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Plinio Corrêa de Oliveira

Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

A Santa Missa, renovação do Sacrifício do Calvário e as necessidades da Contrarrevolução

Por Plinio Corrêa de Oliveira

16 minhá 3 anos — Atualizado em: 2/8/2022, 3:04:04 PM


Transcrevemos uma reunião do Prof. Plinio, para a formação de jovens, em que ele responde a uma pergunta sobre o valor e a importância da Santa Missa.

Com texto e áudio: https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Mult_870203_Santa_Missa_RCR.htm#.YgJXat_MKMo

Tema sempre atual e fundamental

“Com muito gosto, porque é um tema sempre atual e sempre fundamental.

Para os senhores tomarem em consideração quais são os planos e desígnios de Deus, e com que largueza Deus atende as coisas e faz… largueza da qual a gente pode ter uma idéia pela mais simples e elementar consideração do universo. É só abrir uma janela e não olhar para a cidade, que a gente tem idéia de toda grandeza de Deus! Basta isto para nós termos idéia de quem é Deus.

Mas, numa ordem de coisas mais elevada, Deus ainda se manifesta a nós, naturalmente, de modo mais magnífico. Então nós podíamos considerar o Santo Sacrifício da Missa. Assombra à gente o que eu vou dizer agora, mas isso é assim. Dado que Nosso Senhor Jesus Cristo é o Homem-Deus, qualquer derramamento do sangue d’Ele tem um valor infinito. Um valor infinito de tal maneira ao pé da letra, que com uma gota do sangue d’Ele, Ele poderia redimir o gênero humano. Então, simplesmente com o sangue que Ele verteu na circuncisão, poderia largamente redimir o gênero humano.

Num acidentezinho de vida doméstica – “acidente” entre aspas, porque com Deus não há acidente, Ele é omnisciente, omnipotente, mas um como que acidente de vida doméstica – Ele poderia brincar, no tempo em que Ele era Menino, com alguma coisa que fosse à maneira de uma agulha.

Esta agulha espetava uma pontinha do dedo d’Ele, e daí jorrava uma gota de sangue. Todos os Anjos do Céu adorariam! Ele ofereceria esse sangue ao Padre Eterno, Nossa Senhora e São José transidos de emoção estariam ali presentes; Nossa Senhora com certeza recolheria esta gota de sangue em algum tecido muito precioso que tivesse vindo como que extraviar-se na pobreza d’Ela, e em cima daquela gota de sangue se construiria a maior catedral do mundo!

Viriam peregrinos de toda a terra adorar o sangue vertido pelo Menino Jesus. Estava redimido o gênero humano, o Céu estava aberto para os homens, Ele poderia dar ordem para que as almas dos justos que estavam no Limbo saíssem; e quando Ele subisse ao Céu depois de algum tempo de convívio com os homens, todos subiriam ao Céu numa alegria inenarrável – todos os justos e mortos até então. E com certeza entre eles, e na primeira fileira deles, o glorioso patriarca São José, entre Adão e Eva, Pais do gênero humano, que os senhores sabem que são canonizados pela Igreja e estão no Céu, apesar de terem atrapalhado a vida com… [Risos]

Podendo ter feito isto, tão simplesmente, Nosso Senhor não quis. E quis passar por toda a Paixão inenarrável de que nós temos notícia. E é inenarrável ao pé da letra, quer dizer, não pode ser narrada, não há uma descrição que possa dar uma idéia exata de quanto Ele padeceu de dores de alma e de dores de corpo, tudo junto, uma coisa verdadeiramente terrível, para depois acabar expirando dolorosissimamente. E depois de expirar, ainda Ele quis verter aquela linfa, aquele misto de água e de sangue que havia no Sagrado Coração d’Ele – do corpo d’Ele – e dali nasceu, do flanco d’Ele aberto, nasceu a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana.

Esta consideração nos mostra que Ele podendo ter feito as coisas de um modo mais sumário, Ele entretanto, com um desígnio e uma perfeição que é muito diferente do espírito moderno, Ele quis que o rio desse uma longa e gloriosa volta para chegar até o fim.

