Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 14 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:34:41 PM
Dom Bertrand
Nosso judiciário foi rápido. Acabou de reconhecer a comunidade de Brejão dos Negros, Sergipe, como área ocupada por quilombolas, e, portanto, pertencente à União. Histórico
Em 01/06/2007, o Jornal Nacional mostrou a diferença entre quilombos reais e quilombos supostos ou suspeitos.
Já naquele tempo, mais de mil comunidades já tinham recebido do governo o reconhecimento de remanescentes de quilombos.
Para o governo, trata-se de uma forma oficial para reparar injustiças históricas, de proteger a riqueza cultural dessas comunidades.
Conforme o jornalista Nelson Ramos Barretto, em seu livro “A Revolução quilombola”, a forma de concessão dos certificados por parte do governo vem estimulado situações altamente suspeitas.
A seguir, transcrição da reportagem de Júlio Mosquéra, no JN:
Brejão dos Negros era um típico povoado do interior de Sergipe até meados do ano passado, quando ganhou o status de quilombo.
Mesmo sem apresentar documentos históricos e diante da surpresa dos moradores mais antigos.
“Nunca ouvi falar, minha mãe nunca disse, não”, disse uma moradora. “Nada, nada, meu pai era vaqueiro”, completou outra. “Minha mãe morreu com 70 anos e nunca falou. Nem meu pai”, garantiu um morador.
Foi padre Isaías quem conseguiu o título de quilombo para Brejão dos Negros. Bastou coletar algumas assinaturas e entregá-las à Fundação Palmares, do Ministério da Cultura.
Padre Isaías tem uma justificativa para o que chama de “falta de memória” dos moradores, que deveriam se declarar herdeiros dos quilombos.
“A opressão foi durante muitos anos, tão grande que até hoje é ofensivo dizer que é negro.”
O INCRA que atuou na ação de interesse da referida comunidade deverá por determinação judicial cercar a área descrita na sentença a fim de evitar conflitos sobre sua localização.’
Assim, leitores, o Estado vai se apoderando de tudo.
A área agro-reformada com os asssentamentos já alcança quase cem milhões de hectares.
Cerca de 12% de nosso território já constituem territórios indígenas…
E, agora, é a vez de terras para quilombolas, sempre sob a tutela do grande-patrão, o ESTADO!
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