Mil padres católicos britânicos denunciam retorno às perseguições religiosas pelo “casamento” homossexual
Em uma das maiores cartas conjuntas do gênero, mil sacerdotes católicos britânicos denunciaram que a liberdade de praticar e falar sobre a sua fé será “severamente” limitada, caso seja aprovado o “casamento” homossexual no país.
O projeto já foi aprovado pela Câmara dos Comuns (deputados) e deverá ser votado pela Câmara dos Lordes (senadores). Os sacerdotes repudiam como “sem sentido” as garantias oferecidas pelo governo do político conservador David Cameron.
Eles comparam a tentativa de redefinir o casamento com o golpe dado pelo rei Henrique VIII, que tirou a Inglaterra do seio da Igreja para poder divorciar-se da rainha Catarina de Aragão.
Henrique VIII deu assim origem à igreja anglicana atual, hoje em fase de desfazimento moral e de organização.
Como muitos católicos não aceitaram o cisma, o mau rei começou repressões que duraram séculos, trouxeram a guerra civil, arruinaram o país e o separaram de Roma.
Para os mil sacerdotes, os planos favorecedores dos homossexuais da coligação que governa a Grã-Bretanha impedirão os católicos e outros cristãos que trabalham em escolas, instituições de caridade e organismos públicos, de falar livremente sobre suas crenças e o significado do casamento.
Até a liberdade de falar no púlpito pode estar sob ameaça, dizem.
Os fiéis que acreditam no sentido tradicional do casamento seriam efetivamente excluídos de alguns postos de trabalho, do mesmo modo como até o século XIX os católicos foram alijados de muitas profissões pela Reforma protestante. (mais…)