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2 min — há 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:50:28 PM
As eleições na Grã-Bretanha terminaram com uma vitória fácil do Partido Conservador. Mas com uma particularidade que lhe garante um lugar na História: as pesquisas eleitorais tiveram uma gigantesca, enorme, chocante diferença com os resultados reais da eleição.
Embora o Partido Conservador agora disponha de 99 representantes a mais que os trabalhistas, eles“tinham boas razões para estar temerosos”,(1) pois as pesquisas de opinião apontavam para uma vitória desses últimos, ou quando muito um empate técnico. A foto em close dos três candidatos derrotados – Miliband, Farage e Clegg – não deixa dúvidas quanto ao impacto da arremetida conservadora. Eles apresentam quase cara de choro…(2)
Se o desacerto das pesquisas fosse no Brasil, nosso leitor, intuitivo e perspicaz, levantaria imediatamente hipóteses nada elogiosas quanto à volatilidade dos pesquisadores, seus interesses escusos, ou, como diz Mercadante, sua sede de “prioridades no segundo escalão”.(3) É tão mais fácil manipular uma pesquisa que vencer uma eleição. Quem sabe se um pouco de vil metal entra pelo meio. Mas na Inglaterra deve ser diferente, pois nenhum jornal ousa levantar tais hipóteses. Lá não! Por enorme que seja, deve ser mero engano ou distração das pesquisas, e ponto final.
Se não houvesse o “erro” das pesquisas, a derrota das esquerdas seria provavelmente ainda maior, pois o Conselheiro Acácio diria que as pesquisas influem no resultado das urnas. É óbvio, não?
Erro maior seria olvidar a existência da Revolução Universal, que dirige em seu benefício o curso de todos os acontecimentos. Os socialistas, não importa de que país, tendem a ser fanáticos e maquiavélicos. Cabe aos leitores não serem simplórios ou ingênuos, e terem certa desconfiança das pesquisas.
Valerá isto para o eleitor brasileiro? Ao leitor a resposta.
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Notas:
1. “The Economist”, in “OESP”, 9-5-015.
2. “O Estado de S. Paulo”, 9-5-015.
3. “O Estado de S. Paulo”, 9-5-015.
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