Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 8 anos — Atualizado em: 5/1/2017, 9:25:49 PM
Comentando em artigo para a “Folha de S. Paulo” (31-1-1971) o vergonhoso “Acordo de Munique” (1938), Plinio Corrêa de Oliveira explicita a mentalidade pacifista daqueles que preferem “ceder para não perder” — e acabam por perder tudo…
Considerando esse artigo uma metáfora para os nossos dias e tendo em vista o brutal atentado perpetrado ontem (14 de julho) pelo terrorismo islâmico em Nice, aqui transcrevo alguns trechinhos do mesmo.
Como o leitor verá, cortei muitos trechos, deixando apenas aqueles que podemos relacionar com o cruel e covarde atentado terrorista de ontem. Mas a íntegra do artigo encontra-se disponível no link no final. Ademais, além de negritar algumas palavras, inseri e assinalei entre colchetes duas adaptações.
Frente à atual invasão da Europa pelos “imigrantes” muçulmanos, julgue o leitor se nos deparamos ou não com o mesmo problema hoje: o maior perigo é o quimérico PACIFISMO… Ou, como veremos no texto que segue, o “AVESTRUZISMO”…
“[…] Importantes setores da opinião pública estavam absolutamente dominados por esse pacifismo à outrance. Para eles, só o que contava eram os deleites da vida civil. A glória militar lhes dizia pouco. E a guerra se lhes afigurava o sumo mal.
É próprio ao belicismo fanático delirar e agredir. É próprio ao pacifismo fanático fechar os olhos, ceder, recuar.
De seu canto, o velho Churchill — pois ele já transpusera o limiar da velhice quando começou a grande odisseia de sua vida — apostrofou Chamberlain e seus entusiastas com estas palavras definitivas:“Tínheis a escolher entre a vergonha e a guerra; escolhestes a vergonha e tereis a guerra”. […]
Munique não foi apenas um grande episódio da História deste século. É um acontecimento-símbolo na História de todos os tempos. Sempre que haja, em qualquer tempo e em qualquer lugar, um confronto diplomático entre belicistas delirantes e pacifistas delirantes, a vantagem ficará com os primeiros e a frustração com os segundos. E se houver um homem lúcido a considerar o confronto e a frustração, censurará os Chamberlains e os Daladiers do futuro com as palavras de Churchill: “Tínheis a escolher entre a vergonha e a guerra: escolhestes a vergonha e tereis a guerra”. […]
O que é esse neopacifista avestruz? É o que fecha os olhos para o perigo interno, como o de 1938 os fechava para o perigo externo.
O avestruz de hoje é um indivíduo que só pensa em progresso econômico. Para ele, o desenvolvimento resolve tudo […].
Quando a onça comunista [poderíamos substituir aqui “comunista” por “islamista”] se tiver cevado à vontade comendo a carne e os ossos da sociedade atual, comerá o avestruz!
Enquanto isto não se der, o avestruz continuará com a cabeça metida na areia. […] Levando sua vidinha, e recitando o seu credo: ‘Creio num só Deus, o dinheiro onipotente, criador da fartura e da tranquilidade’ etc. […]
Se se deixar o campo livre aos avestruzes, não haja dúvidas. […] Escolheremos a vergonha para fugir da luta. E depois cairemos num pandemônio.
O que fazer, então? — O contrário do que faz o avestruz. Criar um estado de continua alerta contra o ‘avestruzismo’ e seus perigos. Pregar a lucidez, a previdência, a luta ideológica onde o avestruz pratica a política dos olhos fechados, da despreocupação tonta, da inércia ideológica frívola e das concessões imprudentes.
Repito. O grande perigo do momento não é o comunismo [ou “islamismo”, poderíamos hoje dizer], nem o esquerdismo em si. É o ‘avestruzismo’”.
(*) Íntegra do referido artigo no link:
http://www.pliniocorreadeoliveira.info/FSP%2071-01-31%20Churchill.htm
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