Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 8 anos — Atualizado em: 5/1/2017, 9:20:26 PM
Antigamente o gado e outros animais eram criados em campos e pastagens não divididos. O rodeio e a vaquejada anunciavam a separação e a entrega das reses aos seus respectivos donos. Daí o termo “apartação” ou “aparte”, reunião dos animais para contagem, tratamento de feridas e doenças, marcação, beneficiamento e transferência para outras partes. Com o aparecimento dos campos cercados esses métodos foram desaparecendo, e o que era trabalho foi virando festa e competição, como sucede nos rodeios e vaquejadas em nossos dias.
Os grandes rodeios começaram nos Estados Unidos no início do século XX. Hoje é competição popular no País. Na Final Nacional de Rodeios de Las Vegas, em 1991, o público pagante foi de 171.414 pessoas. 2,6 milhões de dólares em prêmios foram oferecidos aos vencedores (Guinness Book/96).
No Brasil, a competição em rodeios teve inicio em 1956 em Barretos (SP), na Festa do Peão Boiadeiro da cidade. No ano de 1991 foi atingido número recorde de 950 montarias, e em 1994 distribuíram-se 200 mil dólares em prêmios.
A vaquejada consiste em demonstrações de perícia dos vaqueiros, à semelhança do rodeio, mas com característica própria, que é a derrubada do bovino pela cauda. Festa muito tradicional no nordeste brasileiro, reúne grande número de curiosos, atraindo igualmente vaqueiros famosos e animais bravios e conhecidos. O boi ou novilho corre em velocidade e dois vaqueiros o perseguem. Um procura mantê-lo na direção desejada, e o outro segura sua cauda e dá um forte puxão, afastando o cavalo para o lado. Desequilibrado, o boi é derrubado, às vezes de patas para o ar. Banda de música e foguetes comemoram o feito; mas se o vaqueiro não consegue derrubar o animal, recebe uma sonora vaia. Esse costume de derrubar o touro pela cauda é de origem espanhola.
Além do costume tradicional no Nordeste, há sempre uma nota de religiosidade nos rodeios e vaquejadas em todo o Brasil. Nos rodeios, as orações dos cavaleiros antes das provas e o desfile de bandeiras dos padroeiros nas cerimônias de abertura são sempre as mais aplaudidas pelo público.
De norte a sul do Brasil existem as exposições ou feiras agropecuárias, nas quais são promovidos grandes e famosos rodeios, além de leilões de animais, desfiles e outras atrações. Mas nem todos os rodeios são realizados nas feiras de gado, muitos são promovidos em locais exclusivamente dedicados às competições.
O rodeio é uma demonstração pública de bravura e domínio do animal. Os cavalos, e muitas vezes touros bravios, tentam derrubar o cavaleiro, dando pinotes para frente e para trás e jogando-se bruscamente para todos os lados. O cavaleiro tem que permanecer no dorso do animal pelo menos durante 10 segundos. As principais competições de um rodeio são: cavalgar cavalos bravios com selas ou em pelo, cavalgar touros, laçar bezerros em plena corrida e derrubar bezerros pelos chifres. Os competidores têm que cumprir um rigoroso regulamento e concorrem a valiosos prêmios.
Existem provas de tempo e de habilidade. Nas de tempo, julga-se a rapidez do cavaleiro em realizar manobras como laçar um novilho ou um touro, derrubá-lo e amarrar suas patas, ou pular de seu cavalo para o lombo de um touro e derrubá-lo. Nas de habilidade, são realizadas provas como cavalgar cavalo ou touro bravios.
Alguns rodeios atraem cavaleiros famosos que vêm de longe, assim como seus cavalos e mesmo os touros. É a ocasião em que os repentistas, sempre presentes, improvisam a descrição da festa, num clima propício para os desafios entre eles. As vestimentas usadas são típicas das zonas rurais: botas altas, calças rancheiras, camisas coloridas e chapéus de aba larga.
Seja o primeiro a comentar!