* Meditação sobre a descida de Nosso Senhor da Cruz e os fatos imediatamente após sucedidos

Bom, Nosso Senhor Jesus Cristo expira, Ele é tirado da Cruz, as blasfêmias cessam, o populacho se dispersa, e começa a adoração. Adoração pública, porque enquanto Nossa Senhora esteve aos pés dEle, a adoração não cessou um instante. E uma adoração de uma perfeição tal que todas as adorações de todos os homens e de todos os Anjos, desde o começo da Terra até o dia do Juízo Final, não se compararão com a adoração de Nossa Senhora aos pés da Cruz.

Essa adoração se torna pública, se exterioriza por atos: Ele é colocado sobre os joelhos dEla, e começam a preparar o corpo dEle segundo o rito judaico, pondo aromas etc., onde havia cicatrizes – Ele inteiro estava coberto de cicatrizes! – e depois levando o corpo dEle na solidão e nas trevas até o lugar onde estava a sepultura, para ali Ele ficar jazendo durante três dias e três noites.

Mas… tudo tem um fim, exceto Deus! E por causa disso, quando mais longe já estava o momento em que o último raio de luz tinha penetrado na sepultura, era uma tocha talvez manuseada por José de Arimatéia ou por Nicodemos – ou mais nobremente pelo Apóstolo virgem, esta tocha deitou a última claridade lá dentro, saíram, naquele sepulcro fizeram-se as trevas… Trevas, trevas, trevas, trevas…

Em certo momento, quando a luz estava mais longe, portanto se diria que mais improvável que viesse, uma luz enorme inunda o Santo Sepulcro de Nosso Senhor Jesus Cristo. É uma luz vinda de onde? Alguém derrubou a pedra? Que pedra, que derrubou nada! É uma luz vinda de Deus para a qual pedras, rochedos, montanhas, distâncias, nada é nada! Vara tudo!

É a alma santíssima dEle que, como o corpo, ficou em união hipostática durante todo esse tempo, desde a morte dEle até a Ressurreição, a alma dEle santíssima que depois de ter estado em lugares que não se sabe, feito bens que nós saberemos um dia quando nós estivermos… no dia do Juízo tudo isso se saberá gloriosamente – e é impossível que os senhores não sintam o que eu sinto agora: curiosidade de saber o que…

Uma coisa é certa, Ele esteve no Limbo. E com contentamento indizível de todas as almas que estavam lá, Ele colocou ao corrente de tudo o que se tinha passado, deu explicação etc., etc., a história do mundo como era, como não era etc. Naturalmente eles conheceram desde logo que Ele era o Homem-Deus. Muita coisa São José já contara… O jornal-falado de São José no Limbo deve ter sido extraordinário.

Afinal chegou um determinado momento em que Ele veio, Ele mesmo, e contou o que São José não sabia. Os srs. podem imaginar a entrada dEle no Limbo, e a atitude dEle diante daquelas almas todas, todas morreram com uma contrição perfeita e estavam ali recebidas por Ele, a alegria, o cântico etc. Do Limbo Ele passou para a sepultura. Na sepultura, bummm! Aquele raio de luz…

* O Sacrifício do Calvário não terminou com a morte de Nosso Senhor, é ele perpetuado com a instituição da Santa Missa

Terminou o Sacrifício, terminaram as dores, terminou a Cruz… Que ilusão! Ilusão, que ilusão! Deus não faz nada simplificado à maneira moderna. As coisas dEle tem enormes voltas, encantadoras voltas, voltas magníficas, porque Deus é alto e glorioso demais para ser tão simplificante. Ele que, entretanto, é tão gloriosamente simples. Ele reúne em si todas as perfeições, mesmo as perfeições que nosso intelecto limitado não pode conceber como é que se reúnem, nEle se reúnem com uma perfeita harmonia.

E acontece então que, pelos desígnios dEle, não terminou o Sacrifício da Cruz. Por quê? Aquele sacrifício historicamente estava terminado. Mas quando Ele instituiu a Santa Missa Ele deu aos bispos – quer dizer, aos Apóstolos e aos sacerdotes que estes bispos ordenassem – Ele deu poder de renovar o Santo Sacrifício da Cruz, de modo incruento, por meio da Santa MissaA Missa é a renovação sem efusão de sangue, sem derramamento de sangue, é a renovação do Sacrifício.

