Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
O Acordo Vaticano-Pequim facilita a subordinação da Igreja Católica ao regime comunista na China.
5 min — há 1 mês — Atualizado em: 10/6/2024, 2:15:42 PM
Religião a serviço do comunismo
A agência USCIRF (liberdade religiosa) dos EUA comprova que a política chinesa visa tornar a religião mais subserviente ao PCC.
Para nós, católicos, tem especial importância essa denúncia. O Acordo Vaticano-Pequim, renovável a cada dois anos, segue a cartilha dessa “sinicização”, ou seja, pôr a religião a serviço do comunismo.
“A USCIRF é uma comissão independente e bipartidária do governo federal dos EUA criada pela Lei de Liberdade Religiosa Internacional (IRFA) de 1998. Seus comissários são nomeados pelo presidente e pelos líderes do Congresso de ambos os partidos políticos”, escreve Bitter Winter.
Datado de setembro de 2024, seu relatório “Sinicização da religião: política religiosa coercitiva da China” é um dos documentos mais abrangentes até o momento sobre como o Partido Comunista Chinês (PCC) “siniciza” todas as religiões, o que não significa torná-las mais chinesas, mas obrigá-las a se tornarem meras porta-vozes do regime.
Ainda aqui Bitter Winter: “Sinicização é “um processo de doutrinação política que incorpora o PCC e sua ideologia política em todos os aspectos da vida religiosa, desde as próprias crenças religiosas até a estrutura física dos locais de culto”. Sob Xi Jinping, o objetivo da Sinicização é transformar adeptos e instituições religiosas em agentes comunistas.
O PCC, observa o relatório, também “visa cristãos católicos e protestantes para sinicização. O governo ordenou a remoção de cruzes de igrejas, substituiu imagens de Jesus Cristo ou da Virgem Maria por fotos do presidente Xi, exigiu a exibição de slogans do PCC nas entradas de igrejas, censurou textos religiosos, impôs materiais religiosos aprovados pelo PCC e instruiu o clero a pregar a ideologia do PCC”. Novamente, a Igreja Protestante Three-Self controlada pelo PCC e a Associação Católica Patriótica (apesar do acordo Vaticano-China de 2018) são cúmplices ativos da política comunista.
O Site pró liberdade religiosa, “Bitter Winter”, teve 21 de seus artigos citados e vinculados entre as fontes do relatório.
É quase impossível imaginar a malha complexa de leis, instituições governamentais, regulamentos para escravizar as religiões.
“Autoridades chinesas”, diz o relatório, “tentam exercer controle total sobre a religião por meio de uma extensa e complicada rede de leis, regulamentos e políticas estaduais que o PCC e várias agências governamentais aplicam”. Entre os principais aplicadores estão as cinco religiões autorizadas controladas pelo PCC e seus burocratas.
Claro, o PCCh quer todas as religiões a serviço do comunismo. Muitos obstáculos a serem destruídos.
As religiões pagãs também são visadas: “Por meio da Associação Anticulto da China (CACA), vinculada ao PCC, do Ministério da Segurança Pública (MPS) e do uso da disposição anticulto (Artigo 300) da Lei Criminal da China, o governo chinês realizou campanhas para eliminar esses grupos religiosos, resultando em prisões e encarceramentos em massa. Também há relatos de organizações religiosas controladas pelo estado, como o BAC e o CACA, trabalhando com o MPS para ‘desprogramar’ praticantes do Falun Gong em um esforço aparente para coagi-los a mudar ou renunciar à sua fé.”
Outro aspecto consiste nas tais “religiões autorizadas”, entre elas o Catolicismo. “Autorizadas” porque são obedientes ao PCCh. O Acordo Vaticano-Pequim, desde 2018 vem sendo um instrumento para forçar bispos, padres e leigos a serem capachos do comunismo.
Recentemente, o Vaticano aprovou um bispo comunista, da Igreja Patriótica.
Todas as novas leis e regulamentações sobre religião recentemente introduzidas e os novos “Planos de Trabalho de Sinicização de Cinco Anos” (2023–2027) buscam esse objetivo com relação a todas as cinco religiões autorizadas. “Esses princípios ideológicos orientam a abordagem do estado para impor a Sinicização, resultando em repressão severa e violações graves da liberdade religiosa para grupos religiosos e indivíduos que não defendem nem incorporam a ideologia do PCC”.
Outro problema da massificação comunista é o regionalismo.
Na prática, entre os que mais sofrem com a Sinicização estão os uigures e outros povos turcos muçulmanos que vivem em Xinjiang. A USCIRF não evita a palavra G e escreve que, “Desde 2017, as autoridades chinesas cometeram genocídio e crimes contra a humanidade contra os uigures”, oferecendo uma longa lista de atrocidades. O relatório observa que “as autoridades chinesas também têm como alvo os muçulmanos Hui com táticas de sinicização semelhantes, apesar do fato de os muçulmanos Hui falarem chinês e terem se adaptado à cultura chinesa ao longo dos séculos”.
Outro alvo são os budistas tibetanos. “O governo chinês perpetrou graves violações da liberdade religiosa em sua campanha para sinicizar o budismo tibetano. Ao longo dos anos, as autoridades submeteram monges e freiras à reeducação política; instalaram oficiais do PCC para administrar assuntos monásticos; alteraram ou removeram imagens religiosas, textos, estátuas e arquitetura budista tibetana de mosteiros e santuários; e proibiram peregrinações e outras atividades religiosas durante o mês sagrado budista de Saga Dawa. Eles também separaram um milhão de crianças tibetanas de suas famílias e as colocaram em internatos estatais para assimilá-las à força à cultura chinesa Han e cortar laços com suas tradições familiares, linguísticas, culturais e religiosas nativas.”
O PCCh quer interferir até na chamada reencarnação do Dalai Lama ao instalar um sucessor obediente ao PCC, argumentando que sua reencarnação deve obedecer à lei chinesa. Alegadamente, autoridades chinesas se reuniram secretamente em 2023 para começar a planejar o processo de seleção para o sucessor do Dalai Lama”.
O relatório conclui que, “A aplicação de tais políticas de Sinicização tem consistentemente resultado em violações sistemáticas, contínuas e flagrantes da liberdade religiosa e dos direitos humanos relacionados, incluindo genocídio, crimes contra a humanidade, encarceramento em massa, desaparecimentos forçados e a destruição do patrimônio cultural e religioso.”
O artigo de Bitter Winter termina com a esperança de que “o documento seja amplamente lido — inclusive no Vaticano, onde uma ideia um tanto otimista demais da situação do catolicismo na China parece prevalecer”, acrescentamos, contra a contínuas declarações do Cardeal emérito de Hong Kong, Zen, que tem demonstrado a ilusão de um acordo entre Vaticano e Partido Comunista Chinês.
O comunismo é tão antinatural, é uma seita igualitária, gnóstica, condenada por todos os Papas que até interfere na sucessão da autoridade budista.
Sobretudo, o comunismo deseja exterminar da face da Terra a Religião fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade de Vida.
Nossa Senhora, imperatriz da China libertai aquele povo das garras do comunismo.
Fonte: Bitter winter
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