Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 12 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:28:48 PM
Ah! a fome no mundo! Desde a Revolução Francesa, multidões gritando “pão” derrubam tronos e desencadeiam as revoluções. E, hoje em dia, outro não é o grito da esquerda. Por exemplo:
● Em 1968, Paulo R. Ehrlich alarmou o mundo com seu livro “The Population Bomb”, cuja tese principal era a de que os recursos do planeta não seriam suficientes para atender a uma população em crescimento.
Seu livro e suas previsões tornaram-se célebres. Uma delas: “Até o ano 2000, o Reino Unido será simplesmente um pequeno grupo de ilhas empobrecidas, habitadas por cerca de 80 milhões de famintos”. Eis um gênero de terrorismo: o eco-terrorismo. Seu livro previa que centenas de milhões de pessoas morreriam de fome nas décadas seguintes, em consequência da superpopulação. Deu no que deu.
Em 2004, o mesmo autor é obrigado a reconhecer ter ficado “agradavelmente surpreendido” pelas mudanças na situação do mundo que desmentiram as sombrias previsões de seu livro.[2]
● James Lovelock[3], (foto), o pai da “hipótese Gaia”, havia chegado a afirmar que bilhões de homens iam morrer até o fim do século passado [séc. XX], e que os poucos que sobrevivessem iriam para o Ártico, onde o clima ainda seria tolerável. Agora ele reconheceu ter ido além do que podia. Para ele “o problema é que não sabemos o que o clima vai fazer. Há 20 anos achávamos que sabíamos. Isso nos levou a escrever alguns livros alarmistas ‒ o meu inclusive ‒ porque parecia evidente, mas não aconteceu”.[4]
● Guy R. McPherson, professor de BiologiaEvolutiva na Universidade do Arizona, ganhou notoriedade anunciando “o fim do mundo”. Em 2009, abandonou a carreira para se preparar para o “colapso”, e vive do leite e ovos de pequenos animais numa comunidade rural.
● Marina Silva, senadora e ex-ministra do meio ambiente, diz algo que talvez explique de onde vêm estas previsões equivocadas dos ecologistas. Para ela, “a luta ecológica, a luta sindical e a luta partidária são uma bandeira só […] Elas são indissociáveis”. Talvez esta seja uma boa pista para se descobrir de onde procedem tais atitudes incompreensíveis dos ecofanáticos. O leitor com a palavra.
E existem por aí muito mais sirenes esganiçadas e alarmes terroristas e falsos.
● O Prof. Henrik Svensmark entre outros, afirmou que o aquecimento global parou e está começando um resfriamento. Razão pela qual alguns incorrigíveis já falam em “resfriamento global”…
● Em sentido contrário, entre outros Frances Moore Lappé e seus colegas do Instituto de Política Alimentar e de Desenvolvimento mostraram, em 2002, que “abundância e não escassez é a palavra que melhor descreve a produção de alimentos no mundo atual.
“No decorrer dos últimos trinta anos, o aumento da produção global de alimentos superou em 16 por cento o aumento da população mundial. Nesse período, montanhas de cereais excedentes empurraram para baixo os preços no mercado internacional. O aumento da produção de alimentos superou o da população em todas as regiões do mundo, exceto a África, nos últimos 50 anos”.
Temos, portanto, mais um no clube dos “sem”: ao lado do sem-terra, do sem-teto, sem-universidade, etc., agora temos o sem-fome… Dizem que a esquerda não gosta do novo figurante. Seria um desmancha-prazeres… Pois se ele não tem fome, como jogá-lo na agitação?
[1] Do Medical Research Council do Institute for Medical Research em Londres, e pesquisador da London School of Hygiene and Tropical Medicine, da Universidade de Yale, Baylor University College of Medicine, e da Universidade de Harvard.
[2] Paul Ralph Ehrlich (1932) é um biologista e educador norte-americano da Universidade de Stanford, mais conhecido pelo livro The Population Bomb, de 1968, em que previa que nas décadas seguintes centenas de milhões de homens morreriam de fome.
[3] Do Medical Research Council do Institute for Medical Research em Londres, e pesquisador da London School of Hygiene and Tropical Medicine, da Universidade de Yale, Baylor University College of Medicine, e da Universidade de Harvard.
[4] O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira ‒ IPCO ‒ lançou o livro de D. Bertrand de Orleans e Bragança “Psicose ambientalista ‒ Os bastidores do eco-terrorismo para implantar uma religião ecológica, igualitária e anticristã”.
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