Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 8 anos
O quase-nudismo que toma conta das cidades modernas vai aproximando as pessoas da prática de se despirem completamente em público, à maneira dos selvagens e dos índios primitivos.
Para as mulheres, são shorts, micro-saias, decotes escandalosos, abdômen e costas de fora, calças apertadíssimas realçando as formas do corpo, ou roupas transparentes.
Para os homens, dispensa-se até a camisa, ao mesmo tempo que uma espécie de bermuda põe em realce a feiura felpuda das pernas.
Tudo quanto as pessoas – homens e mulheres – têm de cicatrizes, deformidades, manchas da pele, partes malconformadas do corpo, ossos salientes, rugas, vai sendo mostrado desinibidamente.
Os modos de estar ou de sentar-se em público tornam-se cada vez mais permissivos, provocantes e degradantes.
Perde-se o senso da beleza, da dignidade, da compostura, do recato, do pudor. É a civilização que afunda aos poucos na barbárie.
E para apontar bem claramente o termo para o qual se caminha, as manifestações de nudismo completo vão se tornando cada vez mais frequentes. Está ficando comum que pessoas se apresentem nuas nas ruas para protestar contra alguma coisa. Já se fizeram protestos sem roupa contra o preço da gasolina, contra o aquecimento global, por mais ciclovias, contra as touradas, contra o consumo de carne etc. etc. Ou seja, tais reivindicações mais parecem pretexto para propagar o nudismo do que outra coisa. Certas feministas são useiras e vezeiras desse tipo imoral de propaganda.
E para além do nudismo, caminha-se em direção ao amor livre. Simplesmente porque não é possível pessoas conviverem nuas onde quer que seja, sem que o instinto sexual, mesmo nas suas formas mais degradantes, não se veja atiçado e chegue às últimas consequências.
O jornal “O Globo”, em sua edição de 16 de abril de 2016, informa que na praia nudista de Abricó, no Rio de Janeiro, “flagrantes de voyeurismo, masturbação, sexo e até de orgias são comuns, principalmente no meio da semana. A prática é antiga, mas agora ganha escala graças à internet. Fotos e vídeos das ‘festas’ circulam livremente nas redes sociais, e tem até blog direcionado à galera”. O título da matéria é: “Festas com sexo explícito são marcadas em praia naturista do Rio”.
Prossegue a reportagem: “há vídeos de sexo no Abricó em sites pornográficos. O nome da praia é usado como apelo para atrair cliques”. Segundo esse mesmo jornal carioca, Luís Carlos Muniz, conhecido como K9, que tem uma barraca e trabalha diariamente na praia, “diz que não é raro avistar pessoas se masturbando nas pedras que levam à areia e flagrar sexo nas que separam o Abricó da Prainha, de acesso mais difícil. Às vezes, ele encontra casais mantendo relações na areia”.
Alguns chamados “naturistas” alegam que a obscenidade lá existente se deve à falta de fiscalização, pois atos obscenos são ilegais mesmo na praia nudista. Tal arrazoado mais cheira a hipocrisia do que outra coisa. Como agiriam os guardas? Armados e uniformizados, olhando atentamente, com o sobrecenho carregado, o que se passa entre os nudistas, e conduzindo os infratores à Delegacia? Seria isso tolerado pelos frequentadores da praia? Ou os guardas também ficariam nus, e nesse caso que autoridade teriam, como imporiam as regras? Não fosse detestável apresentar essa solução, seria ela perfeitamente ridícula.
Mas há ainda outra consideração a fazer. Se um local necessita ser constantemente vigiado para que nele as pessoas não se entreguem às piores imoralidades e obscenidades, então que lugar é esse? Um bordel? Um campo de concentração de devassos?
Voltemos ao início destas considerações. O famoso escritor latino Juvenal (séc. II), em seu livro de sátiras, escreve: “Nemo repente fuit turpissimus” (Juvenal, Satirae 2.83) – “Ninguém fica depravado de repente”. Será que o espetáculo de semi-nudismo que se tornou habitual nas cidades modernas não prepara as abominações que agora vêm sendo denunciadas nas praias nudistas?
Fica a pergunta para o leitor responder.
Gregorio Vivanco Lopes
173 artigosAdvogado, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Autor dos livros "Pastoral da Terra e MST incendeiam o Brasil" e, em colaboração, "A Pretexto do Combate Á Globalização Renasce a Luta de Classes".
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