Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 9 anos — Atualizado em: 5/1/2017, 9:31:39 PM
Em todas as fronteiras com a Europa, o regime de Moscou sopra fatores de animosidade e belicosidade sob os mais variados argumentos. No Cáucaso, a ministra da Defesa da Geórgia, Tinatin Khidasheli, defendeu que seu país resiste à Rússia numa luta pela defesa da civilização.
A Georgia está acelerando seu processo de ingresso na OTAN, fato que enfurece Moscou. Para o Kremlin essa adesão prepara um novo conflito armado. Por isso acha que pode intensificar as campanhas de intimidação, os sequestros e as incursões aéreas, alertou o ministro georgiano.
Segundo ele a Rússia não quer que a Geórgia se consolide como país democrático, próspero e pró-ocidental exatamente junto a fronteiras esquecidas mas permeáveis.
Em entrevista para o jornal britânico The Telegraph, Tinatin Khidasheli defendeu que a Rússia deveria ser banida da Copa de 2018 por sua vontade de engolir os países vizinhos visando reparar a desarticulação da URSS.
Desde a guerra inconclusa de 2008, Moscou mantém ocupados os territórios georgianos de Ossétia do Sul e da Abkhazia. No meio de 2015, soldados russos moveram os postos fronteiriços provisórios para se apropriar de um oleoduto georgiano.
Acresce que a pequena Georgia ocupa um grande lugar no imaginário do comunismo soviético, pois na pequena localidade georgiana de Gori nasceu o ditador soviético Josef Stalin.
A Georgia denuncia voos de helicópteros russos sobre Gori violando a soberania aérea do país. Também camponeses e catadores de cogumelos da região fronteiriça estão sendo sequestrados por soldados russos com crescente frequência.
“Nós estamos tentando guardar a calma e não reagir. A ideia é que eles estão nos provocando para nos envolver num conflito e ter uma escusa para manipular a opinião pública doméstica e internacional contra a Geórgia”, acrescentou a ministra de Defesa georgina.
A Georgia está num processo de integração na OTAN que a população aprovou num referendum. Mas esse processo não só irrita Moscou.
Representantes de países membros da Aliança Atlântica também estão incomodados e até nervosos como o presidente socialista da França François Hollande.
Essas oposições no Ocidente inspiram ceticismo em alguns, mas a Geórgia está determinada a ir adiante contra sem olhar para as cumplicidades pro-putinescas.
A Georgia engajou 11.000 soldados em operações da OTAN no Afeganistão. Recentemente o secretario geral da OTAN, Jens Stoltenberg, the Nato visitou o país para inaugurar um centro de treinamento conjunto.
Stoltenberg elogiou os avanços na modernização das tropas georginas que até poucos anos usavam vetustos equipamentos russos e tinham uma organização burocrática e esmagadora herdada da era soviética.
Para o Ministro de Relações Exteriores russo, a expansão da OTAN no Cáucaso é um “fator de desestabilização da segurança na região”. Ele se mostrou arrogante mas inseguro.
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