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9 min — há 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:49:50 PM
Em brilhante conferência promovida pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, o Prof. Ricardo Felício desfaz os mitos divulgados pelo ambientalismo alarmista.
Em 25 de junho último o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (IPCO) promoveu no Club Homs, situado na Avenida Paulista da capital bandeirante, uma conferência do Prof. Dr. Ricardo Augusto Felício sobre “Aquecimento global – pseudociência e geopolítica”.
Graduado em Ciências Atmosféricas, mestre em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e doutor em Geografia, o Prof. Felício é docente na Universidade de São Paulo (USP).
Abrindo a sessão, o Dr. Adolpho Lindenberg [foto abaixo], presidente do Instituto, destacou a importância do tema e narrou interessantes episódios de sua vida empresarial relacionados com o mesmo.
Por exemplo, lembrou que duas décadas atrás sua construtora edificou um hotel em Manaus, mas que a maioria dos operários, constituída por indígenas, mal conseguia trabalhar devido a problemas de doenças e subnutrição.
O Dr. Adolpho montou então um hospital de emergência que tratou dos índios durante três meses.
Certo de que fizera uma obra de beneficência, contou depois o fato a um líder político ambientalista de São Paulo.
Este ficou furioso: “Não! A ideia não é socorrer os índios! É aprender com os índios! A pior coisa para o ambientalismo é inserir um primitivo na civilização!”
Com base em suas experiências, o Dr. Lindenberg testemunhou que o fundo do ambientalismo é um embate contra a civilização, em especial contra a Civilização Cristã.
E acrescentou que o ambientalismo hoje é um refúgio dos líderes esquerdistas que não falam mais em estatização, mas em ecologia. É uma nova religião. Passou a Idade Média, passaram-se os Tempos Modernos, agora a “bola da vez” é a ecologia e o ambientalismo.
O carnaval ecológico de tonalidade esquerdista parte de duas ideias provenientes do mundo científico: 1ª) a temperatura do mundo está subindo; 2ª) o aquecimento global é provocado pelo homem.
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O climatologista palestrante fez de início a clássica distinção entre hipótese e tese. “Alguém pode pensar que uma borboleta batendo suas asas pode modificar o clima de Júpiter… Pode pensar, mas isso é apenas uma hipótese!”
Para que seja tese é preciso demonstrar a hipótese com evidências cientificamente válidas. Caso contrário, esta não se sustenta.
O Prof. Felício enfatizou que o aquecimento global é uma hipótese, e não uma tese, uma vez que não se sustenta em realidades provadas.
Ele destacou que a pseudociência do aquecimento global tem sido promovida pelo Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC em inglês), organismo político da ONU envolto em sucessivos escândalos e que exibe suas fontes científicas em notas de rodapé.
O próprio Senado americano, após verificar a ausência de evidências científicas nas hipóteses espalhadas pelo IPCC, retirou-lhe todo o financiamento.
O Prof. Felício disse que mudar é próprio do clima, que significa mudança. E que combater as mudanças é tão tolo como combater o clima.
Afirmou que historicamente houve períodos cíclicos quentes e frios, e que hoje vivemos num período interglacial quente. Mas bem fraquinho, pois houve períodos em que a temperatura global chegou a 10º acima da média atual e não representou nenhum problema.
No último século, os anos mais quentes transcorreram nas décadas de 1930 e 1940. No fim do século XX a temperatura ficou abaixo desses auges e hoje a Terra está esfriando.
O climatologista apontou também o hábito dos alarmistas verdes de anunciar catástrofes para dentro de cem anos ou mais… E acrescentou que nessa data tais pessoas já não estarão vivas e ninguém poderá cobrar-lhes o que disseram… Mas o mal estará feito.
É sempre um “monstro” que eles criam e, à medida que nos aproximamos dele, os incorrigíveis verdes o empurram mais para frente…
O professor projetou recortes de jornais e revistas do século XX, com o papel até amarelado, anunciando catástrofes das mais variadas que hoje verificamos que não ocorreram.
