No avião, com Gogó

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Entrei no avião que partia par o Rio, e ocupei minha poltrona. Decolamos logo. Para me distrair, tomei um jornal. Estava sem graça. à mingua de melhor, olhei de soslaio para o passageiro a meu lado. Era um tipo pouco comum.Esguio, seco, trazia no alto de um pescoço comprido, uma cabeça inesperada. A face era redonda e enorme, mas a caixa craniana, excepcionalmente rasa.Dir-se-ia uma moeda com o verso trazendo olhos, nariz e boca, e o reverso uma opulenta cabeleira grisalha. Entre o verso e o reverso, uma superfície pequena, no qual se encaixavam duas orelhinhas. Os olhos eram inexpressivos, se bem que ligeiramente saltados. As pálpebras inferiores, túmidas e caídas, formavam grandes babados. Ele notou meu olhar. E então, com lentidão na voz bem timbrada, me perguntou: "Plinio, lembra-se de mim?"

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Um fantasma ronda a América – o socialismo

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Gustavo A. Solimeo

Um fantasma ronda a Europa – o fantasma do comunismo”. Esta é a famosa frase de abertura do Manifesto do Partido Comunista escrito por Karl Marx e Friedrich Engels em 1848.

Esta frase talvez pudesse ser parafraseada hoje: “Um fantasma ronda a América – o fantasma do socialismo”.

O comunismo está morto?

Falar sobre o comunismo é o mesmo que falar sobre o socialismo, pois o comunismo é apenas uma forma extrema de socialismo.

Após a queda do “Muro de Berlim”, em 1989-1990, muitos pensaram que o comunismo estava morto e poderia ser relegado à “lata de lixo da história”.

No entanto, o comunismo está realmente morto?

É difícil sustentar esta afirmação. Ao contrário, nem o socialismo nem o comunismo estão mortos. Na verdade, embora o poder político do comunismo e do socialismo tenha diminuído um tanto, é inegável que os seus aspectos culturais estão agora em um pico. (mais…)

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