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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Protesto social e terrorismo


Em vários países da América Latina ficaram de moda os chamados protestos sociais. No Chile, contrariando o desejo da grande maioria de seus habitantes, eles conseguiram desestabilizar o país e lançá-lo no caminho do caos, destruindo a economia e exigindo reformas sociais e políticas urgentes, que incluem uma consulta popular para mudar a Constituição — a mesma que lhes deu a prosperidade alcançada durante quase 40 anos de desenvolvimento sustentado.

Entretanto,na Colômbia, onde os organizadores dessa nova forma de revolução socialtentaram fazer algo semelhante, o tiro saiu pela culatra. Embora tenhamconseguido gerar sérios distúrbios nas principais cidades e destruir algunsbens do mobiliário público e privado, éum fato que os promotores do vandalismo terrorista constituem uma minoriaminúscula e são rejeitados por quase todos os colombianos. Obviamente, elesestão tomados por um radicalismo fanático que obedece cegamente a umaarticulação subversiva misteriosa e desconhecida que dirige, organiza e executaesse novo tipo de ação revolucionária.

Quemsão eles? Quem os organiza? O que querem? Que vínculos têm com as FARC (FuerzasArmadas Revolucionarias de Colombia) e com oELN Ejercito de Liberacion Nacional? E com Cuba e Venezuela? Essas são questões muito sériasque devem ser respondidas com urgência pelas agências de inteligência doEstado, as quais foram praticamente desmanteladas pelo governo anterior e háalguns anos não produzem resultados. É imperativo fazer sem delongas umainvestigação minuciosa do que está acontecendo na Colômbia.

Umacoisa é o protesto pacífico e legal, que deve ser respeitado pelo Estado, eoutra, completamente diferente, é a que gera sérios distúrbios na ordempública, como vimos presenciando na Colômbia nos últimos meses. Estamos em facede um laboratório de revolução social em que o Estado autoriza manifestações deprotesto supostamente pacíficas e ordenadas, mas dentro das quais aparecemminorias radicais encapuzadas que empreendem um vandalismo e uma açãoterrorista contra a sociedade, que vê absolutamente negados todos os seusdireitos, inclusive o de autodefesa, sem que o Estado intervenha para evitaresse abuso infame.

Impunidade para vândalos, falta deproteção para os cidadãos de bem

Enquanto estações detransporte e repartições públicas são destruídas, lojas e empresas privadassaqueadas e milhões de cidadãos impedidos de exercer seu sagrado direito aotrabalho e à livre mobilização, o governo fala em diálogo, entendimento etolerância. E, o que é pior, alguns dos novos prefeitos recém-empossados, comoos de Bogotá e Medellín, proclamam-se patrocinadores e protetores do protesto,atando as mãos da Polícia, impedindo-a de usar armas legítimas para se defenderde ataques subversivos e garantir a ordem social.

Vimos, no dia 21 de janeiro,multidões enfurecidas querendo matar um grupo de policiais desarmados eindefesos em Bogotá, atacando-os com bombas explosivas, pedras, paus e outrosobjetos contundentes. A prefeita os proibira expressamente de exercer qualqueração contra os vândalos que, entretanto, queriam matá-los naquele momento. Emque lugar do mundo se viu semelhante injustiça? Simplesmente, chegamos ao augedo absurdo.

A isso se soma o maiorridículo, que foi o anúncio pela prefeita de Bogotá da criação de um novoprotocolo para enfrentar as multidões raivosas que querem destruir a cidade.Consistirá no envio de mães “avançadas”, vestidas de branco e portandobandeiras brancas, pretendendo com suas pantomimase discursos pacifistas dissuadir terroristas, quando o resultado óbvio seráque os mesmos morrerão de rir da fraqueza do Estado, que os encoraja a executarexcessos cada vez mais radicais, enquanto os cidadãos honestos têm todos osseus direitos negados e são maltratados. Tudo isso porque as forças desegurança do Estado estão proibidas de agir. Estaremos nós, colombianos, assistindo a um suicídio social planejado?

A Colômbia tem que acordar!As agências de segurança, comandadas pelo Presidente da República, têm aobrigação de identificar os responsáveis ​​por essa destruição. Os vândalosencapuzados devem ser detidos e processados, acusados ​​de tentativa deassassinato, terrorismo e danos em bens alheios, públicos e privados. E todo osistema judicial do País, representado por juízes e promotores, deve agirrápida e eficazmente.

Quem está por trás das marchas?

E — o mais importante — que seja investigado quem é o cérebro oculto que articula e direciona um perigo tão grave para a nossa Pátria. Sem dúvida, o ressentido e tóxico senador Gustavo Petro [foto] é um dos causadores dos distúrbios, pois ele se declarou publicamente responsável em mandar para as ruas toda a sua “Colômbia humana”, a qual não passa de uma minoria organizada que faz do roubo e da rapina seu mais excelso objetivo, e que, apoiada pela revolução cubano-venezuelana, quer nos destruir para nos impor um regime de miséria e escravidão.

Fiéis aos princípios marxistas de sempre, essasrevoluções preferem recuar com prudência quando encontram resistência de aço.Mas quando encontram traição, covardia e engano, como já aconteceu, porexemplo, no Chile, avançam com determinação e demolem tudo que está no caminho.Essa é a estratégia daqueles que lideram o protesto — iniciado com 13 demandasao governo do presidente Ivan Duque, mas que após este os receber em seugabinete e anunciar a criação de mesas de diálogo em todo o país, seu númeroaumentou para mais de 100. E se esses radicais forem confrontados comgovernantes de gelatina, dispostos a ceder tudo, a trair seus eleitores e o país,então a tragédia atingirá a Colômbia sem contemplação.

Nós, colombianos, temos muito claro que aquilo que estápor trás do chamado “protesto social” nada mais é do que a destruiçãode fontes de emprego, o fim do desenvolvimento empresarial, a aniquilação dasliberdades legítimas e a imposição de ditadura do proletariado. Talvez esseconceito já esteja obsoleto, mas pura e simplesmente significa o que ospromotores de protesto querem esconder: otriunfo radical do comunismo.

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*Diretor da Sociedad ColombianaTradición y Acción.

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Eugenio Trujillo Villegas

Eugenio Trujillo Villegas

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