As provas aduzidas por tais órgãos eram de uma superficialidade risível: as quadras de tênis de Wimbledon… Era tudo absurdo, sem evidências de que a Terra estava se transformando numa bola de sorvete, mas a mídia divulgava assustadoras propagandas.
A ciência do aquecimento global é a “terra da fantasia”, defendeu o meteorologista. O clima não é um resultado do que o homem faz.
Os verdadeiros agentes do clima são o sol, que oscila muito, os oceanos (72% da superfície terrestre), os vulcões e as nuvens.
Ainda segundo o palestrante, as nuvens são uma enorme incógnita sobre o clima, movimentando 25 a 30% da energia de todo o planeta Terra. Nesse sentido podemos dizer que nada sabemos de climatologia, mas os verdes nos anunciam toda espécie de coisas, que em última análise são mentiras.
A atmosfera da Terra é composta de 78% de nitrogênio, gás neutro, 21% de oxigênio e 0,9% de argônio. Os gases residuais constituem 0,039%. Dentro destes se contabiliza o CO2, que atinge a proporção de 0,033% da atmosfera e é o mais importante dos gases residuais.
E, apesar disso, os ambientalistas ainda pretendem que o CO2 é o culpado pelas mudanças climáticas!
O grande produtor de CO2 são os oceanos. Os insetos produzem mais CO2 do que os seres humanos! É impossível falar que os homens são culpados pelo aumento de CO2, acrescentou o professor.
Se houve um aumento, embora infinitesimal, no último século, só pode ser atribuído aos oceanos. Esse aumento teria feito subir o índice até 0,04%, ou mais 0,007%.
O CO2 gera ciclos de crescimento dos vegetais e os dados dos satélites mostram que a vegetação do planeta está aumentando. O CO2 funciona como um fertilizante porque é o gás da vida! Mas os verdes o apresentam como um vilão!
O Prof. Felício disse que todos os cientistas sabem disso: quanto mais CO2 na atmosfera, tanto melhor para o planeta.
Experimentos aumentando o CO2 em estufas e ambientes abertos apontam para um crescimento diretamente proporcional das plantas.
Porém, a pseudociência ambientalista inventou novos terrores: segundo o apelidado Himalaiagate, as geleiras do Himalaia iam derreter. Tudo não passou de uma fraude, inclusive econômica. As tabelas da temperatura da Terra foram alteradas no escândalo de Climategate para justificar teorias apocalípticas.
Os alarmistas forjaram “modelos” climáticos que só funcionam no computador e não correspondem à natureza. Isso não é fazer ciência.
O professor projetou documentação do próprio IPCC para mostrar o “alto índice de picaretagem”do terrorismo climático anticientífico.
Mas, à falta de provas científicas, os inescrupulosos“heróis do clima” apelam para um princípio jurídico: o da precaução.
Eles alegam que, como não há certeza de que o CO2 produz mudanças, deve-se por precaução implementar medidas como se houvesse certeza.
Nesse caso, o que resulta é jogar a ciência no lixo e controlar o clima com base em acórdãos de juízes ou decretos de políticos!
Em nome desse princípio passaram a sabotar as instalações humanas. As hidrelétricas, por exemplo. O Brasil é um grande prejudicado e o custo será sentido durante décadas.
O Prof. Ricardo demonstrou com números as absurdas despesas governamentais para supostamente controlar as emissões de CO2, até nas obras da Copa 2014!
Comentou ainda que até 2020 o Brasil gastará mais de 500 bilhões de reais em controles ambientais, dinheiro suficiente para resolver definitivamente o problema habitacional no País, doando casas para todos os que não têm. Em vez de gastar com bobagens, poderiam dar casas para todos! Mas isso é apenas um exemplo.
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No final do evento, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança [foto] agradeceu ao palestrante pela sua brilhante apresentação, baseada na realidade objetiva e ululantemente óbvia, da natureza tal qual Deus a criou.
Neste link pode-se ver o vídeo completo da conferência com todos os dados, números, quadros e ilustrações projetadas pelo Prof. Ricardo Augusto Felício.
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