E com a expansão da Igreja Católica pelo mundo, e com o crescimento do número dos sacerdotes – infelizmente crescimento muitíssimo menor do que seria de desejar, mas enfim, hoje o número de sacerdotes é tal, e eles estão de tal maneira difundidos pela terra que por toda parte há Missa, de tal maneira que não há um instante em que esteja deixando de ser celebrada uma Missa sobre a face da terra. E, portanto, ininterruptamente Nosso Senhor está no seio da Santíssima Trindade, no esplendor da maior glória, re-oferecendo Sua Paixão e Morte ao Padre Eterno, à toda Santíssima Trindade.

Para isso Ele tem o sacerdote que é o ministro dEle que celebra a Missa, e que serve de ministro nesse sentido: a essência da Missa, o ato no qual por excelência o sacrifício da Cruz se renova, este ato é o ato da Consagração. E é de doutrina católica que quando o padre fala no ato da Consagração, de fato ele empresta a laringe dele a Nosso Senhor Jesus Cristo, mas quem fala é Jesus Cristo! Tão íntima é a união dele com Nosso Senhor Jesus Cristo, que quando o padre fala, pela laringe dele fala o próprio Homem-Deus.

Então quando os senhores assistem Missa, por exemplo, do nosso benemérito Cônego José Luis, quando ele celebra a Missa, e chega no momento em que ele diz hoc est enim Corpus meum, etc., depois…”calix…” as palavras me escapam no momento…

“Hic est enim calix sanguinis mei, novi et aeterni testamenti: mysterium fidei: qui pro vobis et pro multis effundetur in remissionem peccatorum.”

* Comentários sobre um quadro que representa a última Missa sobre a Terra

Eu estou falando, está falando um homem. [Quando, na Missa] Fala o Cônego José Luis, a laringe dele está emprestada a Deus. E quem fala nele é Nosso Senhor Jesus Cristo. Então, ininterruptamente, ininterruptamente o Santo Sacrifício vai se celebrando, celebrando, celebrando… até o momento terrível e majestoso onde sobre a terra se celebrará a última Missa!

Não sei se os senhores já imaginaram, depois de celebrada a última Missa na terra, como a terra deve ficar espantosamente abandonada, terrível. O pecado, como deve imperar sobre ela; e os justos como devem ficar desnorteados. Também, é de supor que depois de celebrada a última Missa, desabe [a punição], e aí acabou-se.

Há um quadro até famoso, eu não me lembro de quem é, creio que é uma gravura de Lucas Krannach, mas não tenho certeza, que representa a última Missa: a terra toda devastada etc., desordem, caos, pecados etc., pelo mundo inteiro. E depois, no alto dos Céus, os Anjos todos, e por cima Deus, a Santíssima Trindade e Deus esperando que o padre termine a Missa para começar a punição!

O quadro se compõe, portanto, de três planos! Os homens, a terra, o pecado; mais em cima, na culminância disso, o padre celebrando; depois um espaço vazio, em cima Deus! Chegou o último instante da terra, acabou a última Missa, pschuumm! Eu acho uma concepção muito bonita, uma concepção grandiosa.

Agora, nós somos levados a aproximar estas considerações todas da situação em que agora está o mundo.

Mas afinal de contas quer dizer que apesar da Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo ter sido tão magnificamente copiosa, Ele quis por razões que nunca são sem sabedoria – porque Ele não faz nada sem uma altíssima sabedoria – Ele quis que para a inteira salvação do gênero humano, e para a… quer dizer, para que todos os predestinados se salvassem, e para que a Igreja Católica triunfasse, Ele quis com uma vontade fortíssima que o Sacrifício dEle se renovasse incontáveis vezes ao longo da Terra. E esse sacrifício é a Missa.

