Portal do IPCO
Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação
Logo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Instituto

Plinio Corrêa de Oliveira

Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

21/04 – Santo Anselmo de Cantuária, bispo, confessor e Doutor da Igreja

Memória de Santo Anselmo. Originário do Piemonte, foi atraído para a abadia de Bec-Hellouin, na Normandia, por sua famosa escola dirigida por Lanfranco. Monge e depois abade, pôs-se em busca de uma melhor inteligência da fé através do método escolástico, decisivo para o progresso da teologia. Eleito posteriormente arcebispo de Cantuária, teve o dever de lutar em favor da liberdade da Igreja, apesar de sua amizade com o rei.

Por Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

3 minhá 3 anos — Atualizado em: 4/23/2024, 8:24:53 AM


21/04 – Santo Anselmo de Cantuária, bispo, confessor e Doutor da Igreja

Santo Anselmo da Cantuária

Considerado o primeiro teólogo-filósofo, muitos de seus ensinamentos e textos passaram para o ensino comum da Igreja. Arcebispo de Cantuária, lutou denodadamente pelos direitos de sua Sé contra a prepotência dos reis ingleses.

Anselmo nasceu no ano de 1083 em Aosta, na Itália, filho do nobre Gondulfo e da piedosa Ermenberga, verdadeira matrona cristã. Formado na escola da mãe, entregou-se cedo à virtude e, segundo seu primeiro biógrafo, era amado por todos, tendo muito sucesso nos estudos. Bons tempos aqueles em que as pessoas virtuosas eram amadas, e não perseguidas.

Aos quinze anos Anselmo já se preocupava com altas questões metafísicas e teológicas, e quis entrar num mosteiro. Mas os monges negaram-lhe a entrada por medo de desagradar seu pai.

Tendo que ficar no mundo, o rapaz entregou-se aos poucos aos seus prazeres, só não chegando a excessos por amor à sua mãe, a quem não queria desagradar. Mas essa âncora, que ainda evitava que ele se afogasse no mar do mundo, faltou-lhe. Com seu falecimento quando Anselmo tinha vinte anos, seu pai, tornou-se mal-humorado e violento, maltratando frequentemente o filho.

Anselmo resolveu então fugir de casa, acompanhado por um servo. Vagou pela Itália e pela França, conheceu a fome e a fadiga, até que chegou ao mosteiro de Bec, onde havia a escola mais afamada do século XI, dirigida por seu famoso conterrâneo, Lanfranco.

Anselmo tornou-se seu discípulo e amigo, e entregou-se então vorazmente ao estudo, esquecendo-se às vezes até das refeições e recreação. Seus progressos eram tão admiráveis quanto sua amabilidade, e logo passou por um prodígio de saber, piedade e virtude, o que levava seus condiscípulos a crer que já fazia milagres.

Em 1066 foi eleito abade de Bec. E aqui seu primeiro biógrafo, Eadmer, conta a pitoresca e comovente cena, típica da Idade Média: o eleito abade prosterna-se diante de seus irmãos pedindo-lhes com lágrimas, que não o onerem com aquele fardo, enquanto que os irmãos, também prosternados, insistem com ele em que aceite o ofício.

Sob sua direção, Bec alcançou sua maior celebridade, sendo para a Normandia e Inglaterra o que Cluny era para a Borgonha, França e Itália

O amável abade tinha uma figura imponente e majestosa, sempre serena. A calma era um dos seus traços característico.

Era entretanto também um lutador: enquanto luta com os senhores da região em defesa de seu mosteiro, defende a pureza da fé contra Berengário, discute com os hereges, e confunde o racionalista Roscelino.

Ora, Anselmo, que já havia sucedido Lanfranco como abade de Bec, foi escolhido pelo povo para suceder o primeiro, à sua morte, na sé de Cantuária, na Inglaterra.

Ocorreu então outra cena que só podia acontecer naqueles tempos de fé: “ele [Anselmo] foi arrastado a força até o lado do leito do Rei, que estava doente mas devia confirmar a eleição, um báculo foi-lhe enfiado na mão fechada, e o Te Deum foi cantado”. Assim, contra sua vontade Anselmo foi feito arcebispo de Cantuária.

Entretanto, o arrependimento do rei, foi-se com a doença. Apenas restabelecido, ele tentou dobrar o Arcebispo que se opusera à alienação das terras da arquidiocese em favor de apaniguados do monarca. Começou então uma verdadeira batalha entre altar e trono. Anselmo preferiu exilar-se para o Continente antes que ceder nos princípios.

É preciso dizer que essa tendência absolutista dos soberanos ingleses manifestar-se-á, no século seguinte, com o martírio de São Tomás Becket e, no século XVI, com o cisma de Henrique VIII.

Na véspera da morte de Santo Anselmo, esse homem fecundo, sempre em elucubrações metafísicas e teológicas, lamentava que não tivesse tido tempo para escrever um tratado sobre a origem da alma, tema sobre o qual havia meditado constantemente.

Enfim, carregado de anos e de virtude, o santo faleceu no dia 21 de abril de 1109, sendo canonizado pelo Papa Alexandre III.

Memória de Santo Anselmo. Originário do Piemonte, foi atraído para a abadia de Bec-Hellouin, na Normandia, por sua famosa escola dirigida por Lanfranco. Monge e depois abade, pôs-se em busca de uma melhor inteligência da fé através do método escolástico, decisivo para o progresso da teologia. Eleito posteriormente arcebispo de Cantuária, teve o dever de lutar em favor da liberdade da Igreja, apesar de sua amizade com o rei.
Martirológio Romano Monástico

Detalhes do artigo

Autor

Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

2539 artigos

O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.

Categorias

Tags

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Tenha certeza de nunca perder um conteúdo importante!

Artigos relacionados