“Na Inglaterra, no final do século X, Santo Osvaldo, que serviu a Cristo como cônego em Winchester, e depois como monge em Fleury-sur-Loire. Mais tarde foi eleito bispo de Worcester e, finalmente, como arcebispo de York” (Martirológio Romano Monástico).
Osvaldo era filho de dinamarqueses que foram para a Inglaterra no século X. Era sobrinho de Santo Odo, arcebispo de Canterbury, que cuidou de sua educação, e parente de São Skyll, arcebispo de York. Recebendo as santas ordens, tornou-se decano do cabido de Winchester.
Entretanto, não lhe agradava a vida levada pelo clero secular, pelo que foi para a França, onde ingressou na abadia beneditina de Fleury-sur-Loire.
Um pouco mais tarde, São Skyll o chamou para sua arquidiocese, para ajudá-lo na administração diocesana.
Em 962 Osvaldo foi nomeado bispo de Worcester. Como bom pastor, mostrou-se sempre acessível à suas ovelhas, justo, hospitaleiro e generoso para com os pobres, o que o tornou muito amado pelos seus diocesanos.
Santo Osvaldo trabalhou também com São Dustan, arcebispo de Cantuária, e com Santo Ethelwold, bispo de Winchester,para fazer reviver a disciplina monástica e eclesiástica na Igreja inglesa.
Em 972, Osvaldo foi nomeado pelo rei Eadgar arcebispo de York, mas conservando a administração da diocese de Worcester para levar a cabo a reforma dos mosteiros. O santo bispo fundou uma abadia em Ramsey a qual queria tornar um centro do estudo científico, trazendo para dirigi-lo o monge Abon, do mosteiro de Fleury. Fundou também um mosteiro e uma igreja dedicada a Nossa Senhora em Winchester, que visitava frequentemente, e que depois se tornou catedral.
Santo Osvaldo via nos pobres imagens de Cristo Jesus. Por isso, na Quaresma, costumava lavar diariamente os pés de doze deles.
Ocorreu então que uma vez, durante o período da Páscoa, ele estava jantando com um outro Prelado, quando chegaram vários pobres que, conhecendo sua generosidade, lhe pediram esmola.
O santo lhes deu toda a comida e todas as moedas que carregava. Mas era muito pouco. Então mandou quebrar uma bandeja de prata, para distribuir um pedaço a cada pobre.
Tal generosidade surpreendeu o bispo visitante que, pegando a mão direita de Santo Osvaldo, exclamou: “Esta mão jamais perecerá!”
Finalmente, no dia 29 de fevereiro de 992, pelo fim da cerimônia de Páscoa, Santo Osvaldo entregou sua alma a Deus, ao canto da doxologia “Glória ao Pai”.
Depois da morte do santo, quando foram trasladar suas relíquias, constataram que a mão direita estava realmente intacta, e até hoje é venerada num nicho na igreja de Bamburgh, na costa da Nortúmbria, na Inglaterra.