Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:50:03 PM
Ao ser ordenado pelo bispo com o sacramento indelével da Ordem, o sacerdote recebe um poder extraordinário de Deus, tornando-se ao mesmo tempo pontífice e vítima, ministro de Cristo e continuador de Sua obra. Ou seja, passa a ter um enorme poder de fazer bem às almas e combater o mal, com vistas a implantar na Terra a verdadeira ordem desejada pelo Criador e conduzir as almas ao Céu.
Sob a direção de seu bispo e em união com o Papa, o padre atua assim como representante de Cristo para propagar a Fé e o Evangelho, defender as almas e imolar-se por elas, as vinhas do Senhor, não poucas vezes atacadas por vespas e insetos, por feras e ventos adversos, por tempestades e furacões, com escândalos e desregramentos que as golpeiam satânica e impiedosamente.
É por isso que o sacerdote – e a fortiori o bispo ou o Papa – não pode ser indiferente a tudo que diga respeito à glória de Deus e à salvação das almas. E não pode se calar quando símbolos religiosos são publicamente escarnecidos, profanados ou quebrados, como aconteceu na recente manifestação homossexual realizada em São Paulo com o escandaloso apoio das autoridades municipais, estaduais e federais.
O representante de Deus não pode omitir-se quando os protagonistas dessa causa espúria pretendem implantar a ditadura da violência e da intolerância em relação a todos os batizados que creem e professam a doutrina e a lei de Jesus Cristo. Se o fizer, tornar-se-á cúmplice deles pelo silêncio.
E se ele por acaso pensar que a família tradicional constituída por um homem e uma mulher será a única golpeada, e a parceria antinatural e infecunda promovida, equivoca-se, pois os inimigos da família a atacam por ódio a Deus e à Santa Igreja, cujos membros não serão poupados a certa altura do processo, a menos que prefiram a apostasia. Esta é a terrível lição da História!
O pecado perpetrado pelos homossexuais em São Paulo contra os principais símbolos da nossa Fé ofendeu particularmente a Deus. Por muito menos a mesma e irredutível História registrou o episódio do Levante das Estátuas, ocorrido em Antioquia sob o imperador Teodósio, que ao tomar conhecimento da mutilação das estátuas erigidas em honra dele e de sua esposa, enfureceu-se e puniu duramente aquele levante, qualificado por ele de lesa-majestade.
Se assim procedeu um rei em defesa de sua honra, o que imaginar do procedimento do Senhor Deus, a quem a vingança pertence, em relação aos que profanaram pública e ostensivamente aquilo que mais de perto O simboliza?
O blasfemo profere seus ultrajes contra Deus e os santos através de palavras, exemplos e atitudes, misturando a luxúria e o pecado contra a natureza com as coisas sagradas para golpear a Igreja, os cristãos e o próprio Deus. Ao exibir em via pública objetos sagrados do culto, como ocorreu nesse infeliz desfile, depreende-se o enorme pecado de blasfêmia cometido.
Os seus fautores não ultrajaram apenas os homens, mas o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei dos reis. Este ultraje é crime contra a Sua bondade e grandeza, majestade e soberania, pois os blasfemadores chegaram a vomitar satanicamente que Ele também era homossexual. A maior parte dos pecados tem sua origem na ignorância ou na fraqueza humana, mas a blasfêmia vem da maldade do coração.
Deus perdoa o pecador, mas castiga terrivelmente o ímpio, o blasfemo e o profanador com a pena eterna do inferno; e muitas vezes a punição já começa nesta vida. Permaneça diante de nossos olhos o exemplo de Sodoma e Gomorra, uma lição viva da História a nos ensinar como Deus é justo ao premiar os bons e castigar os maus.
Padre David Francisquini
139 artigosPe. David exerce sua missão sacerdotal na Igreja do Imaculado Coração de Maria, em Cardoso Moreira (RJ). Entusiasta do livro Revolução e Contra-Revolução, do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, o Revmo. Pe. David sempre propagou os ideais deste insigne pensador e líder católico. Pe. David é autor de dois livros importantes para a defesa da família Brasileira: "Catecismo contra o Aborto" e "Homem e Mulher, Deus os criou".
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