Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 13 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:30:43 PM
Com o título “Conservadores no comando do DCE”, o Correio Braziliense de 28 de outubro noticia a derrota da esquerda no pleito do Diretório de Estudantes da Universidade de Brasília.
A Aliança pela Liberdade conseguiu 22,13% dos 5.782 votos e derrotou as outras sete chapas, todas elas esquerdistas (com ligações com o que há de mais retrógrado no cenário político, como o PSTU, MR-8 e o PCO, saudosistas da carnificina perpetrada pelo comunismo em todo o mundo).
Afirma o jornal que é a primeira vez que uma chapa de direita ganha o “principal posto de representação estudantil da instituição”. E que eles representam os estudantes que não costumavam se envolver em pleitos desse tipo, insatisfeitos com a hegemonia da esquerda.
Para se ter idéia, normalmente menos de 20% dos alunos da Faculdade de Tecnologia comparecia às urnas. Nessa eleição o índice subiu para quase 60%. “Esses alunos eram a massa silenciosa e conservadora da UnB”, afirma o reitor José Geraldo Sousa Júnior, petista militante.
Como para a esquerda a democracia vale apenas para eles, os derrotados já demonstraram como atuarão: “Isso aqui vai virar o inferno”, gritavam enraivecidos.
O líder da chapa vencedora afirma não ser de direita, mas anti-esquerda, por ter uma plataforma pragmática, não política. Mas vários integrantes, de fato, são conservadores, como, por exemplo, um grupo que os apoiou, a Juventude Conservadora, assim se define: “jovens universitários nadando contra a maré vermelha dentro da UnB. Temos valores. Temos princípios. Sim, somos conservadores.”
Mas sua plataforma incomoda a esquerda, como as parcerias com iniciativa privada e a defesa da presença policial.
A polícia desagrada, pois coibiria protestos inadequados – “Quando os alunos protestam nus pelo Minhocão, eles não devem ser presos por atentado ao pudor, eles estão se manifestando. Se estivessem na rua, por exemplo, a polícia poderia prendê-los”, diz o reitor. Sobre o consumo intensivo e liberado de drogas confira a reportagem da Veja em http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/imagens-mostram-uso-de-maconha-em-campus-da-unb.
É inegável ser esta eleição uma resposta da maioria conservadora e silenciosa da universidade em relação aos rumos desta.
O reitor, segundo a revista Veja, já foi convocado pelo Senado para explicar o cerco contra professores de outro viés político, criou um tribunal ilegal para punir professores de outra linha ideológica e afrouxou a fiscalização sobre o uso de drogas no espaço da Universidade.
A mídia muitas vezes propaga o mito de que a juventude é contestatária, esquerdista e revoltada. A notícia acima reflete quão longe está da realidade essa falácia.
Há algum tempo o instituto Datafolha fez um mapeamento da juventude brasileira: a maioria é contra o aborto, contra o uso de drogas e se diz de direita.
Isso não aparece muito porque em geral os não esquerdistas são silenciosos, mantém-se alheio à política e não se aglutinam para lutar por um ideal. Mas às vezes se impacientam.
Foi o que aconteceu na UnB, para ódio de esquerdistas e drogados. O que acontecerá lá? Só o tempo dirá.
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