Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:48:28 PM
Os EUA anunciaram a instalação de tropas armadas, incluindo artilharia pesada ao longo da fronteira ocidental da Rússia visando reforçar as posições da NATO e enviar uma mensagem clara a Moscou: volte atrás.
Esse é um movimento sem precedentes desde o fim da Guerra Fria, informou o site “Mashable”.
O general Philip Breedlove, comandante em chefe das tropas americanas na Europa disse que os EUA visam demonstrar uma “forte e equilibrada atitude que inspire confiança aos aliados da OTAN diante da agressividade da Rússia na Europa Oriental e qualquer outra parte do mundo”.
Os efetivos engajados incluem 4.500 soldados com 250 tanques, Bradley Fighting Vehicles, e Paladin autopropulsados e mais de 1.700 veículos adicionais que estão sendo dispostos em seis países desde o mês de fevereiro: a Bulgária, a Estônia, a Letônia, a Lituânia, a Polônia e a Romênia.
O caso da Ucrânia serve de fundo de quadro, mas a Rússia vem alimentando atritos desde a Escandinávia até o Cáucaso. O material também servirá para treinamento e exercício dos exércitos nacionais.
Também serão transferidas unidades especiais de comunicações, sistemas de radio, computadores e outros equipamentos necessários.
O Pentágono requereu 3,4 bilhões de dólares de seu orçamento para o operativo.
A Marinha dos EUA vai reabrir e modernizar sua base aeronaval de Keflavik, na Islândia, visando a observação e interceptação de aviões e submarinos russos.
Segundo “The Wall Street Journal”, o Pentágono pretende com esta escalada responder às crescentes preocupações dos países da OTAN no leste europeu face às provocações de Vladimir Putin.
A Rússia respondeu se recusando a comparecer à cúpula de segurança nuclear realizada em Washington. Moscou alegou “falta de interação” nos tópicos a serem discutidos.
O “San Francisco Chronicle” especificou que se trata do envio de três brigadas americanas completas com equipamentos de ultima geração. Os equipamentos que já estão na região serão removidos para modernização.
Por volta de 62.000 militares americanos estão permanentemente baseados na Europa, 25.000 dos quais do Exército. Com a nova iniciativa, o número vai subir para 29.200.
O jornal californiano afirma que os líderes russos negam ter a intenção denovas invasões. O vice-ministro da defesa russo Anatoly Antonov reconheceu para a rádio oficial alemã Deutsche Welle que “correm boatos de que a Rússia vai enviar seus tanques rumo aos países bálticos, Sofia ou Budapest. Ninguém pensa nisso. Não existem esses planos. A Rússia não quer a guerra”.
Pouco depois a marinha americana publicou vídeos e fotos de aviões de combate Sukhoi SU-24 russos, sem armamento visível, efetivando dezenas de ataques simulados contra o destrutor americano USS Donald Cook que operava no mar Báltico, noticiou o jornal espanhol “El Mundo”.
Numa ocasião os jatos passaram perto de 9 metros criando ondas na água, noticiou “La Nación”. “Foi uma das ações mais agressivas dos últimos tempos”, explicou um funcionário do governo em Washington.
Um helicóptero russo Ka-27 também sobrevoou em sete ocasiões o destrutor fotografando-o. Pouco depois jatos de guerra russa interceptaram um avião americano de espionagem eletrônica que sobrevoava águas internacionais sobre o Báltico.
O território russo mais próximo da área dos atritos é Kaliningrado. fica a 70 milhas náuticas do local, entre a Lituânia e a Polônia.
O Comando Europeu dos EUA disse em comunicado “ter grande preocupação pelas manobras dos aviões russos, inseguras e pouco profissionais. Essas ações provocam uma escalada de tensãodesnecessária e poderiam provocar erros de cálculo ou acidentes graves”.
Segundo a Casa Branca “o evento é totalmente incompatível com as normas profissionais militares operando em águas”.
O porta-voz do ministério de Defesa russo Igor Konashenkov defendeu uma ideia que não se aplica a voos provocatórios: “o princípio de livre navegação não nega o principio de livre navegação aérea dos aviões russos”.
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