Artigos sobre Doutrina Católica.
A seguir, um comentário de Plinio Corrêa de Oliveira — proferido em uma conferência em 1º de março de 1965 — a propósito da festividade da “Encarnação do Verbo de Deus”, celebrada pela Igreja no dia 25 de março — que neste ano, por admirável coincidência, corresponde ao mesmo dia da Sexta-Feira Santa, quando se celebra a Paixão e Morte na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Hoje, as possibilidades de ressurreição plena de todas as coisas segundo a Lei e a Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo parecem tão irremediavelmente sepultadas quanto aos apóstolos parecia irremediavelmente sepultado Nosso Senhor Jesus Cristo no seu sepulcro.
Um bom documento pode conter alguma passagem dúbia, que deve ser interpretada à luz do contexto geral, mas se as áreas obscuras preponderarem sobre as da luz, a mensagem só pode ser traiçoeira e malsã.
Excertos de reunião sobre a Ressureição de Nosso Senhor proferida pelo insigne líder católico, Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 05 de abril de 1969.
Há pessoas de uma mentalidade detestável, que julgam absolutamente natural o Redentor sofrer, a Igreja ser vexada, humilhada, perseguida. “É a Paixão de Cristo que se repete”, dizem eles. E enquanto essa Paixão se repete, levam sua vida farta e cômoda nas orgias, nas imundícies, na exacerbação de todos os sentidos e na prática de todos os pecados. Para tais indivíduos é que foi feito o látego com que foram expulsos os vendilhões do Templo.
Em face do drama em que se encontra a Santa Igreja, muitas almas procuram, então, assumir uma posição de indiferença, parecida com a de numerosos contemporâneos de Nosso Senhor, que acreditavam que Ele era Homem-Deus, mas que, durante a Via Sacra, vendo-O passar, em vez de se compadecer por seus lancinantes sofrimentos, achavam entretanto melhor não considerá-los, mas pensar em outras coisas.