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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Aborto matando mais que Covid


  • Plinio Maria Solimeo

“Já houve três vezes mais abortos em 2021, do que mortes por Covid”. Essa afirmação estarrecedora é de Francisco Vêneto em interessante artigo no portal PTAleteia, no qual ele acrescenta que isso significa que houve “praticamente 8 milhões de abortos em menos de dois meses e meio, versus 2,6 milhões de mortes por Covid, em mais de 14 meses”.1

A isso acrescenta o site Arrow que “a Organização Mundial da Saúde comunicou que uma média de 73.3 milhões de abortos — seguros e não seguros — ocorreram por ano entre 2015 e 2019, sendo a taxa de abortos maior nas regiões em desenvolvimento que nas desenvolvidas”.2

Temos então essa espantosa cifra de inocentes que são cruelmente assassinados por suas próprias mães. Considerando-se que cada aborto provocado é um pecado mortal contra o 5º. Mandamento da Lei de Deus, temos uma cifra escandalosa de pecados mortais cometidos sem remorso, sendo que um só deles, não sendo absolvido pelo sacramento da confissão, leva à condenação eterna.

Entretanto, não são apenas essas mães desnaturadas as únicas a cometerem esse pecado mortal, mas também todos os que concorreram para a efetivação do aborto, como médicos, enfermeiras, assistentes sociais, entre outros.

A coisa não pára por aí. Cada nação que aprova o aborto, participa oficialmente da gravidade desse crime hediondo. Como é da doutrina católica que as nações, não existindo na outra vida, devem pagar por seus crimes aqui mesmo nesta Terra, que castigos não merecerão?

Pode-se perguntar se a pandemia de COVID já não é um dos castigos devidos aos inúmeros abortos cometidos. Para a organização Center For Reproductive Rigths, a maioria dos países desenvolvidos permite o aborto até o terceiro mês de gestação. Isto é, quando o feto está em pleno desenvolvimento. O que é um assassinato e, portanto, um pecado grave.

Em outros 66 países como a Suécia, Holanda, Portugal, Rússia, Suíça e Uruguai, cabe à mulher grávida o “direito” de decidir se deseja ou não abortar, sem nenhum problema com o Estado.

No Brasil, desde 1984, o Código Penal prevê que o aborto é crime, sendo permitido “apenas” em casos de estupro, de risco para a vida da mãe, ou quando o feto não possui a maior parte do cérebro (anencefalia). Mesmo nesses casos, o aborto não deixa de ser um crime contra uma criança indefesa. Portanto, também um pecado mortal.

A malfadada Organização Mundial da Saúde é quem promove esse crime monstruoso em todo o mundo. Ela, usando agora o pretexto da pandemia, recomenda que se faça o aborto em casa, utilizando pílulas químicas.

Já em uma decisão de 1994, ela afirmou eufemisticamente que “cada indivíduo tem o direito de decidir livre e responsavelmente — sem discriminação, coerção ou violência — o número, espaçamento e tempo de seus filhos, e de ter informação e meios para isso, e o direito de obter o mais elevado estado de saúde sexual e reprodutiva”.

E o meio para isso, é claro, consiste em recorrer ao aborto na possibilidade de uma gestação indesejada. Pois logo afirma: “O acesso ao aborto legal, seguro e compreensivo, incluindo cuidados pós-aborto, é essencial para se atingir o mais elevado nível de saúde sexual reprodutiva”.3

Por isso o número dos abortos provocados crescem assustadoramente. Segundo ainda Francisco Vêneto, “nesta mesma manhã [10 de março], o total de abortos perpetrados no mundo somente em 2021, em menos de dois meses e meio, já superou o triplo desta marca dramática: foram mais de 7,985 milhões de abortos desde o dia 1º de janeiro […] os abortos propositais já equivalem a três pandemias de Covid-19, com base no total de mortes provocadas por essa peste histórica ao longo de mais de 14 meses. A fonte dos dados é o site Worldometers.info, um painel de estatísticas mundiais que apresenta números a partir de fontes oficiais. Ele mostra, por exemplo que, do dia 1º de janeiro de 2021, até a manhã deste dia 10 de março, já nasceram 26,2 milhões de pessoas, enquanto faleceram 11 milhões de seres humanos — sem contar os casos de aborto”.

Entretanto, a infâmia não fica só aí. Pois quase todos os países que aprovam o aborto, também legalizam a homossexualidade em todas suas formas, que representa um pecado que brada aos céus e clama a Deus por vingança.

Segundo fontes do Worldmeters e do Google, citados pela revista Piauí, temos que, de início de janeiro a fim de dezembro de 2020, houve 42.652.318 abortos em todo mundo. Essa cifra é seguida de perto pelo número de mortes por HIV/Aids, que se eleva a 42.371.699 mortes. Segundo a mesma fonte, as mortes por coronavírus vêm muito abaixo, com 1.810.360.4

Baseando-se somente nesses dados, e não se falando dos inúmeros pecados que se cometem com toda a facilidade contra a virtude da pureza nas uniões ilícitas, modas imorais, e obscenidades de toda ordem na TV e Mídia; contra a santidade do matrimônio com a proliferação do adultério.

E sobretudo no campo religioso, principalmente com os sacrilégios cometidos contra Nosso Senhor Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia, contra suas igrejas e imagens etc., não se pode deixar de afirmar que o mundo de hoje, com raríssimas e louváveis exceções, vive em estado de pecado mortal.

____________

Notas:

1.https://pt.aleteia.org/2021/03/10/ja-houve-3-vezes-mais-abortos-em-2021-do-que-mortes-por-covid-na-pandemia-toda/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=N_pt

2.https://arrow.org.my/safe-abortion-crucial-for-womens-reproductive-health/

3.https://www.who.int/health-topics/abortion#tab=tab_1 4.https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/01/11/verificamos-mortes-aids-covid-19-2020/

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