Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/17/2016, 1:51:01 AM
No Dia da Europa, o jornal econômico milanês “Il Sole 24 Ore” publicou uma conferência proferida no Canadá pelo historiador Niall Ferguson. Especialista em História Econômica e professor em Harvard, Stanford e Oxford, ele foi qualificado pela revista “Time” como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
Seu balanço não poderia ter sido mais decepcionante.
Na década de 1950, aeconomia da Europa integrada crescia em um ritmo anual de 4%. No III Milênio ela caiu até o zero. À medida que a integração europeia se implementava, seu crescimento declinava.
Os piores mercados de valores dos últimos dez anos? Os europeus, certamente, constatou o professor. Grécia, Irlanda, Finlândia, Portugal, Holanda e Bélgica – foram os piores do mundo. E a União Monetária? Deus nos acuda. Correu muito mal.
Ferguson lembrou que ele e tantos outros economistas, filósofos, jornalistas e especialistas profetizaram a explosão da União Monetária. Mas ou ninguém os ouviu, ou eles não falaram tão forte assim…
Segundo ele, a experiência democrática foi ainda pior. Os europeus não podiam ser forçados como foram a engolir uma união cada vez mais constrangedora, sem respeitar suas vontades.
Quando os povos votavam contra mais integração política, seus governos os obrigavam a votar de novo, até os indigestos tratados descerem goela adentro.
Aconteceu com os dinamarqueses em 1992; duas vezes com os irlandeses (em 2001 e em 2008); com os franceses, etc.
Cereja no chantilly de desastres: para Ferguson, a experiência europeia foi um eminente fracasso geopolítico. Esperava-se que a UE servisse de contrapeso aos EUA.
Prometeu-se até que a Europa resolveria a guerra na Bósnia. Mas essa guerra no pequeno país balcânico precisou matar cem mil pessoas e deslocar mais de 2,2 milhões para que todo mundo visse que a UE era uma aliança impotente. O conflito só terminou quando os EUA puseram fim ao mata-mata nesse minúsculo território europeu.
Tentou-se impor a unificação pela via econômica, visto que as estratégias políticas não deram resultado, constatou o respeitado professor.
“A quem hei de telefonar quando quiser falar com a Europa?” – teria perguntado o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger.
A resposta chegou anos mais tarde: telefone à baronesa Ashton de Upholland.
O único problema é que ninguém a conhece, sequer ouviu falar seu nome! A experiência europeia redundou num vergonhoso fracasso, concluiu o acatado mestre britânico.
Porém – acrescentamos –, os eurocratas de Bruxelas parecem decididos a passar o rolo compressor nos povos europeus, sobretudo em seus costumes e raízes cristãs.
Após seis décadas de tentar a utopia, toma corpo de modo espantoso o espectro de uma ditadura muitas vezes comparada à da falida URSS.
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