Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:53:53 PM
Qual é o verdadeiro índio? De fato, há muita hipocrisia por aí. Procurarei colocar uma pequena ordem nesta confusão, agrupando-os numa árvore com seis ramos principais.
Nesta última obra, o velho índio repreende o filho: Tu choraste em presença da morte? Na presença de estranhos choraste? Não descende o covarde do forte; Pois choraste, meu filho não és! Assim dizia o velho índio ao filho. É bonito, mas ninguém atribui, a essas linhas, foros de autenticidade ( pois se sabe que o verdadeiro índio não é bem assim), como também ocorre com a opera “O Guarani”, de Carlos Gomes, etc.
Afirma o antropólogo Edward M. Luz que “um contingente cada vez maior da parcela pobre das populações mestiças cede aos encantos e estímulos do discurso pró-etnias, promovido por ONGs, antropólogos e engenheiros sociais comprometidos com a re-etnicização […] Isto é a mercantilização de direitos em troca de benefícios estatais ou organizacionais”. Uma “verdadeira perversidade praticada em relação a essas populações”.
Os antigos colonizadores gastavam anos em caravelas para conquistar um décimo ou um vigésimo do que obtém um “colonizador” moderno com uma simples declaração, verdadeira ou falsa, de que pertence a um clã de índios.
Em entrevista para Catolicismo1, o antropólogo Edward M. Luz denunciou um “aparelho especializado em fraudar e adulterar o sistema de demarcação das terras indígenas”. E acrescenta: “é um sistema poderoso, capaz de corromper e convencer muita gente”.
Para a International Union for Conservation of Nature (IUCN), os 11 países com mais de dois milhões de quilômetros quadrados existentes no mundo (China, EUA, Rússia etc.) dedicam 9% em média de seus territórios às áreas protegidas. Com quase 30%, o Brasil é o campeão mundial da preservação”.2
Para fazer nossas mentes repousar de tantos e tão repugnantes obsurdos, incluímos com grande satisfação o que segue.
É conhecida a propensão dos autênticos indígenas para a devoção a Nossa Senhora. De que é um belíssimo exemplo o nome de uma cidade gaúcha: Tupanciretã. Uma vez que estamos falando de autenticidade dos índios, terminamos estas brevissimas linhas com um trecho do hino lá dessa boa terra:
Charruas e Guaranis
Adotaram Pai Tupã.
Prá eles Ci era mãe,
A terra era Etã.
E desta etmologia,
Juntando os encantos teus,
Nasceu Tupanciretã
A Terra da Mãe de Deus.
São lindos os encantos teus
Minha Tupanciretã
Ó Terra da Mãe de Deus!4
Só nos resta exclamar: salve ó índios verdadeiros, co-fundadores do Brasil!
________________
1 – Nº 763, de julho do corrente.
2 – Evaristo Eduardo de Miranda, Doutor em ecologia, coordenador do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (GITE) da Embrapa. Site IPCO, 9-7-14.
3 – Ibid.
4 – Letra de: Amândio Vaz Gomes. Música de: Rivair Pires de Almeida.
Seja o primeiro a comentar!