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Thirty Years Later: Celebrating Plinio Corrêa de Oliveira as a Counter-Revolutionary Focused on Our Lady’s Triumph

Neste artigo quero frisar algo sumamente alentador para os que fazemos Contra-Revolução — segundo o conceito explicitado por Plinio Corrêa de Oliveira em sua obra Revolução e Contra-Revolução.

 Em outras palavras, essa Contra-Revolução, nosso ideal sagrado, é a defesa da Igreja e da Civilização terrivelmente envolvidas numa crise sem precedentes.

            Mas, o que eu quero apontar como alentador?

            Quanto mais passa o tempo, mais vão aparecendo pessoas que, afinal, começam a

enxergar, sob a ótica de Dr. Plinio, o panorama profeticamente apontado por ele. E isso tem despertado a adesão de incontável número de pessoas, as quais passam assim a admirá-lo, ao invés de odiá-lo e invejá-lo.

O primeiro exemplo que desejo assinalar é o do site sul-africano Fidelidade Radical. Sob o título COMPREENDENDO A REVOLUÇÃO QUE BUSCA DESTRONAR A DEUS, eis o que ele publica sobre o livro Revolução e Contra-Revolução:

Devemos entender a Revolução como uma patologia espiritual nascida das paixões desordenadas do homem e animada pelo grito desafiador da antiga serpente: Non serviam! — “Não servirei”. 

            Este livro é uma tentativa de mergulhar mais profundamente na anatomia da própria Revolução, sua essência espiritual, seus agentes e seus métodos de engano […]. Para lutar eficazmente, devemos, como manda a velha máxima, conhecer o inimigo. E conhecê-lo bem.

            Para isso, recorrerei mais uma vez ao indispensável opúsculo Revolução e Contra-Revolução, do Dr. Plinio Corrêa de Oliveira — obra cuja clareza profética se torna ainda mais luminosa com o tempo.

            Não se pode ser um católico fiel em uma esfera enquanto se dança com a Revolução em outra […]. Mesmo a menor concessão à Revolução leva à ruína — pois uma única gota de veneno em um cálice d´água mais cristalina da montanha traz a morte. Não é mesmo? […]

A desordem moderna que testemunhamos hoje […] é a mais recente e virulenta máscara usada por um inimigo antigo e implacável.

Esse inimigo é a Revolução. Mas o que desejamos dizer ao falar de Revolução? Corrêa de Oliveira, uma das vozes mais profundas e claras na compreensão da crise espiritual da modernidade, nos ensina que a Revolução não é meramente uma série de convulsões políticas ou convulsões históricas passageiras. É um processo vivo e pulsante — uma rebelião contínua “contra a ordem das coisas segundo a lei de Deus”. É uma doença espiritual que infecta a alma da humanidade, manifestando-se em épocas sucessivas sob novas formas, mas sempre impulsionada pelo mesmo ódio subjacente à autoridade divina […].

            A Revolução é muito mais do que uma mera perturbação política; é uma guerra insidiosa travada contra o próprio conceito de ordem, hierarquia e verdade. Corrêa de Oliveira define Revolução sucintamente: “Damos a este vocábulo [Revolução] o sentido de um movimento que visa destruir um poder ou uma ordem legítima e pôr em seu lugar um estado de coisas (intencionalmente não queremos dizer ordem de coisas) ou um poder ilegítimo” (Revolução e Contra-Revolução, cap. VII, 1.A). 

            Esta Contra-Revolução não é um slogan político ou um anseio sentimental. É uma realidade militante e sobrenatural, alicerçada na graça, sustentada pela fidelidade e travada sob a bandeira da Cruz. Ela reconhece que somente o poder divino de Deus pode curar as feridas infligidas pela Revolução e restaurar a harmonia rompida pelo pecado e pela rebelião.

Embora a Revolução tenha passado por muitas metamorfoses — das convulsões políticas do passado às sutis distorções teológicas do Modernismo —, ela não tem futuro. Satanás, o autor da Revolução, é um destruidor, não um criador. Ele só pode destruir o que Deus criou; não pode construir uma ordem nova e duradoura. A última palavra não pertence a ele, mas a Maria, a Mulher vestida de sol, predita para esmagar a cabeça da serpente e trazer a vitória final sobre o mal. Como Nossa Senhora de Fátima prometeu: “Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará”.

*   *   *

Outro exemplo que deixo aqui assinalado são as palavras que Dom Athanasio Schneider, proferidas na celebração da Santa Missa no Bureau da TFP em Roma, por ocasião do 30º aniversário de falecimento do Dr. Plinio:

“Como poderíamos resumir sua vida? As palavras ‘Dilexit ecclesiam’ poderiam sê-lo, pois ele era um ‘vir catholicus, totus apostolicus, plene romanus’, palavras que ele escolheu para caracterizar sua pessoa e sua vida, que agora constituem seu epitáfio. 

“O Athleta Christi do século XX incorporou o espírito de síntese, a marca registrada do espírito católico: intransigência e recusa de se comprometer com o mal e qualquer forma de rebelião contra Deus; inflexibilidade e ativismo pela verdade e realeza de Cristo; a aspiração a tudo o que é grande – bom, verdadeiro, belo e sagrado – juntamente com a humildade autêntica, o espírito de pequenez e a caridade sobrenatural.

 “Sob a armadura de ferro do cavaleiro jazia a alma de uma criança, com um coração inocente, um coração que amava sua mãe: primeiro ele amava sua própria mãe, que lhe transmitiu a fé católica, depois a Santa Madre Igreja e, acima de tudo, Maria, sua Mãe celestial.” 

*   *   *

Essa abertura para o pensamento do Dr. Plinio indica que as pessoas começam a enxergar com clareza o que está acontecendo no mundo, atitude muito diversa da indiferença egoísta, superficial, fruitiva, que caracterizou a imensa maioria dos católicos até poucos anos atrás.

Que Nossa Senhora tenha compaixão da nossa pequenez e apresse a Sua vitória!

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