As raízes anti-humanas do movimento ambientalista (4)

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Para os ambientalistas, a prosperidade humana é, em si, uma externalidade negativa.

Luis Dufaur

Uma vez rejeitadas as utopias, e entendido que, por exemplo, 10 milhões de pessoas que vivem numa cidade grande não podem exigir que o ar seja igual ao de uma aldeia de 50 pessoas, podemos então finalmente nos dedicar a resolver os verdadeiros problemas ambientais, utilizando para tal o único mecanismo realmente possível: propriedade privada e sistema de preços.

Quando o sistema de preços funciona livremente, ele garante que oferta e demanda estejam quase sempre em equilíbrio, garantindo que os recursos sejam alocados para seus fins mais produtivos. Já quando o governo intervém no sistema de preços, ele garante desperdícios, dificulta o empreendimento e empobrece as pessoas.

Se o café — por quaisquer razões — se tornar mais escasso, seu preço subirá, alertando aos consumidores para que bebam menos. Se mais café entrar no mercado, os preços cairão, avisando aos consumidores que eles podem beber mais. Preços, portanto, constituem um sistema de preservação de recursos.

Mas os ambientalistas se imaginam capazes — como os planejadores centrais soviéticos — de saber o valor econômico de tudo, sem que para isso tenham de recorrer ao sistema de preços. Eles sempre alegam que tudo está “acabando”, e que, portanto, é necessário que o governo intervenha com vigor e controle o consumo. Porém, se de fato estivéssemos ficando sem petróleo, por exemplo, seu preço iria disparar, alertando os consumidores para que utilizem menos o mineral, e avisando os empreendedores para que encontrem substitutos. Quando a oferta de petróleo ficou ameaçada após o início da Guerra do Golfo, foi exatamente isso o que aconteceu.

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A grande questão: o governo Dilma fará a Reforma Agrária Socialista e Confiscatória, tão esperada pelas esquerdas?

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Atilio Faoro

João Pedro Stédile, no 5º Congresso do MST contra o latifúndio e as transnacionais.

Passado o período eleitoral, começam a emergir perguntas sobre o perfil e as metas do futuro governo de Dilma Roussef. Nada mais natural.

Da parte da esquerda – de todos os matizes – a preocupação volta-se para um ponto que, para eles, é essencial: o futuro governo fará uma Reforma Agrária profunda e radical, que acabe com o poder do agronegócio e do chamado latifúndio?

Uma primeira resposta veio do líder máximo do MST, João Pedro Stédile, o qual aliás esteve nos últimos meses, com sua tropa, no seu canto e caladinho, para não atrapalhar a eleição da candidata petista.

Rompendo o silêncio, o dirigente do MST em entrevista à Agência Brasil (2-11-2010), disse acreditar que o governo de Dilma Rousseff terá mais condições políticas do que teve a administração atual de fazer a Reforma Agrária avançar e de atender a outras demandas do setor. “O Lula ganhou as eleições em um quadro de composição de forças muito adversas. Agora, eu acho que há uma composição de forças mais favorável a um programa de centro-esquerda”, ressaltou Stédile.

Pondo o dedo na ferida, Stédile acabou com (mais…)

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A opinião pública na gangorra da derrota ou vitória

Plinio Vidigal Xavier da Silveira

Fac-símile da Revista Veja mostra o quanto a opinião pública forçou a aparente mudança dos candidatos.

Ante o fato de que os candidatos presidenciais eram todos de esquerda, o povo brasileiro se vingou e lhes impôs uma agenda conservadora. Se o eleito insistir em esquerdizar o País, sofrerá enorme desgaste.

As questões eleitorais dominaram o panorama nacional no último mês. Até aí nada de extraordinário, em vista do segundo turno da eleição em 31 de outubro. O que surpreendeu a muitos, isto sim, foi o fato de predominarem na campanha graves temas morais e religiosos, dos quais os candidatos não conseguiram se desvencilhar. Aborto, “casamento” homossexual, família, religião e o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) rechearam os debates, contrariamente ao desejo de ambos os postulantes ao cargo máximo da República.

Tem esse fenômeno grande importância e profundidade, e impõe-se uma análise do que ocorreu. O leitor verá, pelo que segue, que o aspecto mais profundo dos episódios deste pleito independe de o eleito ter sido A ou B.

Só candidatos de esquerda: a democracia em xeque

Tudo começou quando (mais…)

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