* A necessidade de se pedir a um sacerdote para celebrar Missas em nossa intenção a fim de obtermos a perseverança final

Mas de tal maneira que quando um de nós, por exemplo, obtém de um sacerdote ou por um pedido, ou porque dá uma espórtula e obtém que ele celebre Missa por nossa intenção, nós obtemos que Nosso Senhor Jesus Cristo se sacrifique de modo incruento, repita o Sacrifício do Calvário! Então quando temos uma intenção… por exemplo, eu gosto de ver, acho razoável, me comove, eu rezo, eu passei por essas agonias em tempos passados de minha vida, mas quando os senhores me pedem tantas vezes – há pouco os meus tão queridos filhos da Venezuela, vários, vários, talvez todos, pediram para eu rezar para que eles perseverassem até o fim – quando vem esse receio da perseverança, que coisa melhor do que pedir uma Missa? É uma coisa estupenda, é uma coisa magnífica!

Tanto mais que nós devemos contar, junto à Missa, com a co-redenção valiosíssima de Nossa Senhora. Os senhores sabem que Nossa Senhora é co-redentora do gênero humano e que Deus quis que – apesar do sacrifício dEle ser largamente suficiente, infinito – Nossa Senhora acrescentasse àquilo alguma coisa. E Ele quis ainda que cada um de nós pusesse uma gota do seu próprio sacrifício ali. Os senhores sabem que quando o padre celebra a Missa, aquela gota de água que se mistura com o vinho é o sacrifício do homem que se mistura com o de Deus, para a redenção. São nossos sofrimentos que se unem ao de Nosso Senhor Jesus Cristo para expiar pelos pecados do mundo.

E é nesse sentido amplíssimo e magnífico que Nosso Senhor Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus, Cordeiro Imaculado, puríssimo, sem mancha, sem pecado, que tira os pecados do mundo: Agnus Dei, qui tollis peccata mundi – que tira ou que tiras os pecados do mundo – miserere nobis: Tende compaixão de nós. Se Vós não tiverdes, para nós não tem arranjoMas com vossa expiação, com vossa redenção tudo é possível. Ainda mais que nossas súplicas a Vós sobem por meio de Vossa Mãe. À Vossa Mãe, Vós nada recusais.

Os senhores compreendem também que, se bem que nessa Missa tem uma parte mais rica nos frutos dessa Missa, aqueles por quem essa Missa se celebra, todos os que estão assistindo a Missa têm um lucro espiritual com aquilo. As graças de Nosso Senhor se difundem especialmente por aqueles que estão assistindo aquela Missa.

E por causa disso assistir a Missa aos Domingos, ou se se pode assistir todos os dias, é uma grande graça, é uma enormíssima graça! E esta graça nós a devemos ter presente no espírito, sobretudo no momento da Consagração. Porque é no momento da Consagração que especialmente se dá a renovação incruenta do Calvário. Então, quando o padre se inclina e diz baixinho: “hoc est enim Corpus meum”, e levanta, a gente vê: foi feito o sacrifício. Esse sacrifício se faz, por assim dizer, se eu pudesse usar esta palavra que eu creio não é adequada, em duas etapas. Ele se completa com o oferecimento do Sangue.

Bem, aí feito, quando o padre terminou isso, os coroinhas descem do altar, e a Missa vai até o fim. Depois há a distribuição da Sagrada Eucaristia, consagrada durante uma Missa. Não há uma só Hóstia que não tenha sido consagrada durante uma Missa, e que não seja fruto de uma Missa.

* Sacerdotes que celebrassem a Missa com intuito de pedir a derrota da Revolução

Os senhores percebem aí o seguinte: tomando-se em consideração um sacerdote que tenha em mente todo o apuro da atual situação da Santa Igreja Católica; que tenha em mente tudo quando a Igreja sofreu e sofre no mundo de hoje, e sofrerá até que intervenha de repente um raio especial de Nossa Senhora e faça cessar isto; um sacerdote que conheça portanto bem a Revolução e a Contra-Revolução, e que ame a Contra-Revolução com um amor proporcionado ao ódio com que ele odeia a Revolução – os senhores imaginem um sacerdote assim que celebrasse a Missa pela vitória da Contra-Revolução, pelo esmagamento da Revolução, para a vinda imediata da “Bagarre” [realização das promessas de Nossa Senhora em Fátima, em breves palavras, n.d.c.] e do Reino de Maria!

