autoridade, remetendo naturalmente a Deus, mas sabendo utilizar a sua autoridade para realçar a diversidade de dons. Porque exatamente seu papel é de estar continuamente chamando atenção para a pluralidade de dons que Deus dá dentro do movimento. Mas, sobretudo, há um dever que é muito importante: ter muita alegria pelos dons que Deus fez aos outros.

“Muitas vezes se vê que Deus faz a um outro um dom que não faz à gente. Em vez de ficar “nodoso”, embirrado, triste, aborrecido, ou ficar em uma pseudo-indiferença, sentir uma verdadeira alegria. “Que felicidade aquele estar fazendo tal coisa de que eu não sou capaz! Que felicidade que aquele outro faça tal coisa para a qual eu não tenho tempo! Que felicidade que aquele outro brilhe mais do que eu e faça mais ainda por Deus, de maneira que Deus é mais bem servido!“”

(…)

São Pedro, São Paulo, São João

“Então, esses estados de espírito temos que aprender a ver em nós. Por exemplo, São João na Ilha de Patmos, onde teve suas revelações fantásticas e escreveu o Apocalipse etc. Patmos nunca foi uma grande ilha. Era uma ilhota pouco mais ou menos como… eu não quero nomear nenhum país… Em Patmos São João ouve falar de São Pedro que governa o globo inteiro, e ele está naquela ilhota. E pensa: “Que bom que Deus pôs meu irmão Pedro como base do edifício da Santa Igreja! Que felicidade que ele esteja governando tudo! E olhem com que santidade ele faz! Ele é respeitado por todos. Vou mandar a Pedro minhas homenagens para acrescer a de todos os outros”. Que alegria! Isso é a reação verdadeira!

“São Pedro e São João ouvem falar de São Paulo e de suas conquistas apostólicas pelo mundo: “Mas que satisfação! O que nós não conseguimos fazer, ele faz!” Epístola para São Paulo, felicitando calorosamente…

“São Paulo e São Pedro ouvem falar de São João: “Para se ver a Nosso Senhor é assim: a gente estar perto dele e aí é que se sente a presença de Nosso Senhor Jesus Cristo. O que é o discípulo bem amado! Nada como ser o discípulo bem amado!” Assim é o desinteresse dos santos, louvando-se uns aos outros pela glória de Deus. E é tão diferente do que muitas vezes pode acontecer na miséria humana…”

https://pliniocorreadeoliveira.info/DIS_SD_651118_dedicacao_basilicas_Pedro_Paulo.htm#.YZWiwWDMKMo

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Plinio Corrêa de Oliveira

Plinio Corrêa de Oliveira

557 artigos

Homem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".

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