Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 6 anos
O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira promoveu no dia 28 de maio último mais uma importante conferência no Club Homs. O tema guerra justa foi desenvolvido pelo Dr. Pedro Erik Carneiro, PhD em Relações Internacionais, Mestre em Economia pela Universidade de Brasília e especialista em Doutrina e Teologia Católica pelo New Saint Thomas Institute dos Estados Unidos.
Na sua saudação ao conferencista, o Dr. Eduardo de Barros Brotero, diretor do Instituto, afirmou que certamente o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira desejaria estar presente a essa conferência, pois o tema sempre lhe interessou.
Ressaltando que tomaria como base para a conferência o seu livro Teoria e Tradição da Guerra Justa – Do Império Romano ao Estado Islâmico, o Dr. Pedro Erik explicou que o interesse pelo assunto remonta ao seu tempo na Universidade de Cambridge. Como seus professores afirmavam desconhecer qualquer matéria publicada na América do Sul sobre o assunto, resolveu pesquisar exaustivamente, resultando esse estudo cuja primeira parte trata da guerra justa em si mesma, desde os seus primórdios até os santos que foram guerreiros; e a segunda mostra como a guerra justa é considerada pelos Papas e pelos terroristas do nosso século.
Uma primeira pergunta que se põe é a seguinte: A Igreja Católica é uma instituição pacifista? A resposta é que a Igreja prega a paz de Cristo, mas não é pacifista no sentido do pacifismo hippie da atualidade. Diversos santos, doutores e teólogos da Igreja Católica defenderam a guerra justa, e várias passagens bíblicas e do Catecismo romano contêm definições no mesmo sentido.
Lembrou que Santo Agostinho, considerado o pai da Teoria de Guerra Justa, é autor desta afirmação: “Os males reais em guerra são o amor pela violência, a crueldade vingativa, a inimizade feroz e implacável, a resistência selvagem, a ambição de poder, coisas dessa natureza. Para punir essas coisas, geralmente é necessário aplicar a força para infligir o castigo, fazendo bons homens empreender guerras em obediência a Deus ou a alguma autoridade legal”.
Com outras citações e exemplos, o conferencista deixou claro que existe uma guerra justa, e que os cristãos têm o direito de se defender. E mais: quando estão em guerra contra um inimigo da fé, agem de acordo com a Justiça. Quando o Sultão al-Malik al-Kamil acusou os cristãos diante de São Francisco de Assis, alegando que deviam “dar a outra face” de acordo com o Evangelho, o “poverello” redarguiu:
“Parece-me que vós não lestes todo o Evangelho. Em outra parte, de fato, está dito: Se teu olho te escandaliza, arranca-o e joga-o longe de ti (Mt 5,25). No caso de um homem que fosse nosso amigo ou parente, a quem nós amássemos como a pupila do olho, devemos estar dispostos a separá-lo e afastá-lo de nós, até arrancá-lo de nós, se ele tenta nos afastar da fé e do amor de nosso Deus. Exatamente por isto, os cristãos agem de acordo com a Justiça quando invadem vossas terras e vos combatem, porque vós blasfemais contra o Nome de Cristo e vos empenhais em afastar de sua Religião todos os homens que podeis. Se, pelo contrário, vós quiserdes conhecer, confessar e adorar o Criador e Redentor do mundo, eles vos amariam como a si próprios”.
Ao final da conferência, o Dr. Mario Navarro da Costa lembrou que Plinio Corrêa de Oliveira previu, na década de 1940, o perigo islâmico que hoje ameaça concretamente o Ocidente. Muitos dos seus artigos e previsões sobre o tema podem ser lidos no site:
http://www.pliniocorreadeoliveira.info/Especial_islam.htm.
A conferência do Dr. Pedro Erik Carneiro pode ser assistida em: https://ipco.org.br/conferencia-teoria-da-guerra-justa-do-imperio-romano-ao-estado-islamico/
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