Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 6 anos
O âncora do programa da ETWN The World Over, Raymond Arroyo abordou o tema do crescente relacionamento entre a Santa Sé e a China marxista, e disparou ao Cardeal Zen, bispo emérito de Hong Kong que estava sendo entrevistado:
“Agora sabemos que um dos objetivos do presidente Xi é inculcar o pensamento comunista combinando-o com a teologia”.
E indagou ao purpurado: “o Sr. se preocupa achando que o Vaticano pode ficar nas mãos deles? O objetivo declarado deles é misturar a agenda comunista com as religiões existentes. É isso o que está acontecendo neste caso?”, registrou InfoCatólica.
O jornalista americano parecia não habituado às atividades da Teologia da Libertação na América Latina e à sua livre entrada no Vaticano no atual pontificado, não percebendo que a tentativa marxista já está em avançado estado de infiltração.
Mas o Cardeal Zen nem se imutou e esclareceu ao ingênuo e bem intencionado jornalista americano:
“É óbvio, estão [os diplomatas vaticanos] entregando toda a administração da Igreja nas mãos de uma marionete do governo chamada ‘Associação Patriótica’ há uma completa rendição. É incrível”.
Arroyo disse que a culpa é atribuída aos assessores do Papa, mas agora o Cardeal chinês fala em “suicídio” e afirma “que é um ato desavergonhado de rendição”.
“Não sou um desenhista”, respondeu o prelado, mas se o fosse “faria uma imagem apresentando o Papa ajoelhado e lhes oferecendo as chaves do reino dos céus, dizendo: ‘agora, por favor, me reconheçam como Papa”.
O cardeal descreveu o absurdo da capitulação do Vaticano ante o regime comunista da China, sublinhando o ridículo de os comunistas temerem o Papa, enquanto os assessores do Pontífice “lhe aconselham renunciar à sua autoridade”.
O jornalista Arroyo lembrou então a declaração do bispo Marcelo Sánchez Sorondo, chanceler da Pontifícia Academia das Ciências: “os chineses são os melhores aplicando a doutrina social da Igreja”.
O cardeal Zen interrogado sobre isso, respondeu como quem se refere a um inconsciente:
“Não há tempo para perder falando disso”. A declaração de Mons. Sorondo não foi levada a sério, “fez rir a todos”, acrescentou.
Enquanto a mídia foca a tentativa sino-vaticana mais avançada para suplantar dois bispos legítimos com outros dois ilegítimos, o Cardeal falou de cinco bispos excomungados que o comunismo quer inserir em dioceses.
Dois desses cinco, disse Zen, “todo o mundo sabe que têm mulheres e filhos”.
Zen teme muito especialmente pelos 30 bispos fiéis a Roma resistentes às injunções do socialismo e perseverantes sob a perseguição.
Serão levados à prisão se não aceitam o “acordo” com o marxismo? “Isso é terrível! Vão aniquilar a Igreja” que persevera!, exclamou.
Na chamada “Igreja oficial” há muitos bispos em atrito com a ditadura, lembrou, e o governo está obrigado a tolerá-los. Mas saindo o acordo com a Ostpolitik vaticana, até esses perderão toda esperança e padecerão a vingança marxista.
“Devemos estar prontos para o martírio”, acrescentou o Cardeal, mas se acontecer, o sangue derramado comprará a expansão da fé católica na China”.
“Eu nunca rezo pelo martírio”, mas se Deus quer isso de nós “é uma graça e Ele nos dará a fortaleza”.
“Devemos orar, porque está vindo uma tragédia que nos fará voltar ao tempo das catacumbas”.
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