Os senhores dirão: – Mas o sacerdote não podia pedir para a Bagarre não vir?

Nossa Senhora disse que virá! E está estatuído.

Bem, que graça termos assim sacerdotes que, por exemplo, se pudéssemos, a vida inteira, a todas as horas, ter Missas celebrando-se nesse sentido, que tranco levava a Revolução! Estas evanescências que estão se dando por toda parte, que magnífico recuo elas teriam! E toda aquela anestesia de que eu falei aos senhores na última reunião, que estraçalhamento levaria!

Pois bem, nós, entretanto podemos fazer uma coisa assim, se nós quisermos, e se nós tomarmos a sério os dados de nossa Fé. Por quê? Porque se eu sei que à hora em que eu estou falando está sendo celebrada no mundo uma Missa, e provavelmente estão sendo celebradas no mundo várias Missas na hora em que eu estou falando, como em toda hora – eu posso perfeitamente unir-me a estas Missas, em oração. E pedir a Nossa Senhora que Ela leve a Nosso Senhor que está sendo assim incruentamente sacrificado, o meu pedido: “Já, já, já! Completamente, completamente, por longos séculos e por milênios!”

* Para ajudar uma alma em crise, unir-se espiritualmente às Missas que estão sendo celebradas naquele momento na Terra inteira

Então, nós só com o fazermos isto muitas vezes por dia – cada vez que rezamos o Rosário, cada vez que entramos em casa, cada vez que saímos de casa, cada vez que mudamos de uma conta para outra no terço, enfim, na nossa Comunhão, em quantas e quantas ocasiões, nós pedirmos isto a Nossa Senhora, que Ela seja nossa intercessora nesse sentido, e que todos os membros do Grupo peçam isto unindo-se às Missas que estão sendo celebradas no mundo inteiro, e já os senhores podem compreender o contravapor tremendo que a Revolução leva. E o auxílio da Contra-Revolução!

Eu vou pôr uma coisa que aflige a todos nós, os senhores todos têm que ter passado por essa aflição: é quando veem de repente uma alma entrar em crise. Há estados de crise tais que a gente não sabe o que fazer. Porque não falando é deixar a alma rolar pelo abismo; mas falando a gente vê que a alma vai se enredar cada vez mais e vai sair pior do que no momento em que a gente falou.

Então, como fazer? Deixar rolar? Isso não mata? Qual é a saída? Oferecer: “Senhor, sacrificai-Vos por esse, sacrificai-Vos por esse, sacrificai-Vos por esse; pelos rogos de Maria Vos peço, sacrificai-Vos por esse, imolai-Vos por esse… mais uma vez imolai-Vos por esse…”

É ou não é verdade que de repente muitas crises começam a se liquidar, e o demônio se afasta?

Então fica uma coisa aqui a ser pensada: é que proveito dar a esse pensamento.

Deus está derramando o sangue dEle continuamente por você, e por estas suas boas intenções. Você pediu que Ele oferecesse? Que enorme possibilidade você tem de conseguir isso. Peça, peça; peça, peça; peça, peça!

Isto são alguns pontos da conversa de hoje cedo sobre a Missa.

Se esses pontos abrirem o horizonte para nós, nós devemos pedir a Nossa Senhora muito – é mais um dado que caí decorre – nós devemos pedir muito pelos sacerdotes chegados a nós. Para que eles cada vez mais vejam assim inteiramente a Contra-Revolução; vejam a Revolução na sua hediondez e cada vez mais o coração sacerdotal deles vibre dessas disposições, desses calores, desses entusiasmos, no momento em que pela laringe deles Nosso Senhor Jesus Cristo se imola! E a vocação sacerdotal se nos figura aí com uma beleza e uma eficácia contra-revolucionárias sem par, que é bom tomar em consideração.

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Plinio Corrêa de Oliveira

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557 artigos

Homem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".

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