Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 5 anos
Certas propostas do ambientalismo radical – contra as quais temos alertado no nosso blog –soam tão estapafúrdias que compreendemos que muitas pessoas razoáveis, as julguem coisas de doidos sem futuro.
Muitas propostas – teológicas ou não – que estão sendo baralhadas a propósito do próximo Sínodo Pan-amazônico caem nessa categoria.
Desfazer o Brasil e mais oito países vizinhos com uma área de oito milhões de quilômetros quadrados para ali estabelecer, como postulam os documentos oficiais pré-sinodais, uma área ecológica, cultural e religiosa inspirada no primitivismo das últimas, minúsculas e mais decadentes tribos que ainda subsistem, soa a sonho doentio.
Em qualquer caso, não é uma novidade.
Esse sonho alucinado já estava contido nos utopistas do comunismo e do socialismo anárquico.
Segundo eles o homem deveria viver como o “bon sauvage” de Jean-Jacques Rousseau pulando nu na natureza.
Malgrado o fracasso repetido das “experiências”, essa fantasia essencialmente anticristã nunca abandonou os antros mais recônditos do comunismo.
Tampouco esteve ausente na Igreja infiltrada pelo comunismo e pautada pela Teologia da Libertação.
Porém, seja na falida União Soviética, seja nas sacristias cultuadoras dessa teologia libertária, ficou patente que o Brasil, a América latina e o mundo em geral não acompanhariam esses delírios.
Esses precisavam de outras roupagens e de outras cores, quanto mais enganosas melhor.
Assim o comunismo vermelho e sua ‘companheira de estrada’ teológico-libertária sentiram a imperiosa necessidade de se metamorfosear.
Quer dizer passar por um estágio em que elas pareceriam se desencarnar dos grupos que elas usavam para se propagar e existir.
Foi o tempo da “morte do comunismo” com a extinção da URSS e a queda da Cortina de Ferro. Tempo em que, no ambiente religioso, se repetia a condenação aliás pouco sólida da Teologia da Libertação.
Em ambos os casos, o mundo comemorou aliviado o fim desses pesadelos. Mas, a limpeza da casa comum assombrada por esses erros nunca foi feita.
Ficou espalhado difusamente, pairando como um fantasma, um estado de espírito que aguardava o momento de voltar a descer.
E haveria de se pousar numa pessoa ou num movimento que liderasse astuciosamente os homens anestesiados rumo à velha utopia libertária de Rousseau, de Marx ou da Teologia da Libertação.
Isso obtido, o movimento vermelho pretenderia tomar conta de um país, ou de vários, e renascer como se não tivesse havido nada.
Astuciosamente, esse fantasma começou a possuir o movimento “verde”. Então a ecologia se apresentou como a encarnação ideal do velho fantasma comunista que não ousava dizer seu nome.
Poderíamos citar muitos testemunhos.
Como Patrick Moore, co-fundador de Greenpeace, a maior ONG ambientalista planetária, que saiu espantado dessa organização percebendo que fora infiltrada e dominada por ex-militantes comuno-anarquistas desempregados das velhas organizações soviéticas e que trabalhavam para os objetivos revolucionários de sempre:
“Migraram para o movimento ambientalista trazendo seu neo-marxismo consigo”, explicou.
Ou Lord Lawson of Blaby, ex-secretário de energia da Grã-Bretanha:
“A esquerda ficou fortemente desorientada pelo fracasso manifesto do socialismo e, mais ainda, do comunismo como ele foi implantado.
“Em consequência eles tiveram que encontrar outra via para canalizar seu anticapitalismo”.
No ambiente da subversão teológica sobram os exemplos.
Baste mencionar o ex-frei franciscano Leonardo Boff, outrora badalado arauto da Teologia da Libertação dos “pobres” postos em pé de guerra de classe contra os “ricos” opressores.
Agora, reciclado, prega uma Teologia da Terra para libertar a “Gaia” ou o planeta da opressão dos homens.
E, embora tenha abandonado o catolicismo há anos, foi destacado redator da encíclica ecologista do Papa Francisco “Laudato si’” que fornece o substrato doutrinário do Sínodo Pan-amazônico.
Estamos, portanto, diante de uma metamorfose astuta pela qual já passaram – em termos e circunstâncias diversas – outros grandes movimentos revolucionários impossibilitados de avançar mostrando seu verdadeiro rosto.
Aliás, o professor Plinio Corrêa de Oliveira já discerniu em 1977 que viria esta metamorfose e a denunciou em seu livro “Tribalismo indígena, ideal comuno-missionário para o Brasil no século XXI”.
Livro esse que as mais variadas fontes não hesitam em qualificar de “profético”.
O Dr. Plinio também previu que a queda da URSS iria levar a uma ditadura ou, em seu defeito, a um caos que desfecharia no neotribalismo.
O que é um neotribalismo?, perguntava ele.
Tribalismo vem de tribo. É o sistema de vida e de governo adotado pelas tribos, mas atualizado.
A manobra da “perestroika” impulsionada por Mikhail Gorbachev deveria ter se encaminhado para isso, se autodenominando de início de “autogestão”, na qual os velhos sovietes seriam substituídas por pequenas células que se autogovernariam.
Quer dizer, uma marcha para a dispersão das populações das cidades grandes e médias, rumo a concentrações de poucos habitantes.
Nesses grupos a propriedade e o lucro seria comum para todos – não haveria lucro individual – e não haveria governo que dirige. O comunismo utópico sonhado por Marx em seus horas mais delirantes.
Assim como a tribo é independente, assim também o neotribalismo que viria pela “perestroika” constituiria microcentros independentes que se governam a si próprios, aceitando algum governo do país só para assuntos alheios à tribo.
Fora dessa exceção ou tolerância, a tribo viveria como queria e como poderia. Comeria o que achar por ai e como roupa só teria algumas folhas, cipós ou peles.
A “perestroika” de Mikhail Gorbachev fracassou. Então a Rússia entrou em anos de caos e desgoverno. E do caos saiu o gemido por uma ditadura inevitável: foi o que explicou a ascensão de Vladimir Putin.
Mas, na Igreja Católica a metamorfose da Teologia da Libertação continuou progredindo.
E hoje está querendo passar seu tóxico sonho comuno-tribalista no Sínodo Pan-amazônico e desintegrar o Brasil e os países vizinhos e irmãos.
A “igreja” tribal, ecológica e igualitária implantada serviria de modelo para o resto da Igreja e do mundo.
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