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Plinio Corrêa de Oliveira
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“Ver o último dos reis estrangulado com as tripas do último dos padres” – é o que pensa, mas não diz, o novo Diderot


Não, o anticlerical não é mais o mesmo! Ele é outro homem. Ele mudou de tática.

De vez em quando ele faz algo como o infame pichamento da estátua do Cristo Redentor. Mas isto é de eficácia duvidosa para o anticlericalismo, pois pode suscitar reações. E o tiro sai pela culatra.

Foi-se o tempo em que o anticlerical cantava o versinho atribuído a Diderot: “Eu gostaria de ver o último dos reis estrangulado com as tripas do último dos padres”. Hoje, ele ainda pensa isso, mas não canta mais.

Ele precisa disfarçar. E a melhor tática contra a religião é não mais atacá-la de frente, mas criar-lhe condições adversas, para que seja esquecida. Apelar ao esquecimento é o recurso de quem não tem força para atacar de frente. Nada de polêmica. Como dizia Dr. Plinio, “o laicismo levou o Brasil a aceitar a hibernação ideológica. Ele ficou hibernado, um país sem ideologia”.

Por isso, é bom para a esquerda acentuar o laicismo. Para o que é indispensável fazer desaparecerem os símbolos religiosos. Pois obscurecendo os símbolos, saem da memória os simbolizados. Ocultos todos os crucifixos, sairia gradativamente da lembrança dos homens o Divino Crucificado.

O sofisma

Como fazer isto? Lançando mão de um sofisma: esses símbolos vão contra a laicidade do Estado, portanto devem ser abolidos.

Sendo lei no Brasil a separação dos campos religioso e laico, convém analisar o sentido e o alcance da palavra separação. Ora, separação de si não é ruptura, não é ódio, nem mesmo frieza. Uma laicidade real, uma separação efetiva, mas sem hostilidade, foi o que tivemos até o presente no Brasil.

Ora, o que o PNDH-3 pressupõe é um Estado não apenas laico, mas hostil à Igreja. Ao passo que é óbvio que partes separadas podem ter amizade entre si.

O exemplo mais frisante é o do binômio mãe/filho. Com o nascimento, o filho se separa da mãe, mas começa uma história de amor, cantada pela religião e pelos poetas.

Não é o que recomenda o PNDH-3. Não apenas dar as costas, mas ser hostil. Certas passagens deste plano fazem lembrar o que se passa em outro país católico, com governo socialista, em que se planeja fazer com que a assistência religiosa nos hospitais e prisões seja feita apenas fora dos muros das instituições. Isso, em nome da laicidade do poder público!

Vai na mesma linha o disposto no PNDH-3: “desenvolver mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União”. Todo um lado da alma do brasileiro deixará de ser expresso. Muitas de suas raízes históricas ficarão negadas.

E chamam a isto liberdade de expressão!

Mais uma vez dizemos: com o PNDH-3, o Brasil está em perigo! Malgrado todas as tentativas de asfixia da religião, que Nossa Senhora Aparecida nos proteja.

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Leo Daniele

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